2024/07/21

Camões na pintura portuguesa do século XIX: retratos e auto-representações, pela Professora Raquel Henriques da Silva






Camões na pintura portuguesa do século XIX: retratos e auto-representações

CONFERÊNCIA

pela Prof.ª Raquel Henriques da Silva

6 JUL. 2024 | 15h30 | no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

Organização:

Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
Com o apoio de Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.










Saber mais sobre iconografia camoniana 
no ano em que se celebra o V Centenário do nascimento de Luís de Camões.

Uma conferência da historiadora de Arte Raquel Henriques da Silva, 
Professora Catedrática Jubilada da Universidade Nova de Lisboa, 
que falou sobre iconografia camoniana no século XIX. 



«Os artistas que escolhi para abordar o tema, conscientemente ou não, contaminam esses retratos com a figuração de si mesmos. É o caso de Francisco Metrass, Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa. Há, no entanto, uma notável excepção, o primeiro da minha série, Domingos António Sequeira. Mas todos se afastam da visão comum, que todos nós partilhamos, do que seria a " vera efigie" de Camões».
Raquel Henriques da Silva
Professora Jubilada da U. NOVA 



"Raquel Henriques da Silva iniciou a sua conferência «Camões na pintura portuguesa do século XIX: retratos e auto-representações» mostrando o «Retrato de Camões» gravado por A. Paulus para integrar o capítulo dedicado ao vate em Discursos Vários Políticos, de Manuel Severim de Faria, editado em Évora em 1624. 

A iconografia reconhecida por todos advém justamente dessa gravura onde se destaca o olho vazado, a coroa de louros, a barba. As “descobertas” de Afonso de Ornelas  / Afonso Dornelas – a chamada «Miniatura de Goa» e o «Retrato Vermelho» - respectivamente em 1924 e em 1925 foram analisadas em contexto, salientando-se a divergência entre os testemunhos epocais de pobreza e indigência do Poeta e as imagens criadas. 

Foi recordada a “Teoria do Retrato” através das próprias palavras de Camões:

"Retrato, vós não sois meu;
Retrataram-vos mui mal;
Que, a serdes meu natural,
Fôreis mofino como eu. […]"

Foram problematizadas as diferentes abordagens, significados e facetas das representações e auto-representações d’«A morte de Camões», 1824 (tela cujo paradeiro actual se desconhece) de Domingos Sequeira; «Camões na Gruta de Macau», 1853, de Francisco Metrass; «Camões e as Tágides», 1894, de Columbano e «Camões», 1907, de José Malhoa.

Não poderíamos ter celebrado iconograficamente melhor o V Centenário de Luís Vaz de Camões. Muito obrigada Professora Raquel Henriques da Silva pela generosidade e por esta magnífica conferência!"
In: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo | Facebook, 7.07.2024









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Redação: 22.07.2024