As fotografias (redimensionadas) são de Daniel Santos e foram utilizadas, tal
como aqui, para apresentar este projeto/ edição de Os Lusíadas na página da FBA.
Os Lusíadas / de Luís de Camões.
“Edição diplomática que toma
por base o exemplar da edição princeps,
impressa em Lisboa por António Gonçalves em 1572,
conservado na Biblioteca
Geral da Universidade de Coimbra, com a cota Cofre 2.
Edição da Almedina
e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra,
com coordenação de António Olaio,
design gráfico de João Bicker / FBA.
e estabelecimento de texto de Rita
Marnoto.”
Coimbra: Almedina - CA-UC, 2016.
“Composto em caracteres FBA Lusa
Italic, desenhados por Daniel Santos/FBA.
e Adobe Jenson Pro Regular,
desenhados por Robert Slimbach.
Impresso e acabado na Norpint – a casa do
livro,
no mês de março de dois mil e dezasseis.”
Lançamento
A cerimónia de apresentação da obra, realizou-se a 31 de
março de 2016 (quinta-feira, às 18 horas), no Colégio das Artes da Universidade
de Coimbra, uma unidade orgânica da Universidade
que trabalha no campo da arte contemporânea, relacionando-se com a arquitetura,
o cinema e as artes performativas.
A edição
O livro é publicado pela
editora Almedina, sediada em Coimbra, havendo a possibilidade de ser
distribuído no Brasil.
Uma nova edição de “Os
Lusíadas”, sem ilustrações e com um apurado tratamento gráfico e tipográfico,
mantendo a grafia original, num projeto organizado pelo Colégio das Artes da
Universidade de Coimbra.
A edição desta obra épica de
Luís de Camões é coordenada pelos docentes António Olaio e Rita Marnoto, da
direção do Colégio das Artes (CAUC) da Universidade de Coimbra, e conta com
design do ateliê FBA e distribuição da editora Almedina, sendo um projeto que
usa a “tipografia como forma de caracterização do livro”, esclareceu António
Olaio. A obra surgiu a partir de “uma ideia quase de arte conceptual, de fazer
um livro como objeto, fazendo-o ressurgir” através de um trabalho centrado no
“afinamento” da tipografia, disse à agência Lusa o também artista plástico, que
falava à margem da apresentação da Semana Cultural da Universidade de Coimbra –
evento onde está integrado o lançamento
do livro.
Segundo António Olaio, há um
“ressurgimento do livro”, que “não é uma afirmação óbvia de uma atualidade plástica,
nem é um 'fac-símile'”. O artista plástico e diretor da CA-UC aclarou que “a
atitude da FBA não foi de brincar plasticamente com a tipografia”, para não
cair “no perigo de ser uma atitude iconoclasta”, optando antes por um trabalho
de “afinamento de tipografia, com uma delicadeza muito grande”. A fonte
utilizada, sublinha, “é nova”, mas baseada e inspirada na “leitura de fontes
renascentistas”, sendo que houve um “trabalho muito complexo de elaboração” da
fonte. “É um livro que também celebra a ideia de livro e a dimensão portátil
dos livros”, frisou.
António Olaio referiu ainda que
se optou por editar o livro “com a grafia da primeira edição”, publicada
originalmente em 1572, por considerar que,“talvez, [se saiba] melhor qual a
grafia da primeira edição do que a atual, apesar das variações que possa haver
no português da época”.
Referências
- FBA (2016) Os Lusíadas – projeto de design da obra camoniana, para o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Design João Bicker, tipografia Daniel santos. Informação constante no site da empresa, a Ferrand, Bicker e Associados (FBA), sediada em Coimbra e fundada em 1998.
- Universidade de Coimbra – UC lança nova edição de Os Lusíadas com a grafia das primeiras edições, in Notícias UC do site da Universidade, 30.03.2016.
- DAMASCENO, Kalberto – Colégio das Artes da Universidade De Coimbra faz ressurgimento ‘os lusíadas’, in Rádio Universidade de Coimbra 107.9 FM, 29.03.2016. – Com gravações áudio/entrevistas.
- LUSA e CM – “Os Lusíadas” ganham nova edição, CM ao minuto [digital], 23.02.2016.