2016/05/28

Estudos Camonianos na FCSH da Universidade Nova de Lisboa






Seminário de Estudos Camonianos


A partir de 17 de fevereiro [de 2016] - Departamento de Estudos Portugueses volta a oferecer Seminário de Mestrado totalmente dedicado a Camões e ao seu tempo.

"O Seminário Camões é uma unidade curricular de cariz interdisciplinar totalmente dedicada a Camões, à sua obra e ao seu tempo. Para tal, combinará diversos tópicos de estudo e investigação, com recurso a especialistas: contextos (histórico, literário, científico, político, religioso); precursores (clássicos, europeus e portugueses); influências posteriores; crítica; e filologia.
As aulas combinarão a análise literária e histórica, estudando cada poema ou o teatro camoniano como uma obra de arte histórica, um texto trans-histórico, e um guião para a criatividade contemporânea. O objetivo final é ajudar os apreciadores de Camões a explorar as mais ricas e profundas expressões da experiência humana jamais encontradas na Literatura Portuguesa.
O Seminário Camões terá início no dia 17 de fevereiro, na FCSH/NOVA.

PROGRAMA

1. O tempo de Camões. Camões no seu tempo.
2. Problemáticas filológicas do cânone camoniano.
3. A obra camoniana:
3.1. Poesia Lírica: códigos, temas e formas poéticas dominantes.
3.2. Poesia Épica: a epopeia no Renascimento europeu;
3.2.1. Os Lusíadas:
3.2.2. Os modelos;
3.2.3. Organização estrutural do poema;
3.2.4. O lírico articulado com o épico;
3.2.5. Os mitos e os símbolos.
3.3. Teatro: os autos camonianos e a tradição dramática ibérica:
3.3.1. Temas e personagens;
3.3.2. Organização estrutural.
4. A obra camoniana como síntese de conhecimento.
5. Contributo de Camões para a nossa história cultural.



"Língua portuguesa: 1550-1600. Uma viagem adjectival mundo afora", sessão lecionada por Fernando Venâncio como professor convidado no âmbito deste Seminário, 20.04.2016, 18h. - V. artigo sobre a sessão no jornal Público e transcrito integralmente no CiberDúvidas.





2016/05/27

Os Estudos Camonianos no curso de mestrado da Universidade do Minho




Mestrado em 
Teoria da Literatura
Plano de Estudo:  Ramo de Literaturas Lusófonas
Código: 002787
Nome:  Estudos Camonianos

Programa:  

  • O contexto histórico-cultural e literário da obra de Camões. 
  • A periodização literária da “época clássica”: referência particular ao Maneirismo.
  • A poesia lírica camoniana: a escola tradicional e os géneros poéticos em medida nova. 
  • Os géneros e a tradição editorial das “Rimas”: a importância da ordenação dos poemas; o modelo do “canzoniere” e das “rimas várias”. 
  • Núcleos temáticos, modelos e códigos dominantes. 
  • As formas de expressão, “estilo” de Camões e o estilo maneirista. 
  • A fortuna da obra lírica de Camões. 
  • Ecos camonianos na produção lírica de poetas de diferentes períodos literários. Glosas, paráfrases e intertextualidade; transformações e projecções do século XVI à contemporaneidade. A presença de Camões nas literaturas ibérica e lusófonas.

Resultados de Aprendizagem:  

  • Contextualizar a figura e a obra de Camões no seu tempo;
  • Reflectir sobre as problemáticas inerentes à fixação e ordenação do “corpus” da lírica camoniana;
  • Conhecer e avaliar criticamente os principais eixos formais, temáticos, ideológicos e retórico-estilísticos da obra lírica de Camões;
  • Comentar criticamente textos literários;
  • Avaliar o alcance da projecção da obra de Camões no tempo e no espaço lusófono;
  • Elaborar um ensaio sobre matéria camoniana.



Bibliografia:  

AGUIAR e SILVA, Vítor (1971), Maneirismo e Barroco na Poesia Lírica Portuguesa, Coimbra: Centro de Estudos Românicos.

IDEM (1994), Camões: Labirintos e Fascínios, Lisboa: Cotovia.

IDEM (2008), A Lira Dourada e a Tuba Canora, Lisboa: Cotovia.

ALMEIDA, Isabel, ROCHETA, Mª Isabel e AMADO, Teresa, organizadoras (2007), Estudos. Para Mª Idalina Rodrigues, Mª Lucília Pires, Mª Vitalina Leal de Matos, Lisboa: Departamento de Literaturas Românicas/Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

ANDRÉ, Carlos Ascenso, (2008), O Poeta no Miradouro do Mundo. Leituras Camonianas, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

CAMÕES, Luís de (1994), Rimas, Texto estabelecido, revisto e prefaciado por Álvaro

J. da Costa Pimpão. Apresentação de Aníbal Pinto de Castro, Coimbra: Almedina.

CASTRO, Aníbal Pinto de (2007), Páginas de um Honesto Estudo Camoniano, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

FRAGA, Mª do Céu (2003), Os Géneros Maiores na Poesia Lírica de Camões, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

MARNOTO, Rita (2007), Sete Estudos Camonianos, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

PEREIRA, Mª Helena da Rocha (2007), Camoniana Varia, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

PINHO, Sebastião Tavares de (2007), Decalogia Camoniana, Coimbra: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos.

TELES, Gilberto Mendonça (2001), Camões e a Poesia Brasileira e o mito camoniano na língua portuguesa, Lisboa: IN-CM.


Obrigatória ou Opcional:  Obrigatória
Docente(s): Maria Micaela Dias Pereira Ramon Moreira
Carga Total de Trabalho: 210 h

Semestre/Ano:  2º Semestre/1º ano

Métodos de Ensino:  Aulas teóricas e práticas; orientação tutorial.
Métodos de Avaliação:  Avaliação contínua e um trabalho de investigação.
Língua de Instrução:  Português
Créditos ECTS:  7,5

Fonte: GSI - Universidade do Minho, 2016.

Cultura Portuguesa Renascentista na FCSH da Universidade Nova de Lisboa


[Do Guia de 2015, Dep. de Estudos Portugueses, da FCSH-UNL]

Código: 711091009
Unidade Orgânica: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento: Estudos Portugueses
Créditos: 6
Professor responsável: Cecília Gonçalves Barreira
Horas semanais: 4
Língua de ensino: Português

Conteúdo

  • Do século XV para o século XVI, a possibilidade de construir uma história da Cultura e das Mentalidades.
  • Naquele tempo como eram as Casas: um conceito de intimidade bem diferente.
  • O Casamento: desde o povo à burguesia passando pela fidalguia.
  • O conceito de Privado e de Público nesses tempos.
  • O Paço: El-Rei e a Corte, vivências régias.
  • As festas: romarias, carnavais, santos.
  • Portugal do ponto de vista político no século XVI: orgulho e preconceito.
  • A encruzilhada ideológica do encontro entre a mentalidade medieval e a mentalidade dos Descobrimentos.
  • A alimentação enquanto reflexo de diferenciações sociais, culturais e económicas.
  • Do conceito de criança enquanto homem/mulher menores.
  • As doenças e a peste: como se morria naquele tempo.
  • Lisboa em êxtase, uma das cidades mais importantes do mundo e a crise de 1580.
  • A nossa grande Epopeia: Os Lusíadas
  • Como a Literatura pode ajudar a história das mentalidades e a história da cultura.

Bibliografia

  • Mattoso, J. (1992). História de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores.
  • Duby, G. (1990). História da Vida Privada. Lisboa: Círculo de Leitores.
  • Silva, Vitor Aguiar e (2011). Dicionário de Luís de Camões. Lisboa: Caminho.
  • BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800 (1978)
  • BURKE, Peter. O Renascimento Italiano: Cultura e Sociedade na Itália (1987)
  • Martin, John Jeffries. The Renaissance: between myth and history. In Martin, John Jeffries (ed). The Renaissance: Italy and abroad. Rewriting Histories. Routledge, 2003.
  • Nunes, Benedito. Diretrizes da Filosofia no Renascimento. In: Franco, Afonso Arinos de Melo et alii. O Renascimento. Rio de Janeiro.

Método de ensino

Os conteúdos teóricos da unidade curricular serão expostos durante a primeira parte da aula. Numa segunda parte haverá uma interacção de modo a que os discentes possam participar.

Método de avaliação

A avaliação compreende dois testes escritos, o primeiro a meio do semestre e o segundo no final (50 % cada um).

Literatura Portuguesa Renascentista na FCSH da Universidade Nova de Lisboa


[Do Guia de 2015, Dep. de Estudos Portugueses, da FCSH-UNL]

Código: 711091113
Unidade Orgânica: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento: Estudos Portugueses
Créditos: 6
Professor responsável: Luís Fagundes Duarte
Horas semanais: 4
Língua de ensino: Português

Objectivos


a) Adquirir uma percepção adequada da Literatura Portuguesa no quadro do Renascimento, e da sua relação com outras manifestações do saber. Relações com a História de Portugal, a História da Língua Portuguesa, a Geografia, a Ciência e a Filosofia.
b) Entender a Literatura como um processo histórico: antecedentes e consequentes.
c) Desenvolver competências de leitura crítica, comentário e argumentação. 
d) Fortalecer as capacidades de investigação, organização, problematização e transmissão do conhecimento.



Conteúdo

Partindo da afirmação de Jorge de Sena de que
"Nenhuma literatura em nenhum período da sua história se explica inteiramente por si mesma, e nenhum movimento estético, a não ser em raríssimos casos especiais, tem a sua história confinada ao país ou à língua da sua origem",
pretende-se orientar os alunos para uma leitura crítica de algumas obras de autores portugueses do período do Renascimento (Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, Sá de Miranda, Camões, Fernão Mendes Pinto), com referências pontuais a autores portugueses coevos de outras áreas do conhecimento (Matemática, Ciências Naturais, Astronomia, Navegação). 

Serão também feitas referências diretas a alguns autores da Antiguidade clássica (Homero e Vergílio) e do Renascimento italiano (Petrarca e Dante).

O enquadramento epistemológico e conceptual da matéria nas aulas teóricas terá em conta as obras de três grandes críticos literários do século XX (Jorge de Sena, Óscar Lopes e António José Saraiva).

Bibliografia

  • Bernardim Ribeiro, Menina e Moça.
  • Gil Vicente, Auto da Índia.
  • Francisco de Sá de Miranda, Poesias.
  • Luís de Camões, Lírica Completa, Os Lusíadas.
  • Fernão Mendes Pinto, Peregrinação.

  • AGUIAR E SILVA, V. (Coord.) (2011). Dicionário de Luís de Camões. Lisboa: Editorial Caminho.
  • COELHO, J. do P. (Dir.) (1960). Dicionário de Literatura. Porto: Livraria Figueirinhas.
  • CUNHA, C.; CINTRA, L. (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa.
  • LOPES, O. (1969). Ler e Depois, 1. Modo de Ler, 2. Porto: Editorial Inova.
  • SARAIVA, A. J. (1946). Para a História da Cultura em Portugal, I, II. Lisboa: Livraria Bertrand.
  • SARAIVA, A. J. (1958). Fernão Mendes Pinto. Lisboa: Publicações Europa-América.
  • SARAIVA, A. J.; LOPES, O. (1950). História da Literatura Portuguesa. Porto: Porto Editora.
  • SENA, J. de (1962). O Reino da Estupidez, II. Lisboa: Moraes Editores.
  • SENA, Jorge de (1973). Dialécticas Teóricas da Literatura. Lisboa: Edições 70.

Método de ensino

As aulas de teoria serão, a partir da exposição inicial, que considerará uma breve noção da História da Língua Portuguesa, seguidas de leitura comentada de textos dos autores seleccionados, que funcionarão como exemplos da Literatura Portuguesa do Renascimento. O estudo dos textos considerará sempre os seus aspectos estéticos, ideológicos, formais e linguísticos, bem como as referências a outras áreas do conhecimento.

Método de avaliação

A avaliação será feita com base em duas recensões críticas a textos ensaísticos sobre a matéria, num ensaio, com cerca de 20 páginas, sobre uma obra de um dos autores do programa, e na participação nas aulas, sendo o peso de cada um destes elementos distribuído, respectivamente, da seguinte maneira: 15% - 35% - 40% - 10%.


2016/05/14

A edição de OS LUSÍADAS de LUÍS DE CAMÕES por António Prates

Os Lusíadas / de Luís de Camões

ed. António Prates
introdução do então Presidente da República, Dr. Mário Soares. 
Lisboa : António Prates, imp. 1995.


Tiragem de 250 exemplares; encadernação em pele natural, com gravação a fogo e ouro, com nervuras na lombada; capa a partir de original de João Cutileiro, um retrato de Camões; o texto reproduz integralmente a grafia original da primeira edição de 1572; serigrafias e textos impressos em folhas soltas cosidas manualmente em carcela.

Contém separata sobre os artistas e obras que integram esta edição especial de Os Lusíadas, numerada e assinada pelos artistas.

Livro ilustrado com catorze serigrafias de consagrados artistas portugueses, inspiradas na temática camoniana: Artur Bual, Eurico Gonçalves, Fernando Lanhas, João Cutileiro, João Vieira, José Rodrigues, Júlio Pomar, Júlio Resende, Lima de Freitas, Luís Pinto-Coelho, Maluda, Manuel Cargaleiro, Mário Cesariny, Siza Vieira.




OS LUSÍADAS in "Grandes Livros", RTP2


Fonte: Programa "Grandes Livros" da RTP2, 2009.

Neste episódio, seguindo o formato habitual da Companhia de Ideias, procede-se à análise da obra mais célebre da literatura portuguesa de todos os tempos, com testemunhos ou críticas de reconhecidos especialistas sobre a obra e/ou o autor em análise; contemplando igualmente recriações do autor e da sua obra. Disponível em Ensina RTP.

O poema épico “Os Lusíadas”

1
“É só um dos versos mais conhecidos da literatura portuguesa: “As armas e os barões assinalados”? Linha de abertura da maior epopeia literária, a obra-prima de Luís Vaz de Camões, o grande poema português.
Publicado em 1572, este livro é constituído por dez cantos, dez partes que narram os feitos históricos dos portugueses. Através da viagem marítima de Vasco da Gama para a Índia e das aventuras dos marinheiros nas Descobertas são entrelaçados os mitos, as figuras e os momentos que definem a História de Portugal.
Inês de Castro, D. Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira e tantos outros passeiam pelas estrofes e compõem um quadro grandioso de exaltação dos descendentes de Luso, os portugueses.
Na linha das epopeias clássicas, tais como a Odisseia ou a Eneida, a obra está dividida em quatro partes: Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração. As três primeiras condensam-se no Canto I, com o maior excerto a mencionar D. Sebastião, o jovem rei a quem a obra foi dedicada.
Polémicas à parte, e se contarmos que o livro foi aprovado pelos censores do Santo Ofício, braço-direito da Inquisição, mesmo com as lascivas descrições do episódio da “Ilha dos Amores”, este continua a ser um dos textos mais importantes da literatura portuguesa.
O Velho do Restelo ou o gigante Adamastor, mais que figuras míticas de um poema, já se tornaram referências desta cultura que é a nossa e que Camões cantou.”

 2
Os Lusíadas, o poema épico de Portugal, escrito pelo poeta oficial da pátria, Luís de Camões, canta a viagem de Vasco da Gama à Índia e a aventura dos portugueses desde a fundação da nação.
Publicado em 1572, cerca de 70 anos depois da viagem de Vasco da Gama para a Índia, descreve a aventura das Descobertas e entrelaça nas suas estrofes, os mitos, as figuras e os momentos históricos de Portugal. Inês de Castro, D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira e muitos outros, compõem o quadro de exaltação dos portugueses.
Peça central da identidade nacional, é a obra prima de um poeta igualmente simbólico. Luis Vaz de Camões, nasce entre 1517 e 1525, presume-se que ganha erudição em Coimbra. Fidalgo pobre mas bem relacionado, frequenta a corte lisboeta com sucesso entre as damas. O carácter aventureiro e tumultuoso abre-lhe a porta de várias prisões. Após um período encarcerado, parte supostamente desterrado pelo Rei, para um exílio de 17 anos onde completa a maior parte do poema épico.
Numa era em que o mundo é dividido entre Portugal e Espanha e que o latim é a língua oficial erudita, “Lusíadas” ergue, também o Português, ao nível dos seus feitos marítimos.        Fonte: Ensina RTP

O Programa / Documentário

Este programa está também disponível, em 5 partes (1/5;  2/5;  3/5;  4/5;  5/5), no Youtube:

1/5

2/5

3/5

4/5