Luiza Nóbrega
Camonista, investigadora, escritora, pintora e professora.
Residente no Porto/Portugal.
luiza14 @ gmail.com
Luíza Maria Andrade Nóbrega possui formação em Direito (1970, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [UFRN], Natal, Brasil) e Artes Plásticas; é mestre em Literatura Brasileira (1984, U. Brasília), doutora em Literatura Portuguesa (1996, UFRJ/U.NOVA de Lisboa), tendo realizado um pós-doc sobre Os Lusíadas (2008, U. Évora e U. NOVA) e um pós-doc em Literatura Brasileira (U. degli Studi di Perugia).
Dedicou-se à leitura e análise semântica dos discursos poéticos e especializou-se na obra dos poetas Luís de Camões e Lêdo Ivo. Tem colaborado em diversos periódicos brasileiros e internacionais e participado em encontros académicos e eventos de caráter literário. Como professora na UFRN, lecionou nos departamentos de Letras e Artes, tendo ministrado cursos sobre poesia e Os Lusíadas para estudantes em graduação e pós-graduação.
Como pintora, realizou diversas exposições no Brasil e no exterior.
COM CAMÕES NA UFF
"Na Federal Fluminense, em Niterói, estive diversas vezes, sempre para transmitir minhas teses sobre Camões e Os Lusíadas; fosse no curso que dei a doutorandos e mestrandos na Literatura Portuguesa, fosse em várias edições do colóquio Um Dia de Camões [...]".
CAMONIANA
- (2024) Camões e Baco entre Ocidente e Oriente, in Felipe de Saavedra / RCnA&A (org.) Congresso Internacional Meio Milénio de Camões, Macau: Rede Camões na Ásia & África.
- (2018) A fábrica e a música d’ Os Lusíadas: a combinatória semântica, instrumento básico na composição do poema camoniano, Colóquio/Letras, n.º 197 – número dedicado a Camões (jan.-abr. 2018), Lisboa: FCG, 39-51.
- (2017) Baco: o herói dissidente d’Os Lusíadas: (carta aberta de uma camoniana aos leitores de Camões), in Musa Rara [revista online], Brasil, 18/02/2017.
- (2016) A egípcia linda e não pudica: Cleópatra e a desejada parte oriental n’Os Lusíadas”, Colóquio/Letras, n.º 191 (jan.-abr. 2016), Lisboa: FCG, 137-147.
- (2015) Luso-Liso-Lois-Luís: a dissidência lúdico-linguística subliminar n’Os Lusíadas, Colóquio/Letras, n.º 188 (jan.-abr. 2015), Lisboa: FCG, 177-184.
- (2015?) Camões em diálogo franco [resposta a um estudo de Luís Maffei], in Mallarmargens: revista de poesia e arte contemporânea [online], 2.04.2015 [data de redação do texto].
Luiza Nóbrega
No Reino da Água o Rei do Vinho
submersão dionisíaca e transfiguração trágico-lírica d’ Os Lusíadas.
Natal: EDUFRN / Academia Norte-riograndense de Letras, 2013.
– 581 p. (24 cm).
- Recensão crítica por Martín López-Vega, in Colóquio/Letras, n.º 189 (maio 2015), 257-260. - [PDF]. / Reed. do texto publicado na revista Abril da UFF, vol. 6, n.° 13 (nov. 2014), 151-154. - [PDF].
- "Comentário a o Canto Molhado" por Silvina Rodrigues Lopes, Texto que é prefácio da ed. de 2013 de No Reino da Água o Rei do Vinho.
- (2012) Um poema, duas viagens: dicção e contradicção n'Os Lusíadas, Convergência Lusíada [online], vol. 23, n.º 27 (jan.-jun. 2012), Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de Leitura. / Reed. online, 26.08.2017.
- (2012) No Reino da Água o Rei do Vinho (2): conspiração dionisíaca e triunfo do trágico-lírico n'Os Lusíadas, Revista Brasileira, Ano I, n.º 70 (jan.-mar. 2012), Rio de Janeiro: ABL, 251-264.
- (2012) Camões para o futuro: excerto de uma teoria sobre a composição d’Os Lusíadas, in Maria do Céu Fraga et al, Camões e os Contemporâneos. Coimbra, Ponta Delgada, Braga: CIEC – U. Açores – U. Católica Portuguesa, 537-547.
- (2012) Camões e Baco: a exclusão e dissidência como fatores genético-semânticos n'Os Lusíadas, Revista Abril: Revista de Estudos de Literatura Portuguesa e africana [online], vol. 4, n.º 8 – Literatura e Demonismo (jan.-jun. 2012), NEPA UFF, 35-50.
- (2011) Uma distração implicativa: porque o consílio olímpico ofuscou o consílio submarino n’Os Lusíadas, in Por s’ entender bem a letra: homenagem a Stephen Reckert. Lisboa: INCM, 437-452.
- (2011) No Reino da Água o Rei do Vinho (1): o triunfo de Baco n’Os Lusíadas, in Revista Brasileira, Ano XVII, n.º 68 (jul.-set. 2011), Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 161-192.
- (2010) O Velho que não é do Restelo: presença subliminar de Garcia da Orta e o arquétipo do Velho Sábio n’ Os Lusíadas, Revista Brasileira, Ano XVI, n.º 63 (abr.-jun. 2010), Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letra, 199-238.
Luiza Nóbrega
O canto molhado
metamorfose d’Os Lusíadas
(leitura do poema como poema)
Lisboa: Publidisa - AQVA, 2008.
- (2008) Navegante navegado: canto da ninfa-sereia e paixão dionisíaca d’Os Lusíadas, Românica, n.º 17 (2008), Lisboa: Dep. de Literaturas Românicas - FLUL, 229-245. – [Com ed. em 2002].
- (2008) Liber Pater: o louvor de Baco da Antiguidade Greco-Latina ao Renascimento luso-italiano, Biblos: Revista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, vol. 6 (2008), Coimbra: FLUC, 119-134. - [Há separata].
- (2006) A traça no pano: contradicção de Baco n’Os Lusíadas, in Luiz Vaz de Camões Revisitado. - Vol. VII: a special issue on Luís de Camões. Santa Barbara: Center for Portuguese Studies, 79-115.
- (2004) ‘Os Lusíadas’: a desejada poesia?, Jornal Tribuna do Norte, 01.02.2004, Caderno ‘Quadrante’, Natal, RN, p. 6.
A traça no pano: contradicção de Baco n’Os Lusíadas
Tese de Doutoramento elaborada na U.NOVA com orient. de Silvina Rodrigues Lopes;
defendida na UFRJ, com orient. de Jorge Fernandes da Silveira.
– RJ: Univ. Federal do Rio de Janeiro, Fac. de Letras, Dep. de Letras Vernáculas, 2001.
– 488 f. : il. (30 cm); Bibliografia : f. 475-488.
- (1999) Navegante Navegado: do Oriente desejado ao desejo orientalizado, a sintaxe reversiva da descoberta, in Literatura e Pluralidade Cultural. Lisboa: Colibri.
- (1998) A Desejada Parte Oriental: combinatórias poéticas de uma metáfora d’Os Lusíadas a Invenção de Orfeu, in Cânones e Contextos: anais do V congresso da ABRALIC. Rio de Janeiro: ABRALIC.
- (1992) Poética oceânica: duas chaves para compreender Os Lusíadas, Cerrados – Revista do Departamento de Letras da UnB, Ano 1, n.º 1 (1992), Brasilia: UnB, 24-26.
Navegar é preciso e viver também é preciso.
Porque viver é navegar. Seguir, seguir.
Vencidas as borrascas, ancorar no porto duma
cidade pequena e sossegada, depois aportar
a uma cidade grande e cinza, de ar infectado por miasmas,
demorar-se aqui e ali menos ou mais, até
o dia do desembarque. E aí, como disse Pascal,
não desembarcamos: somos desembarcados.
Luiza Nóbrega, texto e pintura