2016/09/14

A edição de OS LUSÍADAS de LUÍS DE CAMÕES pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, com o design da FBA, 1572 - 2016

As fotografias (redimensionadas) são de Daniel Santos e foram utilizadas, tal como aqui, para apresentar este projeto/ edição de Os Lusíadas na página da FBA.


Os Lusíadas / de Luís de Camões.

“Edição diplomática que toma por base o exemplar da edição princeps
impressa em Lisboa por António Gonçalves em 1572, 
conservado na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, com a cota Cofre 2. 
Edição da Almedina e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, 
com coordenação de António Olaio, 
design gráfico de João Bicker / FBA. 
e estabelecimento de texto de Rita Marnoto.”

Coimbra: Almedina - CA-UC, 2016.

“Composto em caracteres FBA Lusa Italic, desenhados por Daniel Santos/FBA. 
e Adobe Jenson Pro Regular, desenhados por Robert Slimbach. 
Impresso e acabado na Norpint – a casa do livro, 
no mês de março de dois mil e dezasseis.” 

ISBN 978-972-40-6542-7.





Lançamento

A cerimónia de apresentação da obra, realizou-se a 31 de março de 2016 (quinta-feira, às 18 horas), no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, uma unidade orgânica da Universidade que trabalha no campo da arte contemporânea, relacionando-se com a arquitetura, o cinema e as artes performativas.
O evento contou com a presença do ministro da cultura, João Soares.

A edição

O livro é publicado pela editora Almedina, sediada em Coimbra, havendo a possibilidade de ser distribuído no Brasil.

Uma nova edição de “Os Lusíadas”, sem ilustrações e com um apurado tratamento gráfico e tipográfico, mantendo a grafia original, num projeto organizado pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

A edição desta obra épica de Luís de Camões é coordenada pelos docentes António Olaio e Rita Marnoto, da direção do Colégio das Artes (CAUC) da Universidade de Coimbra, e conta com design do ateliê FBA e distribuição da editora Almedina, sendo um projeto que usa a “tipografia como forma de caracterização do livro”, esclareceu António Olaio. A obra surgiu a partir de “uma ideia quase de arte conceptual, de fazer um livro como objeto, fazendo-o ressurgir” através de um trabalho centrado no “afinamento” da tipografia, disse à agência Lusa o também artista plástico, que falava à margem da apresentação da Semana Cultural da Universidade de Coimbra – evento  onde está integrado o lançamento do livro.

Segundo António Olaio, há um “ressurgimento do livro”, que “não é uma afirmação óbvia de uma atualidade plástica, nem é um 'fac-símile'”. O artista plástico e diretor da CA-UC aclarou que “a atitude da FBA não foi de brincar plasticamente com a tipografia”, para não cair “no perigo de ser uma atitude iconoclasta”, optando antes por um trabalho de “afinamento de tipografia, com uma delicadeza muito grande”. A fonte utilizada, sublinha, “é nova”, mas baseada e inspirada na “leitura de fontes renascentistas”, sendo que houve um “trabalho muito complexo de elaboração” da fonte. “É um livro que também celebra a ideia de livro e a dimensão portátil dos livros”, frisou.

António Olaio referiu ainda que se optou por editar o livro “com a grafia da primeira edição”, publicada originalmente em 1572, por considerar que,“talvez, [se saiba] melhor qual a grafia da primeira edição do que a atual, apesar das variações que possa haver no português da época”.

Referências

  • FBA (2016) Os Lusíadas – projeto de design da obra camoniana, para o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Design João Bicker, tipografia Daniel santos. Informação constante no site da empresa, a Ferrand, Bicker e Associados (FBA), sediada em Coimbra e fundada em 1998.