2017/08/31

Eunice Muñoz e Ary dos Santos recitam poemas de Luís de Camões

 Recitar os textos de Camões




Edição original:
Líricas de Camões: ditas por Eunice Muñoz e J.C. Ary dos Santos. – Disco em vinil, com os textos literários/poesia. Ed. Sassetti; Guilda da Música; Disco Falado, 1971.

Reedição:
Luís Vaz de Camões: por Ary dos Santos e Eunice Muñoz. – Audiolivro em CD. Edição da Companhia Nacional de Música, 2011. – Col. Audiobooks; ISBN: 5606265004699



 Faixas dos poemas cantados

Reprodução integral do disco vinil (clique aqui),
em  vídeo no Youtube, da autoria de José Daniel Ferreira, ed. 08.09.2015.


  1. Ary dos Santos – “Descalça vai para a fonte”, redondilha (01:26).
  2. Eunice Muñoz – “Esparsa ao desconcerto do mundo” (00:58).
  3. Ary dos Santos – “Erros meus, má fortuna, amor ardente”, soneto (01:27).
  4. Eunice Muñoz – “Amor é fogo que arde sem se ver”, soneto (01:18).
  5. Ary dos Santos – “Transforma-se o amador na cousa amada”, soneto (01:26).
  6. Eunice Muñoz – “Busque amor novas artes, novo engenho”, soneto (01:37).
  7. Ary dos Santos – “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, soneto (01:16).
  8. Eunice Muñoz – “Aquela triste e leda madrugada”, soneto (01:32).
  9. Eunice Muñoz – “Sete anos de pastor Jacob servia”, soneto (01:42).
  10. Ary dos Santos – “O céu, a terra, o vento sossegado”, soneto (01:21).
  11. Eunice Muñoz – “Cá nesta Babilónia donde mana”, soneto (02:05).
  12. Ary dos Santos – “Eu cantei já, e agora vou chorando” / “O dia em que nasci morra e pereça”, sonetos (02:50).
  13. Ary dos Santos – Episódio de Inês de Castro 1, Os Lusíadas, Canto III, 120-125 (03:37).
  14. Eunice Muñoz – Episódio de Inês de Castro 2, Os Lusíadas, Canto III, 126-129 (01:54).
  15. Ary dos Santos – Episódio de Inês de Castro 3 Os Lusíadas, Canto III, 130-135 (04:56).




2017/08/30

As primeiras biografias de Camões

As primeiras biografias

 

1.ª - por Pedro Mariz

“A mais antiga biografia, escrita na época dos netos da geração de Camões, é da autoria de Pedro Mariz e antecede a ed. de 1613 [d’Os Lusíadas], comentada por Manuel Correa, amigo de Camões, já falecido, a qual inclui alguns comentários biográficos.” (António José Saraiva)
O texto, intitulado “Ao estudioso da lição poética”, foi reimpresso na edição das Rimas de 1616, com alterações, e foi transcrito (com atualização de ortografia e pontuação) e estudado por Maurício Matos [Brasil, 1973-], disponível online aqui, em formato Word.

2.ª - por Manuel Severim de Faria

A segunda biografia foi publicada por Manuel Severim de Faria [1583-1655] em Discursos vários políticos, 1624.

3.ª - por Manuel de Faria e Sousa

Manuel de Faria e Sousa [1590-1649], o maior comentador da obra camoniana de todos os tempos, publicou duas biografias: uma em 1639, na introdução à edição d’Os Lusíadas (em castelhano), outra, postumamente, em 1685, intitulada “Vida del Poeta”, na edição às Rimas várias de Camões, também em castelhano.




Algumas referências

  • Os Lusíadas / Luís de Camões. Introd., notas, fixação do texto e vocabulário de António José Saraiva. 2.ª ed. Porto: Figueirinhas, 1999. – 1.ª ed., 1978, p. 51.
  • MATOS, Maurício (2005) A mais antiga biografia de Camões, Revista Camoniana. Bauru, v. 17 (2005), 197-206.




Os principais documentos sobre a vida de Camões





Os principais documentos sobre a vida de Camões são:

a) uma “carta de perdão” de D. João III, de 13 de março de 1553, mandando soltar Camões da prisão onde se achava por se ter envolvido numa desordem.

b) um registo da Casa da Índia, de 1550, em que que Camões com 25 anos de idade se alista  para embarcar para a Índia.
Apenas se conhece através da tradução castelhana de Manuel de Faria e Sousa (1590-1649) publicada na sua 2.ª “vida” de Camões (Faria e Sousa publicou duas biografias: uma em 1639, na introdução à edição d’Os Lusíadas em castelhano; outra, postumamente, na edição às Rimas várias de Camões).

c) outro registo da Casa da Índia, de 1553, constando a partida de Camões para a Índia nesse ano.
Segundo a mesma fonte sousiana.

d) licença e privilégio para a impressão d’Os Lusíadas, datada de 23 de setembro de 1571.

e) alvará concedendo a Camões, a partir de 12 de março de 1572, uma tença de 15.000 reis anuais. Datado de 28 de julho do mesmo ano.

f) alvará de 11 de agosto de 1575, renovando aquela tença por mais 3 anos.

g) alvará de 11 de junho de 1578, renovando a mesma tença por mais 3 anos.

h) alvará de 31 de maio de 1582, mandando pagar à mãe de Camões, já falecido, 6 mil reis de tença anual.

i) alvará de 13 de novembro de 1582, mandando fazer um pagamento de dinheiro atrasado à mãe de Camões, onde se afirma que o filho faleceu em 10 de junho de 1580.

Estes documentos, exceto b) e c), estão todos reproduzidos por José Terra na sua tradução da obra de Georges le Gentil (1969) Camões, trad. e notas de José Terra, Lisboa: Portugália, 1969.

São também documentos importantes para a biografia de Camões as suas cartas.




Fonte:
  • Os Lusíadas / Luís de Camões. Introd., notas, fixação do texto e vocabulário de António José Saraiva. 2.ª ed. Porto: Figueirinhas, 1999. – 1.ª ed., 1978, p. 51-52.
Ver também:

2017/08/25

Música

Camões e a Música




Nesta página, apesar da bibliografia indicada, tratamos das peças musicais inspiradas na obra camoniana e também da música renascentista.























Lírica Luís de Camões [Camões é um poeta rap]. - Dramaturgia, encenação e interpretação de Gisela Cañamero; banda sonora: Luís Beco; vídeo: José Barbieri; produção: Arte Pública. - Vídeo disponibilizado no Youtube, publicado a 20.05.2010. - "Evento performativo e musical, com a qualidade literária do génio de Camões. Assenta num conceito inovador que aproxima a Lírica do grande poeta à nossa vivência contemporânea, através dos ritmos rap e hiphop."









Epopeia. - CD inspirado n'Os Lusíadas, pela Tuna Camoniana - "In Vino Veritas" da Universidade Autónoma de Lisboa Luís Vaz de Camões, 2007.










Líricas de Camões: ditas por Eunice Muñoz e J.C. Ary dos Santos. – Disco em vinil, com os textos literários/poesia. Ed. Sassetti; Guilda da Música; Disco Falado, 1971, reed. com o título Luís Vaz de Camões: por Ary dos Santos e Eunice Muñoz. – Audiolivro em CD. Edição da Companhia Nacional de Música, 2011. – Col. Audiobooks.












Camões, as Descobertas... e Nós. – LP, álbum vinil. – José Cid e Amigos. – Portugal:  Mercury Records / Polygram Discos, 1992.







Por este rio acima: as viagens de Fernão Mendes Pinto – LP duplo (disco em vinil); duração 76:29. 1.ª ed., Portugal: Triângulo / Sassetti, 1982. – Gravado de março a set. 1982 no Angel Studio. Letras e músicas de Fausto; arranjos: Eduardo Paes Mamede e Fausto; orquestrações, direção musical e produção: Eduardo Paes Mamede; captação de som: José Fortes, Rui Novais, Luís Flor; misturas: José Fortes, Luís Flor em "O barco vai de saída" e "A guerra é a guerra"; capa: José Brandão; foto: João Castel-Branco.





A música no tempo de Camões / 
Music in the time of Camões– LP duplo (disco em vinil). 1.ª ed., Portugal: Edição original portuguesa de A Voz do Dono / EMI - Valentim de Carvalho, 1979. - Inclui um livreto de 12 págs. com informação em português e inglês e imagens. - Pelos Segréis de Lisboa: Helena Afonso (soprano e percussão), Fernando Serafim (tenor e percurssão), Catarina Latino (flauta doce, ..., percussão), António Oliveira e Silva (viola de arco e violino), Kenneth Frazer (viola da gamba), Manuel Morais (vihuela, percussão, falsete e direção); Convidados: Joaquim Simões da Hora (órgão) e Rui Vieira Nery (cravo e clavicórdio).










Epopeia. – LP, álbum. Portugal: Philips, 1969. / LP, álbum. Portugal: Fontana, 1970. / Reed. em CD, álbum. Portugal: Philips, 1998.








Invocação dos Lusíadas, Op. 19, de José Vianna da Motta. - Concerto Coral-Sinfónico. Teatro Nacional de São Carlos, Sala Principal, 31 de março de 2023, 21h.













João Domingos Bomtempo, composição (c.1818) Requiem em C-minor, Op. 23, "À memória de Camões”.











Algumas referências

  • BRANCO, João de Freitas (1979) A música na obra de Camões. Lisboa: ICALP. - Col. Biblioteca Breve.
  • BRANCO, João de Freitas (2005) Camões e a música. Lisboa: IST Press.
  • BRANCO, João de Freitas (1982) Camões e a música. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa. - Ed. comemorativa do IV centenário da morte de Camões.
  • LANGROUVA, Helena (2011) Camões e a Música, verbete, in Dicionário de Luís de Camões. Org. Vítor Aguiar e Silva. Lisboa: Leya, 153-.











Redação: 25.08.2017, atualizado em 29.12.2024.

Cinema


O filme realizado por José Leitão de Barros, em 1946

Camões e o Cinema

 
Obras cinematográficas, curtas e longas metragens, baseadas na vida e na obra de Luís Vaz de Camões.


Jorge Cramez, realização (2000) Erros meus. – Curta-metragem, de 15 min. – Adaptação do conto de Jorge de Sena Super Flumina Babylonis, sobre “o triste ocaso da vida de Luís de Camões”, protagonizado por Luís Miguel Cintra e Isabel Ruth.

Paulo Rocha, realização (1998) Camões: tanta guerra tanto engano. – Filme português, 75 min.. – Versão semi-televisiva, que consiste no registo audiovisual do espetáculo encenado por Silvina Pereira, no Convento dos Inglesinhos, em que as vozes de Augusto Portela, Isabel Fernandes, Júlio Martín e Silvina Pereira dão corpo dramático à lírica camoniana.

Manoel de Oliveira, realização (1990) NON ou a vã glória de mandar. – Filme português, de reflexão crítica sobre a História de Portugal, retratando também o episódio da Ilha dos Amores.  O texto camoniano surge em off, cantado por Teresa Salgueiro.

M. G. Faria de Almeida, realização (1966) Camões. – Curta-metragem portuguesa, de 13 minutos. –  Consultor literário: o camonista Hernâni Cidade. – Breve retrato da vida e obra de Camões.

João Mendes, realização (1950) Mar Português. – Filme português, de 18 minutos. – Com poemas de Camões e de António Nobre, Guerra Junqueiro e Fernando Pessoa declamados por João Villaret.

José Leitão de Barros, realização (1946) Camões: erros meus, má fortuna, amor ardente. – Filme português, a preto e branco, 118 min., lançado a 23.09.1946. – Foi apresentado oficialmente no Festival de Cannes de 1946 e é uma obra de referência do cinema português dos anos 40.


Referências

  • BELO, Maria do Rosário Lupi (2011) Camões e o Cinema, verbete, in Dicionário de Luís de Camões. Org. Vítor Aguiar e Silva. Lisboa: Leya, 125-.