2023/06/26

Poesia hispano-portuguesa dos séculos XVI e XVII - Simpósio Internacional da Universidade de Santiago de Compostela



La poesía hispano-portuguesa de los siglos XVI y XVII: Géneros, textos y recepción intrapeninsular

Simposio Internacional


Santiago de Compostela, 28 y 29 de junio de 2023

Salón de Grados, Facultad de Filología

Avda. de Castelao, s/n

15705 Santiago de Compostela










“El tercer simposio dedicado a la literatura ibérica centra su atención en la poesía, para abordarla con un enfoque intrapeninsular, desde la perspectiva de los géneros poéticos, aplicada como criterio de selección de las contribuciones propuestas.

Las investigaciones, congresos y publicaciones surgidas en el marco de los sucesivos proyectos de I+D+i que llevan por título La poesía hispano-portuguesa de los siglos XVI y XVII tienen como cometido el estudio conjunto de la literatura peninsular, salvando las fronteras geopolíticas que la han fragmentado de una manera artificial. Tal fin solo se podría alcanzar aunando no solo la literatura de España y de Portugal, sino también estableciendo el diálogo e intercambio entre sus respectivas tradiciones críticas.

El presente simposio cuenta con el reconocimiento de la Comisión Académica del Programa de Doctorado en Estudios de la Literatura y de la Cultura (Escuela de Doctorando de la USC) como actividad formativa, computable por 10 horas de asistencia, certificadas previa inscripción."

"Este simposio es parte del proyecto de I+D+i La poesía hispano-portuguesa de los siglos XVI y XVII: géneros, textos y recepción intrapeninsular (PID2020-118819GB-I00). Financiado por MCIN/ AEI/10.13039/501100011033/."




Coordenação:

Dep. de Lingua e Literatura Españolas, Teoría da Literatura e Lingüística Xeral Facultade de Filoloxía, Universidade de Santiago de Compostela


Comité científico (USC):

Alfonso Rey, Luis Iglesias Feijoo, Elias Torres Feijó, 
María José Alonso Veloso, Pilar Lorenzo Gradín, Elvira Fidalgo

Comité científico externo:

David González Ramírez (U. de Jaén), Rafael Bonilla Cerezo (U. de Córdoba), Francisco Javier Escobar Borrego (U. de Sevilla), Carmen Blanco Valdés (U. de Córdoba), Rita Marnoto (U. de Coimbra), Aude Plagnard (U. Paul Valéry-Montpellier 3)

Secretárias:

Martha Blanco González, martha.blanco@usc.es
Míriam Rodríguez Somoza, miriam.rodriguez.somoza@rai.usc.es






PROGRAMA


Miércoles, 28 de junio 

MAÑANA


I. Presenta: Lidia Presedo Rodríguez

10h00: «Inauguración del simposio»

10h30: Maurizio Perugi (U. Genève/ CIEO de Genève): 
«Sonetos de Camões imitados por manieristas españoles»









Esta comunicação trata de alguns sonetos de Camões que, entre finais do século XVI e inícios do seguinte, foram recolhidos em florilégios e traduzidos ou imitados por alguns dos chamados poetas maneiristas espanhóis, entre os quais se destaca Luis Martín. 
Estes textos são 1) úteis para ilustrar a influência de Camões na formação da corrente maneirista; 2) eles também podem ajudar a esclarecer certos problemas levantados pela tradição manuscrita camoniana ao estabelecer o texto crítico.






11h15: Barbara Spaggiari (CIEP de Genève): 
«As redondilhas na poesía hispano-portuguesa»


As redondilhas são um género poético exclusivamente ibérico, cultivado ao longo do século XV e transmitido como património cultural pelas duas grandes antologias que são o Cancionero General de Hernando de Castillo (1511) e o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516). Sendo intimamente ligado à vida da corte e dos paços, este género vai sobreviver à crise do homem de letras que gravitava ao redor das cortes, para manter-se em quanto expressão privilegiada das élites aristocráticas e continua a ser utilizado com grande frequência até à segunda metade do século XVI, em alternância com as novas formas. De facto, a grande maioria dos autores ibéricos de Quinhentos compõe também versos em medida velha, o que indicia a vitalidade subjacente deste género tradicional.



12h00: Pausa


II. Presenta: Belén Quinteiro Pulleiro

12h30: Hélio J. S. Alves (U. Lisboa): 
«As agressões militares a Diu e Cefalónia na poesia de Jerónimo Corte-Real»




Numa comunicação académica inserida em contexto ficcional, Frederico Lourenço 
chamou a atenção para o símile da flor cortada num passo de elegia fúnebre integrada numa écloga, como sugestão de acesso à sensibilidade pessoal, e até à orientação sexual, dum poeta, Luís de Camões. Na época (2002), a proposta fez algum furor, chegando a merecer um artigo de Vasco Graça Moura a repudiar a sugestão do homoerotismo de Camões. 
Curiosamente, o símile da flor cortada é muito mais utilizado por um poeta português coevo, Jerónimo Corte-Real. Serão apresentadas nesta comunicação três utilizações do símile da flor cortada na obra deste, na busca de interpretações sobre como a guerra podia ser pensada poeticamente, particularmente em duas situações e locais precisos: Diu, fortaleza portuguesa e cidade indiana na costa do Malabar, e Cefalónia, a ilha no Mar Jónico a oeste da Grécia continental. 




13h15: Debate


TARDE

III. Presenta: Antía Tacón García

16h00: Antonio Ramajo Caño (U. Salamanca): 
«Una elegía de Herrera dedicada a Camões»





No quadro das relações literárias luso-espanholas, este estudo considera, em primeiro lugar, colocar o reflexo das vicissitudes portuguesas na obra poética de Herrera. Mais especificamente, oferece um estudo da retórica que informa a elegia I de Algumas obras de Herrera, provavelmente dedicada a Camões: os seus aspectos amorosos e epidíticos; a sua herança clássica; a sua relação com o conjunto do cancioneiro de 1582. Tudo isto é sustentado por uma extensa biografia que contempla igualmente obras de críticos portugueses e espanhóis.




16h45: Isabel Almeida (U. Lisboa): 
«A composição em oitavas no livro impresso de poesia lírica, em Portugal e Espanha, até ao início do século XVII»




A impressão de livros de poesia lírica de autores ibéricos, ao longo do século XVI e até ao início do século XVII, assumiu contornos e ritmos diversos, que por si só permitem um exercício comparativo interessante entre a actividade produzida em Portugal e aquela que se desenvolveu para lá da sua fronteira política. Com base neste corpus de impressos, procurar-se-á compreender a presença, no campo poético peninsular, de uma forma de origem italiana – a oitava. Que significou a sua translatio para ocidente? A que géneros ficou ligada a composição em oitavas? De que maneira a prática e a teorização poéticas participaram na dinâmica do sistema literário? 




17h30: Pausa

IV. Presenta:

18h00: Soledad Pérez-Abadín Barro (USC): 
«La oda hipano-portuguesa del siglo XVI: retórica y estilemas»



A ode vernacular do século XVI distingue-se mais do que o seu conteúdo pelas suas estrofes curtas, determinando a sua configuração estilística e retórica. Dentre todos os seus artifícios, destaca-se a recusatio, utilizada para opor a musa tenuis escolhida à musa gravis alheia.
Garcilaso apropria-se desse recurso horaciano para enunciar a propositio da sua Ode, por meio de um vínculo condicional que será profusamente imitado. Regista-se também a variante genuína, onde o elogio do amigo poeta serve de pretexto para atingir os acentos épicos recusados. 
Os exemplos de vários poetas espanhóis e portugueses mostram que, pelo menos na poesia peninsular, a ode renascentista radica naquele plectus levis propriamente horaciano.


18h45: Debate


Jueves, 29 de junio 

MAÑANA


V. Presenta: Iris Iglesias Segade

10h00: Martha Blanco González (USC): 
«La preceptiva de los géneros en Faria e Sousa: la oda»


Quando se trata de catalogar a ode como forma poética autónoma, o principal problema reside no facto de que seus limites tendem a confundir-se com os estabelecidos pela canção petrarquista. Assim, enquanto entre os preceitos toscanos do século XVI encontramos a preferência por um ou outro termo intercambiavel, a sua sistematização como género na poética espanhola revela-se anómala, pois o seu estudo e definição não serão estabelecidos até aos tratados do séc. XVIII. 
O papel de Faria e Sousa constitui, graças à Fonte de Aganipe e aos seus comentários às Rimas várias, uma primeira distinção entre os dois géneros, pois rompe com a neutralização que Herrera havia defendido ao rotular a Ode ad florem Gnidi de “canção V ”, ao defender a supremacia das odes no corpus camoniano.



10h45: Maria do Céu Fraga (U. Açores): 
«Uma perspectiva bucólica do mar: as éclogas marítimas de Diogo Bernardes e Camões».

A aliança entre lirismo petrarquista e bucolismo mostrou-se grata aos poetas ibéricos do século XVI que, na senda de Sannazaro e de Garcilaso de la Vega, encontraram na écloga a possibilidade de conciliar artisticamente dois traços fundamentais da época: o respeito pela autoridade dos clássicos e a valorização da cultura contemporânea. 
Nesta comunicação, distinguindo a écloga pastoril e a piscatória, mas vendo a sua relação, estudamos a écloga piscatória, que julgamos desenvolver-se paralelamente nas literaturas portuguesa e castelhana a partir de fontes comuns. Vendo como o artifício poético inerente ao género se tornou motor de inovação e permitiu a expressão de sensibilidades e circunstâncias diversas, abordamos o caso de dois dos grandes poetas portugueses da época, Luís de Camões e Diogo Bernardes.


11h00: Pausa

VI. Presenta: Míriam Rodríguez Somoza

11h30: José Miguel Martínez Torrejón (City University of NY): 
«”Torna, torna p'ra tras, rei poderoso". Trovas que son octavas que son tragedia»



Escritos depois de Alcá
cer-Quibir e publicados por António Lourenço Caminha em 1791, os 320 versos anónimos que iniciam “Torna, torna p'ra tras, rei poderoso” apresentam problemas de autoria, data e até autenticidade.
Este estudo centra-se na fluidez entre formas e convenções literárias que condicionam a sua leitura em sentidos divergentes, pois se a sua versificação em oitavas reais nos situa na poesia épica ou narrativa e desde o título o termo trovas nos remete para uma poesia mais popular e até satírica, o conteúdo é exclusivamente dialogado, seguindo parâmetros que lembram uma tragédia grega convencional.



12h15: Eduardo Aceituno Martínez (U. Granada): 
«Modelos recurrentes en el soneto europeo: Jamyn y los poetas hispano-portugueses»

Definir e traçar as conexões entre a poesia espanhola e francesa do Renascimento, até então negligenciada pela crítica, contribuiria para ampliar o quadro do petrarquismo europeu, detectando afinidades e contrastes entre as diferentes produções nacionais. 
Para o efeito, abordam-se vários sonetos de amor do século XVI, dois deles espanhóis (de Gutierre de Cetina e Diego Ramírez Pagán) e outros dois franceses (de Amadis Jamyn e Agrippa d'Aubigné), que partilham o seu tema principal: o sangue que brota espontaneamente do corpo da vítima na presença do assassino. 
Além de tentar detectar possíveis relações de influência entre esses poemas, estudaremos os recursos expressivos que coincidem ou divergem, o que nos permitirá contrastar indiretamente alguns traços da tradição petrarquista francesa e castelhana.

13h00: Debate y clausura del Simposio






Participantes



Maurizio Perugi, Professeur honoraire de l’Université de Genève y Président honoraire del Centre International d’Études Lusophones de Genève, ha realizado las ediciones críticas de Arnault Daniel, de la Vie de Saint-Alexis y del Laudario perugino y numerosos ensayos sobre trovadores occitanos, Roman de Renart, Dante, Petrarca, Camões, Pascoli y Fernando Pessoa/Ricardo Reis. Ha publicado Fundamentos da crítica textual, con Barbara Spaggiari. Ha colaborado asimismo en el Comentário a Camões, coordinado por Rita Marnoto. y dirige la revista Filologia e Literatura. En colaboración con Barbara Spaggiari y Rita Marnoto ha emprendido la edición de la poesía de Camões, dentro del proyecto del CIEPG.


Barbara Spaggiari, Catedrática de Filología Románica y directora del Centre International d’Études Portugaises de Genève (CIEPG), desarrolla su investigación en el ámbito de la crítica textual y de la edición de textos occitanos. Entre sus publicaciones se incluyen Fundamentos da crítica textual, con Maurizio Perugi, Obras de André Falcão de Resende, Clepsidra de Camilo Pessanha y Le Rime de Luigi Groto, Cieco d’Adria. Ha colaborado asimismo en el Comentário a Camões, coordinado por Rita Marnoto. Entre sus aportaciones más recientes cabe destacar la edición del Cancioneiro Juromenha y la edición de varios volúmenes de la poesía de Camões, dentro del proyecto del CIEPG, emprendido en colaboración con Maurizio Perugi y Rita Marnoto. 


Hélio S. Alves es profesor de Literatura en la Universidade de Évora. Ha sido, además, docente en las Universidades de Coímbra, Lisboa, París-Sorbona, Oxford, Berlín (Freie), Yale y Nueva York (Graduate Center), entre otras. Publicó los libros Camões, Corte-Real e o sistema da epopeia quinhentista (2001), Tempo para Entender: história comparada da literatura portuguesa (2006) y Jerónimo Corte-Real. Sepúlveda e Lianor. Canto Primeiro (2014). Asimismo, ha colaborado en volúmenes y revistas académicas nacionales e internacionales. Es el Presidente de la Associação Portuguesa de Literatura Comparada desde 2013.


Antonio Ramajo Caño, doctor en Filología Románica por la Universidad de Salamanca y Catedrático de Literatura Española, ha dedicado gran parte de su investigación a la literatura de los Siglos de Oro, desde diversos enfoques, entre los que destaca el estudio de las deudas con la tradición grecolatina. De su amplio repertorio de publicaciones pueden entresacarse la edición de la Poesía de fray Luis de León (Biblioteca Clásica) y de las Bucólicas (Églogas) de Virgilio, traducidas por fray Luis de León (Clásicos Castalia). Recientemente ha aparecido su Tópica y vida en la literatura áurea: la herencia clásica (Universidad de Salamanca), obra que aborda con planteamientos exhaustivos el origen de los principales temas literarios de esta época.


Isabel Almeida, Profesora de la Universidade de Lisboa, se ha dedicado al estudio de los libros de caballería portugueses, la poesía de Camões y de D. Manuel de Portugal, la obra de António Vieria, así como el teatro de Gil Vicente y de Jorge Ferreira de Vasconcelos. Entre sus trabajos pueden destacarse Orlando Furioso em livros portugueses de cavalarias: pistas de investigação, Poesia, furor e melancolia: notas sobre Ariosto e Camões, Guerra e paz: leituras seiscentistas de CamõesLeituras de Camões no tempo dos Filipes


Soledad Pérez-Abadín Barro, Catedrática de Literatura Española de la Universidade de Santiago de Compostela, ha dedicado su atención preferente a la poesía española del siglo XVI. Actualmente se ocupa de la poesía hispano-lusa y las relaciones interliterarias peninsulares, temas a los que ha dedicado su reciente libro Iberae fidicen lyrae: anotaciones de poética peninsular y previos volúmenes colectivos coordinados en colaboración con otros expertos: Letras hispanoportuguesas de los siglos XVI y XVII: aproximaciones críticas (Criticón, 134) y Entre Italia, Portugal y España: ensayos de recepción literaria (USC Editora-Académica).


Martha Blanco González, doctora por la Universidade de Santiago de Compostela, ha centrado su investigación en las Rimas várias de Luís de Camões, de Faria e Sousa, obra a la que ha dedicado diversas publicaciones como “Manuel de Faria e Sousa: entre la exégesis humanista y el ensayo”, así como su tesis doctoral, que se ocupa de la vertiente historiográfica de estos comentarios. Asimismo, ha colaborado en la coordinación de los volúmenes monográficos Letras hispanoportuguesas de los siglos XVI y XVII: aproximaciones críticas (Criticón, 134) y Entre Italia, Portugal y España: ensayos de recepción literaria (USC Editora-Académica).


Maria do Céu Fraga, Profesora de la Universidade dos Açores, ha centrado su investigación en la literatura portuguesa clásica, especialmente en los estudios y en temas como el bucolismo, los géneros literarios y la docencia de la literatura. De sus publicaciones pueden destacarse los estudios dedicados a Camões y a su comentarista Faria e Sousa, entre los que destacan los siguientes libros: Camões: um bucolismo intranquilo, Os géneros maiores na poesia lírica de Camões y Babel e Sião: um manuscrito da Camoniana de D. Manuel II. También se ha ocupado de la obra poética de Diogo Bernardes en numerosos trabajos, con especial atención a sus églogas y a los problemas de autoría.


José Miguel Martínez Torrejón, licenciado por la Universidad Autónoma de Barcelona y doctor por la de California (Santa Bárbara), es profesor en la City University of New York. Sus trabajos de investigación se dedican a observar la palabra y su manipulación, aplicando el análisis filológico y retórico al estudio de la historia de las ideas y los usos políticos de la literatura. Entiende los estudios ibéricos como un todo donde se entreteje lo español, portugués y latinoamericano. Recientemente ha publicado la Miscelânea sebástica da Ajuda (con la Lamentable pérdida de Jerónimo Corte-Real) y Los pre-textos de «La Florida del Inca». Está en prensa su nueva edición de la Brevísima relación del padre Las Casas (Cátedra), y sigue trabajando en su monografía sobre Don Sebastián vivo y muerto.


Eduardo Aceituno Martínez es doctor por la Universidad de Santiago de Compostela y profesor de Filología Francesa en la Universidad de Granada. Su investigación se ha centrado en los aspectos teóricos y creativos de la poesía francesa del siglo XVI, con especial atención a Amadis Jamyn, revalorizado gracias a sus estudios. Destacan asimismo sus publicaciones sobre diversos escritores franceses del siglo XX y contemporáneos. En colaboración con David Lea, ha coordinado las I Xornadas de Iniciación á Investigación en Estudos da Literatura y el volumen colectivo Dende o futuro da investigación literaria: liñas, métodos e propostas