2023/12/31

CAMONISTA - Luiza Nóbrega












Luiza Nóbrega
Camonista, investigadora, escritora, pintora e professora.
Residente no Porto/Portugal.
luiza14 @ gmail.com




Luíza Maria Andrade Nóbrega possui formação em Direito (1970, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [UFRN], Natal, Brasil) e Artes Plásticas; é mestre em Literatura Brasileira (1984, U. Brasília), doutora em Literatura Portuguesa (1996, UFRJ/U.NOVA de Lisboa), tendo realizado um pós-doc sobre Os Lusíadas (2008, U. Évora e U. NOVA) e um pós-doc em Literatura Brasileira (U. degli Studi di Perugia).

Dedicou-se à leitura e análise semântica dos discursos poéticos e especializou-se na obra dos poetas Luís de Camões e Lêdo Ivo. Tem colaborado em diversos periódicos brasileiros e internacionais e participado em encontros académicos e eventos de caráter literário. Como professora na UFRN, lecionou nos departamentos de Letras e Artes, tendo ministrado cursos sobre poesia e Os Lusíadas para estudantes em graduação e pós-graduação.

Como pintora, realizou diversas exposições no Brasil e no exterior.



COM CAMÕES NA UFF
"Na Federal Fluminense, em Niterói, estive diversas vezes, sempre para transmitir minhas teses sobre Camões e Os Lusíadas; fosse no curso que dei a doutorandos e mestrandos na Literatura Portuguesa, fosse em várias edições do colóquio Um Dia de Camões [...]".





CAMONIANA

  • (2024) Camões e Baco entre Ocidente e Oriente, in Felipe de Saavedra / RCnA&A (org.) Congresso Internacional Meio Milénio de Camões, Macau: Rede Camões na Ásia & África.
  • (2018) A fábrica e a música d’ Os Lusíadas: a combinatória semântica, instrumento básico na composição do poema camoniano, Colóquio/Letras, n.º 197 – número dedicado a Camões (jan.-abr. 2018), Lisboa: FCG, 39-51.
  • (2017) Baco: o herói dissidente d’Os Lusíadas: (carta aberta de uma camoniana aos leitores de Camões), in Musa Rara [revista online], Brasil, 18/02/2017.
  • (2016) A egípcia linda e não pudica: Cleópatra e a desejada parte oriental n’Os Lusíadas”, Colóquio/Letras, n.º 191 (jan.-abr. 2016), Lisboa: FCG, 137-147.
  • (2015) Luso-Liso-Lois-Luís: a dissidência lúdico-linguística subliminar n’Os Lusíadas, Colóquio/Letras, n.º 188 (jan.-abr. 2015), Lisboa: FCG, 177-184.
  • (2015?) Camões em diálogo franco [resposta a um estudo de Luís Maffei], in Mallarmargens: revista de poesia e arte contemporânea [online], 2.04.2015 [data de redação do texto].

Luiza Nóbrega

No Reino da Água o Rei do Vinho

submersão dionisíaca e transfiguração trágico-lírica d’ Os Lusíadas.

Natal: EDUFRN / Academia Norte-riograndense de Letras, 2013.
– 581 p. (24 cm).

    1. Recensão crítica por Martín López-Vega, in Colóquio/Letras, n.º 189 (maio 2015), 257-260. - [PDF]. / Reed. do texto publicado na revista Abril da UFF, vol. 6, n.° 13 (nov. 2014), 151-154. - [PDF].
    2. "Comentário a o Canto Molhado" por Silvina Rodrigues Lopes, Texto que é prefácio da ed. de 2013 de No Reino da Água o Rei do Vinho.



Luiza Nóbrega

 O canto molhado 

metamorfose d’Os Lusíadas

(leitura do poema como poema)

Lisboa: Publidisa - AQVA, 2008.

  • (2008) Navegante navegado: canto da ninfa-sereia e paixão dionisíaca d’Os Lusíadas, Românica, n.º 17 (2008), Lisboa: Dep. de Literaturas Românicas - FLUL, 229-245. – [Com ed. em 2002].
  • (2008) Liber Pater: o louvor de Baco da Antiguidade Greco-Latina ao Renascimento luso-italiano, Biblos: Revista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, vol. 6 (2008), Coimbra: FLUC, 119-134. - [Há separata].
  • (2006) A traça no pano: contradicção de Baco n’Os Lusíadas, in Luiz Vaz de Camões Revisitado. - Vol. VII: a special issue on Luís de Camões. Santa Barbara: Center for Portuguese Studies, 79-115.
  • (2004) ‘Os Lusíadas’: a desejada poesia?, Jornal Tribuna do Norte, 01.02.2004, Caderno ‘Quadrante’, Natal, RN, p. 6.






A traça no pano: contradicção de Baco n’Os Lusíadas

Tese de Doutoramento elaborada na U.NOVA com orient. de Silvina Rodrigues Lopes;  
defendida na UFRJ, com orient. de Jorge Fernandes da Silveira. 

– RJ: Univ. Federal do Rio de Janeiro, Fac. de Letras, Dep. de Letras Vernáculas, 2001. 

– 488 f. : il. (30 cm); Bibliografia : f. 475-488.



  • (1999) Navegante Navegado: do Oriente desejado ao desejo orientalizado, a sintaxe reversiva da descoberta, in Literatura e Pluralidade Cultural. Lisboa: Colibri.
  • (1998) A Desejada Parte Oriental: combinatórias poéticas de uma metáfora d’Os Lusíadas a Invenção de Orfeu, in Cânones e Contextos: anais do V congresso da ABRALIC. Rio de Janeiro: ABRALIC.
  • (1992) Poética oceânica: duas chaves para compreender Os Lusíadas, Cerrados – Revista do Departamento de Letras da UnB, Ano 1, n.º 1 (1992), Brasilia: UnB, 24-26.



Navegar é preciso e viver também é preciso.
Porque viver é navegar. Seguir, seguir. 
Vencidas as borrascas, ancorar no porto duma 
cidade pequena e sossegada, depois aportar 
a uma cidade grande e cinza, de ar infectado por miasmas, 
demorar-se aqui e ali menos ou mais, até 
o dia do desembarque. E aí, como disse Pascal, 
não desembarcamos: somos desembarcados.

Luiza Nóbrega, texto e pintura