2018/12/15

O Livro do Império, entre proscrição e louvor


O Livro do Império

João Morgado

Lisboa: Clube do Autor Editora, 2018.

Lançamento da obra na Fnac Chiado, 17.12.2018











"O Livro do Império é mais do que um romance histórico, é uma narrativa reveladora sobre o papel da Inquisição e o manuscrito que imortalizou os feitos heróicos de Portugal. É sem dúvida uma grande investigação sobre um dos períodos mais conturbados da História de Portugal, revisitada nestas páginas de forma ímpar e surpreendente."


"Ficção e realidade, imaginação e investigação histórica, prosa e poesia, João Morgado reúne tudo isto de forma exemplar no seu novo livro, a provar mais uma vez que o prazer da leitura pode caminhar lado a lado com o encanto do conhecimento. 

Este livro é uma nova viagem no tempo, agora até ao século XVI, numa altura em que os tempos gloriosos de Portugal tinham chegado ao fim. Intrigas e traições dominavam a corte portuguesa, a população vivia já na ressaca dos Descobrimentos, há corrupção aquém e além-mar. E há a Inquisição.
Com tantos inimigos no poder, como pôde ser publicada uma obra que era provocadora aos olhos da Corte e da Inquisição?
O Livro do Império relata a história de um poeta-soldado caído em desgraça que decide contar os grandes feitos de um povo para o relembrar da grandeza de outrora. É a saga de um manuscrito resgatado pela Inquisição para redenção do nosso país.
Fui muitas vezes surpreendido pelos factos enquanto escrevia este romance. Foi um gosto enorme voltar a mergulhar na História de Portugal, redescobrir a dimensão dos nossos feitos, a nossa força e riqueza, confessa o autor.
Depois de Vera Cruz e Índias, cada um deles centrado em grandes navegadores da nossa História, ambos muito elogiados pelos leitores portugueses, o regresso de João Morgado ao romance histórico contém um novo convite, o de redescobrir a vida e obra de um poeta arrependido e a história de Portugal em vésperas da batalha de Alcácer-Quibir. Depois das caravelas, a viagem é feita agora através das páginas de um livro que tem noutro livro o motor de uma narrativa épica. O embarque já começou!"


Texto prefacial da obra:          

"Séc. XVI — Após tempos gloriosos, Portugal era senhor de um Império, mas tinha os cofres reais vazios. O jovem rei, Dom Sebastião, vivia para a caça, para os sonhos de glória e deixava que uma nobreza corrupta e sem valores medrasse pelo reino de aquém e além-mar. A Inquisição impunha o obscurantismo e o medo, prendia e matava as mentes mais iluminadas, mas também se deixava minar pelos jesuítas afectos a Espanha. À espera da hora certa, do outro lado da fronteira espreitava-se a fragilidade dos lusos. 
Mas eis que um trotamundos sem eira nem beira, apesar de uma vida de prisões e putarias, teve por si as musas da poesia épica. Ao cantar uma estirpe de homens que se igualara aos deuses, por contraste compunha também um libelo acusatório contra a depravação que se vivia na sua época. Como foi possível que el-rei e o Santo Ofício tenham deixado publicar esta obra?"
Excerto da OBRA.



Booktrailer:



A palavra ao autor:









ÁLBUM

lançamento da obra na Fnac Chiado, 17.12.2018

 
 





Para saber +


Página oficial do escritor.

ambos os perfis no Facebook.

João Morgado – blogue do Autor: 
Um espaço de autor para a partilha de excertos da obra, 
originais, comunicações e reflexões do autor. 
Edição Kreamus.” – Útil para consultar a sua “Agenda”.

in Wikipédia.

in Literatura, Literatura, Literatura, 14.12.2018.

in O Interior, diário da Guarda, 15.02.2015. – Versão digital em arquivo.

entrevista com Márcia Soares, 
in Magazine UBI – A revista da Universidade da Beira Interior, 12.03.2018.



Acerca do livro:






2018/11/15

Arte e Humanismo em português com Francisco de Holanda



"Sob a chama da candeia, Francisco de Holanda e os seus livros"

EXPOSIÇÃO

Comissariada por Sylvie Deswarte-Rosa, CNRS / IHRIM


15 NOV. 2018 (Inauguração, às 18h00) - 19 FEV. 2019

Na Sala de Exposições – Piso 2, da BNP, em Lisboa






Comemorando os 500 anos do nascimento de Francisco de Holanda,
esta exposição reúne as fontes e a historiografia da obra 
desta grande figura do Renascimento em Portugal.



"Partindo de obras preservadas na BNP, que pertenceram a Francisco de Holanda e têm anotações de sua mão, realiza-se esta exposição evocativa do quinto centenário do seu nascimento.

Francisco de Holanda (Lisboa, ca 1518-1584) é mais do que apenas um iluminador. Adquiriu, desde jovem, uma visão global do mundo, observando o seu pai, António de Holanda, a iluminar os planisférios e as cartas náuticas de Lopo Homem. Possuidor de uma sólida formação humanista adquirida na corte do rei de Portugal, D. João III, aventurou-se no mundo das ideias, o que é raro entre os chamados «mecânicos» das artes visuais. Francisco de Holanda foi sobretudo um criador, capaz de repensar cada tema, através da análise das suas fontes primordiais.

Desde a sua redescoberta até à primeira metade do século XIX, suscitou inúmeras polémicas. Despertaram interesse nos estudiosos as suas relações com Miguel Ângelo durante a sua viagem a Itália (1538-1540), testemunhadas nos Diálogos de Roma e nos desenhos das Antigualhas.

Hoje em dia, porém, ganhou uma independência e um estatuto próprios, sendo considerado um vanguardista, mercê das imagens extraordinárias da Criação do mundo e do seu tratado Da pintura antigua (1548), não publicado em vida, imagens e textos invulgarmente precursores de outros de criadores muito mais tardios. Cinquenta anos antes dos teóricos italianos, Francisco de Holanda introduz, pela  primeira vez num tratado artístico, a teoria neoplatónica da idea (Da pintura antigua, I, cap. 15, «Da idea, que cousa é na Pintura»). Nele confere uma perspetiva mundial à sua análise, encontrando a própria arte divina da Pintura antigua, verdadeira prisca pictura, no mundo inteiro (Da pintura antigua, I, cap. 13, «Como os preceitos da Pintura Antigoa forão por o mundo»).

Francisco de Holanda é assim, na sua especificidade, um dos principais representantes do Renascimento português, emergente na idade dos Descobrimentos, lado a lado com o poeta Luís de Camões, com o navegador D. João de Castro, com o matemático e cosmógrafo Pedro Nunes, com o naturalista Garcia da Orta e com o historiador D. João de Barros. É, pois, tempo de lhe conferir o lugar que é indiscutivelmente seu."








"Francisco de Holanda em Évora. Nascimento de um artista humanista: 1534-1537 / 1544-1545" 

EXPOSIÇÃO

29 DEZ. 2019 - 31 MAR. 2020

No Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora
 




Catálogo [PDF]




Arte e Humanismo em português

"Francisco de Holanda (1517-1584) 
foi o nosso maior pensador no campo da Teoria das Artes 
e, no contexto da Europa do seu tempo, um escritor de absoluta vanguarda. 
Artista com imensa produção teórica, de raíz neoplatónica, 
e com obra significativa no campo da iluminura e no desenho 
(ainda que, como pintor e arquitecto, deixasse escasso trabalho reconhecível), 
assume-se como um dos corifeus da arte portuguesa de sempre."
in Vitor Serrão | Facebook, 19.12.2029






  1. Convite da exposição "Sob a chama da candeia: Francisco de Holanda e os seus livros" realizada na BNP, em Lisboa, de 15 nov. 2018 a 16 fev. 2019.
  2. "Quinto Dia", por Francisco de Holanda, in De Aettatibus Mundi Imagines, BNE, Madrid.
  3. "Retrato", por Francisco de Holanda, in De Aettatibus Mundi Imagines, BNE, Madrid.
  4. Convite pata o lançamento do «Roteiro Francisco de Holanda em Évora: nascimento de um humanista 1534-1537/1544-1545», no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, 17.05.2024, com apresentação a cargo de Pedro Flor, Historiador de Arte, Prof. na U. Aberta.

para saber +



Lucinda Canela
in Ípsilon, revista do jornal O Público, 10.02.2020

Nuno Pacheco
in Ípsilon, revista do jornal O Público, 20.12.2018

in Património Cultural, DGPC, Agenda 












Redação: 29.12.2024

2018/11/09

CIEC abre-se ao Facebook, de modo a promover a interação e a partilha de informação camoniana

Divulgamos aqui a carta-eletrónica recebida do CIEC sobre o assunto acima referido, a 9.11.2018.

Assunto: Novidades do CIEC




Caros Colegas, Colaboradores e Amigos do CIEC,


Dando seguimento às iniciativas propostas no nosso plano de atividades, a remodelação e actualização do site do CIEC (Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos) está a ser ultimada. Sem pretensiosismos, cremos que facultará um acesso mais adequado aos parâmetros da nossa Unidade I & D. Mas, entretanto, como complemento e não como alternativa a esse site, abrimos a página CIEC no Facebook, de modo a promover a interação dos nossos membros através das redes sociais, bem como a partilha de informação sobre notícias e eventos de interesse camoniano. Esperamos que a visitem e solicitamos que colaborem na sua divulgação, sugerindo novos contributos, se assim o entenderem.
Para “Gostar” do CIEC, sigam o link https://www.facebook.com/ciec.camoes

Além disso, partilhamos a notícia de que a série de Colóquios anunciados para este Outono vai arrancar: os dois primeiros encontros terão lugar a 21 de Novembro - “Camões e a Lusofonia" [Programa]  - e a 5 de Dezembro - "Tons e sons em Camões - retórica, estilo, versificação" , com programa que vos remeteremos em breve.

Cordiais saudações camonianas,

José Carlos Seabra Pereira
Coordenador Científico do CIEC




"Proposta a sua criação durante a Terceira Reunião Internacional de Camonistas (Coimbra, Novembro de 1980), o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos viria a ser criado em Agosto de 1993, congregando professores e investigadores de quatro Universidades portuguesas (Coimbra, Lisboa, Porto e Minho) e tendo como instituição de acolhimento a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

Reconhecido desde então como Unidade I&D pela FCT, o CIEC pretende dar continuidade a uma rica tradição de Estudos Camonianos nas Universidades portuguesas e estrangeiras."



2018/10/20

A dança no "Auto do Labirinto ou Labirinto do Amor"




AUTO DO LABIRINTO (OU LABIRINTO DO AMOR)


XX ENCONTRO DE MÚSICA ANTIGA DE LOULÉ ‘FRANCISCO ROSADO’ 

20 OUT. 2018 | 21h30

 Igreja Matriz de Loulé 

Com duração de 70 minutos


Coprodução:






DEDICATÓRIA

"Este projeto nasceu de um reiterado incentivo do nosso saudoso colega e amigo – Francisco Rosado – para produzirmos um espetáculo que juntasse teatro, música e dança renascentista. 
Criar as condições para um tal empreendimento não era (e continua a não ser) tarefa fácil, pelo que infelizmente não conseguimos levá-lo a bom porto em vida do Francisco, desaparecido precocemente. 
Foi inspirados por ele, e pela sua enorme dedicação à divulgação da música antiga no Algarve, que criámos o Auto do Labirinto. Certamente sentiremos a sua presença discreta no dia da estreia, a ele dedicada."








SINOPSE

"Com base num extraordinário repertório dramático quinhentista, 
os personagens – eleitos entre os pares amorosos, 
o sedutor, a alcoviteira e outros que medram no Paço ou no terreiro – 
terão os seus serões de corte povoados por danças baixas e altas 
– pavana, galharda, tordião… – revelando os seus dotes coreográficos e musicais.
Não faltam os instrumentos de corte e de folia, 
indispensáveis para a dança ou para a serenata ao luar."

ESTRUTURA:

I Casamento vs. convento
II Amores desejados… amores frustrados…
III Devaneios oníricos
IV Recebimento & louvores a Vénus








FICHA ARTÍSTICA:

Interpretação cénica, vocal e coreográfica:

Catarina Costa e Silva (soprano)
Daniela Leite Castro (contralto)
Thiago Vaz Cruvinel (tenor)
Tomé Azevedo (barítono)

Instrumentistas:

Diana Pinto (flauta renascentista)
Maria Correia (guitarra barroca)
Manuel Branco (alaúde renascentista)
Claudia Fischer (viola da gamba)
Isabel Monteiro (flauta e percussão)
Direção cénico-coreográfica
Catarina Costa e Silva


Texto e direção musical:

Isabel Monteiro


Figurinos:

Thiago Vaz Cruvinel



PEÇAS MUSICAIS:

[por ordem de execução]

Pues que ya nunca nos veis, J. del Encina
Aquele cavaleiro, Anónimo, Canc. Elvas [música]
Tourdion, P. Attaingnant
Volte, M. Praetorius
Senhora, bem poderey, Anónimo, Canc. Elvas
Folia/ La cara cosa, Anónimo
Je sens sur mon ame plouvoir, G. Costeley
Il estoit une fillette, C. Janequin
Ronde ‘Il estoit une fillette’, T. Susato
De vos e de mim naceo, Anónimo, C. Elvas
Pois amor é um labirinto, J. del Encina (música)
Baste ya, sus no cantemos, B. de Cárceres, ‘La trulla’
Pavane, P. Attaingnant
Gaillarde, P. Attaingnant


CRIAÇÃO BASEADA NAS SEGUINTES OBRAS:

[por ordem alfabética]

Auto da Ciosa, António Prestes
Auto da Natural Invenção, António Ribeiro Chiado
Auto das Capelas, anónimo
Auto de D. André, anónimo
Auto dos Escrivães do Pelourinho, anónimo
Cena Policiana, Anrique Lopes
Conselhos pera bem casar (Trovas), Baltasar Dias
Eufrosina, Jorge Ferreira de Vasconcelos
Farsa penada, anónimo
Filodemo, Luis de Camões
João Barbato a Violante de Meira (Trovas), Cancioneiro Geral
Malícia das Mulheres (Trovas), Baltasar Dias
Quem tem farelos?, Gil Vicente








para saber +

Auto do Labirinto, in Portingaloise

Auto do Labirinto, no Linkedin

Auto do Labirinto (teaser), in Portingaloise, canal do Youtube

Auto do Labirinto (rehearsal teaser), in Portingaloise, canal do Youtube









La Portingaloise

"O primeiro registo escrito de
dança com identidade portuguesa conhecido
é uma melodia de bassedanse designada La Portingaloise
presente no famoso Manuscrito de Basses Danses
da Biblioteca Real de Bruxelas (Ms. 9085),
documento de uso pessoal
da Rainha Margarida de Áustria no séc. XV."




2018/08/23

Receção sueca















Traduções

  • CAMÕES, Luís de (1801?) Os Lusíadas = Lusiaderne: Första Sángen. Trad. Sueca em verso por C[arl] J[ulius] Lenström. S.l., s.n.. – [22 p. BNP: Cam. 56 V.].
  • CAMÕES, Luís de (1838) Os Lusíadas = Lusiaderne: hjeltedikt, af Luis de Camoëns. Trad. Carl Julius Lenström. Upsala: Leffler & Sebeli. – [23 p. (22cm). BNP: Cam. 436 V.].
  • CAMÕES, Luís de (1839) Os Lusíadas = Lusiaderne: hjeltedikt, af Luis de Camoëns. Trad. Nils Lovén [1796-1858]. Estocolmo: Tryckt hos I.J. Hjerta. – [[6], 224+XVI p. (19cm). BNP: Cam. 278 P.; exemplar disponível aqui.
  • CAMÕES, Luís de (1852) Os Lusíadas = Lusiaderne: hjeltedikt, af Luis de Camoëns. Trad. Nils Lovén. Lund: Tryckt Pa C. W. K. Gleerups Forlag. – [IV+406 p. (13cm). UC Biblioteca Geral: 869.0-1 Camöes. 03=395 CAM]. / 2.ª ed., Lund: Tryckt pá C. W. K. Gleerups Förlag, uti Berlingska Boktryckeriet, 1852. – [2], IV+406 p. (18cm). BNP: Cam. 279 P. [Cota antiga: B. 99; L. 2].
  • CAMÕES, Luís de (1899) Nágra Dikter. – [Antologia de poemas]. Trad. Göran Björkman [1860-1923]. Upsala: Harald Wretmans Boktryckeri. – [20 p.; il.: com retrato de Camões. BNP: Cam. 95 V.].