2019/12/19

Boas Festas!








Boas Festas!


Partilho o postal do CIEC de Coimbra, que vale não só bela beleza da natividade, mas também por lembrar esta oitava camoniana a propósito de Cristo como encarnação de Deus na Terra.


A Lei tenho daquele a cujo império
obedece o visível e invisível,
Aquele que criou todo o Hemisfério,
tudo o que sente e o todo o insensível;
Que padeceu desonra e vitupério,
sofrendo morte injusta e insofrível,
e que do Céu à Terra, em fim desceu,
por subir os mortais da Terra ao Céu.

Luís de Camões
Os Lusíadas, Canto I, est. 65.







2019/11/29

O navegador, soldado, provedor dos defuntos e poeta Luís de Camões é o CAVALEIRO DO AMOR, numa antologia de sonetos em língua sérvia

Edição sérvia:
Luís de Camões – Vitez ljubavi = [O Cavaleiro do Amor]. – [Antologia de sonetos]. – Trad. Ana Stjelja. Belgrado : Udruženje Alia Mundi, 2019.


2019/10/19

Os mares épicos de Camões, por Josiah Blackmore

Os mares épicos de Camões

conferência por

Professor Josiah Blackmore

Dia 19 de outubro de 2021, pelas 16h00

Org. Casa-Memória de Camões, em Constância.

No contexto das “relações entre a navegação e a narrativa épica, entre os navios e o decorrer da história, entre a saudade camoniana, o exílio e os mundos de água em alguns dos poemas líricos e o lugar do mar e da navegação na cultura científica do mundo em que viveu Camões", Josiah Blackmore apresenta o mundo marítimo e a viagem marítima como matriz da criação poética camoniana, sobretudo na elaboração do poema épico: Os Lusíadas como uma epopeia do mar, da navegação e das viagens marítimas.





Josiah Blackmore é professor de Língua e Literatura Portuguesas na Universidade de Harvard, com especialização em literatura portuguesa medieval e renascentista, incluindo Camões e as narrativas de naufrágios.

Coorganiza o congresso Navigating 450 years of Os Lusíadas2.º semestre de 2022, Departamento de Línguas e Literaturas Românicas e a Biblioteca da Universidade de Harvard, EUA.




Obra 

(1999) Queer Iberia: sexualities, cultures, and crossings from the Middle Ages to the Renaissance. Ed. by Josiah Blackmore, Gregory S. Hutcheson. Durham; London: Duke University Press. – [VIII, 478, [1] p. : il. (23cm). ISBN 0-8223-2326-5].

(2001) The tragic history of the sea. Ed. and transl. C. R. Boxer; foreword and addic. transl. Josiah Blackmore. Minneapolis: University of Minnesota Press. – [ISBN 0-8166-3890-X].

(2002) Manifest perdition: shipwreck narrative and the disruption of empire. Minneapolis: University of Minnesota. – [XXVII, 186, [1] p. : il. (24cm). ISBN 0-8166-3849-7]. – Literatura de viagens: naufrágios lusos.

(2009) Moorings: Portuguese expansion and the writing of Africa. Minneapolis: University of Minnesota Press. – [XXIV, 203, [2]: il. (24cm).  ISBN 978-0-8166-4832-0]. – Expansão lusa em África nos séculos XV e XVI.




Para saber +






2019/09/01

Na Galiza, a cadeira de Literatura Portuguesa I, lecionada por Maria Isabel Morán Cabanas, consagra a Luís de Camões o principal bloco temático




Universidade de Santiago de Compostela
Faculdade de Filologia, Dep. de Filologia Galega

Disciplina: Literatura Portuguesa 1

Tipo de cadeira: Matéria Ordinária Grau
Titulação: Línguas e Literaturas Modernas (Português). Maior de Língua e Literaturas Lusófonas.
Minor em Estudos Lusófonos I (Módulo Complementar).
Ano: 2º ano.
Nº Créditos: 6 (equivalente a 150 horas de carga letiva)
Duração: Quadrimestral

por
Maria Isabel Morán Cabanas



A mitificação de Luís de Camões e a pluridimensionalidade da sua obra


1. Comentário ao gráfico e sentido do tema

Podemos dizer que este é o tema a que maior atenção pretendemos prestar de todo o nosso temário pela vasta recepção de Camões na cultura portuguesa e na literatura universal e de todos os tempos. 
Até é tradição nas universidades que apresentam titulações de estudos lusófonos a existência de cadeiras especificas ou monográficas de Estudos Camonianos (na Faculdade de Letras de Lisboa criou-se pela primeira vez em 1924, regentada desde o início por camonistas de tanto prestígio como Afrânio Peixoto ou Hernâni Cidade; e em 1963 [sic] criou-se a a disciplina de Camonologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

2. Epígrafes dos pontos a desenvolver

1. Mitificação da figura de Camões e canonização da sua obra.
1.1. Dados, hipóteses e iconografias.
1.2. Concepção do valor das letras ao serviço à pátria
1.3. Tradição crítica

2. Obra lírica:
1.1. Elaboração, questões editoriais. 
1.2. Concepção e códigos
1.3. Temática: à volta de amor e destino

3. Obra épica: Os Lusíadas
3.1. Revisão da concepção e valores do género épico: caracterização e modelos
3.2. O programa de intenções dos Lusíadas
3.3. Estrutura funcional e figuras em destaque:
3.3.1. Excursos do poeta: reflexões, invocações e diálogos.
3.3.2.História de Portugal: Inês de Castro; o rei D. Manuel
3.3.3. Viagem: Vasco da Gama; o Velho do Restelo; Adamastor; a Ilha dos Amores. 
3.3.4. Presença dos deuses: Vénus versus Baco

4. Obra dramática: composição e recepção. 

5. Recepção da obra e da figura camoniana.


3. Materiais para o estudo

  • GUIA ou ROTEIRO DE LEITURA DA LÍRICA CAMONIANA, elaborado pela professora da cadeira, que será entregue aos alunos da matéria em forma impressa, no qual se sublinha a relevância de certos textos. A antologia que será seguida nas aulas é a preparada por Manuel Ferreiro, Carlos P. Martínez Pereiro e Francisco Salinas Portugal sob o título Doce canto em terra alheia?, Laiovento, A Coruña, 1994.
  • GUIA ou ROTEIRO DE LEITURA DE OS LUSÍADAS elaborado pela professora da cadeira, que será entregue aos alunos da matéria em forma impressa, no qual se localizam e comentam certos episódios desta obra épica aos que deve prestar-se maior interesse.

4. Método de trabalho aconselhado

Convém ter em conta unha perspectiva comparatista no tratamento de todos os temas e subtemas, lembrando aspectos que já foram comentadas anteriormente e cotejando-os de modo crítico. 
Devem revisar-se os topoi e as conjunturas sociopolíticas que desde os inícios da nossa focagem da Idade Média e da Renascença foram tidas em conta e observar atentamente a sua expressão na obra camoniana.

5. Actividade a desenvolver

  • Análise de textos camonianos de diversa temática (focalizações da mulher/amor e destino) e correspondentes aos género lírico e épico.
  • Busca na rede da sua recepção em diversos campos e ao longo do tempo e visualização de imagens de diversa natureza que nos ilustram sobre a mitificação e consolidação do cânone camoniano (artes plásticas, cinema, etc.)
  • Estabelecimento de um colóquio a partir de figuras míticas da obra camoniana sobre o tema das descobertas na literatura portuguesa da Renascença e a visão do Outro: a cada grupo de 2/3 pessoas será atribuída uma dessas figuras (Velho do Restelo / Adamastor / D. Sebastião / D. Manuel I)

6. Competências trabalhadas

Todas as aplicáveis ao estudo da Renascença: 2.1.b, c, d, e, f, g, h, j, k, l / 2.2. / 2.3. / 2.4.

7. Dificuldades principais

Não se destaca nenhuma dificuldade.

8. Bibliografia para ampliar o tema

  • FILGUEIRA VALVERDE, José, Camões, Coimbra, 1981. [comentários dalguns textos líricos e certos episódios dos Lusíadas]
  • MORÁN CABANAS, Maria Isabel, "D 'Os Lusíadas a Os Calaicos: o discurso da épica camoniana na literatura galega", in Maria do Céu Fraga José Cândido de Oliveira Martins João Amadeu Carvalho da Silva Maria Madalena Teixeira da Silva Manuel Ferro (eds.), Camões e os seus contemporâenos, Braga: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos Universidade dos Açores Universidade Católica Portuguesa, 2013, pp. 667-677.
  • MORÁN CABANAS, Maria Isabel, “O Adamastor d'Os Lusíadas na poesia de Bocage: entre mares e amores”, in Annabela Rita e Dionísio Vila Maior (eds), O Processo Criativo em Questão nas Ciências, nas Letras e nas Artes, Esfera do Caos, Lisboa, no prelo.
  • SENA, Jorge de, A Estrutura de Os Lusíadas e Outros Estudos Camonianos e de Poesia Peninsular do Século XVI, Portugália Editora, Lisboa, 1970.[estruturação em planos dos Lusíadas e reflexões sobre a arquitetura discursiva da obra]
  • SILVA, J. M. Aguiar e, A lira dourada e a tuba canora: Novos ensaios camonianos, Cotovia, Lisboa, 1994. [recolha de ensais sobre diversos questões ligadas à lírica e à épica camonianas e revisão das suas fortunas críticas]
*** Lembre-se particularmente o prólogo da edição da antologia camoniana Doce canto em terra alheia? que referimos acima




Fonte: Morán Cabanas, Maria Isabel - Literatura Portuguesa I: guia docente e materia didático: 2019/2020. Santiago de Compostela: USC, 2019, p. 29-31.





2019/08/20

Os Lusíadas – Utopias de Luz e de Sombra na ilha dos amores, exposição camonina na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (2019)


Os Lusíadas – Utopias de Luz e de Sombra na ilha dos amores

Exposição bibliográfica e iconográfica

19 de julho a 2 de agosto de 2019

Inauguração no dia 19 de julho de 2019, às 18h00
na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC)

Org. Equipa do Livro Antigo da BGUC

Textos: José Augusto Cardoso Bernardes
Recolha de imagens, tratamento iconográfico e legendagem técnica: Maria de Fátima Bogalho
Curadoria bibliográfica e montagem: A. E. Maia Amaral, Isabel Ramires, José Mateus, Maria José Otão e Maria Luísa Machado
Extensão pedagógica: Teresa Mendes




Chegada à Ilha dos Amores, por Gouveia Portuense, pseud.
In Camões, Luís de – Os Lusíadas. Porto: Lello & Irmão, 1973
Reprod. na capa do catálogo da exposição.


“Integrada no programa do 11.º Festival das Artes e resultante de uma iniciativa conjunta da Fundação Inês de Castro e da Biblioteca Geral [da Universidade de Coimbra], realizou-se a exposição bibliográfica e iconográfica Os Lusíadas: Utopias de Luz e de Sombra na Ilha dos Amores, de 19 de julho a 2 de agosto [de 2019]. Esta exposição teve como comissário o Professor Doutor José Augusto Bernardes que foi assessorado pelos Drs. António Maia do Amaral, Maria Luísa Sousa Machado, José Alberto Mateus, Fátima Bogalho, Maria José Otão, Isabel Ramires e Teresa Mendes.

Foram selecionadas e reproduzidas as gravuras alusivas ao episódio da Ilha dos Amores (e expostas as várias edições de Os Lusíadas que as incluíam), da autoria de diversos artistas, nacionais e estrangeiros, como Pires Marinho, Caetano Alberto da Silva, Lima de Freitas, Charles Eisen, Miloslav Troup, entre outros. Foi elaborado um Catálogo com os comentários explicativos de cada um dos núcleos e as respetivas referências bibliográficas.”

Fonte:
MACHADO, Maria Luísa Sousa; MATEUS, José Alberto (2020) Atividades culturais 2019: Exposições e Mostras Bibliográficas, in Boletim da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, n.º 50, p. 308-9.



Fotografia por DOIS


“O episódio da Ilha dos Amores constitui o ponto de chegada de toda a ação épica.
Feita de Amor e de Conhecimento, a recompensa não se dirige só aos lusitanos que uniram Ocidente e Oriente. O sentido de revelação que caracteriza o episódio constitui também uma promessa para o Rei D. Sebastião, a quem o poema é dedicado.
Por fim, embora de uma maneira diferente, a utopia camoniana convida-nos a refletir sobre ideais de felicidade e sobre o papel que neles pode caber à poesia e à arte em geral.

A presente Exposição constitui uma escolha de gravuras de alguns exemplares camonianos que se guardam na Biblioteca Geral [da Universidade de Coimbra]. Para além de variações de talento e criatividade, as ilustrações refletem as mudanças de sensibilidade próprias de cada época e de cada estilo.”






Algumas imagens do dia da inauguração do evento, 

da autoria de DOIS Fotografia, e publicadas na página do Facebook da BGUC:








2019/06/11

Canção X de Camões (excerto)


Nem eu delicadezas vou cantando
Co'o gosto do louvor, mas explicando
Puras verdades já por mim passadas.
Oxalá foram fábulas sonhadas!


Camões, da "Canção X"

2019/06/10

“Camões, a Serra e a Fonte!”, um espetáculo pelo Teatro Experimental Flaviense

 




“Camões, a Serra e a Fonte!”

TEATRO


10 JUN. 2019, segunda-feira | às 17h00 e às 21h30

No Cine Teatro Bento Martins, Chaves


Organização:

Município Chaves e o Teatro Experimental Flaviense (TEF) 








Espetáculo para todas as idades | 50 min | Poético

Bilhete: 1€ (Valor doado ao Patronato São José de Vilar de Nantes)


A peça é constituída por poemas de Luís de Camões,
sob direção artística de Rufino Martins

O texto teatral, encenação e figurinos são da responsabilidade de Rui Pinto

com música ao vivo de Alberto Ferry 
e sonoplastia de Artur Chaves. 

O elenco é composto pelos atores do Atelier  de Teatro para todos do TEF













“Camões, a Serra e a Fonte!” é "um espetáculo que pretende homenagear 
o grande poeta Luís Vaz de Camões, fazendo referência aos seus antepassados 
que terão vivido em Vilar de Nantes. Existem fortes indícios que os seus avós paternos 
terão residido no concelho, sendo possível que a antiga Aquae Flaviae 
tenha dado chão aos seus primeiros passos."








1. Cartaz da peça teatral “Camões, a Serra e a Fonte!” levada à cena pelo  Teatro Experimental Flaviense, no dia 10 de junho de 2029,  no Cine Teatro Bento Martins, em Chaves. 

2. Considerações e notas sobre a peça do TEF.

3., 4., 5. - Momentos da representação da peça na sessão da tarde, às 17h00. - Fotos por Pedro Freitas, divulgadas no Facebook.

6., 7., 8., 9., 10 - Momentos da representação da peça na sessão da noite, às 21h30. - Fotos por Alexandra Grilo, divulgadas no Facebook.









para saber +



in Município de Chaves | Facebook, 9.06.2019

Teatro Experimental Flaviense | Facebook


•Teatro Experimental Flaviense TEF | Youtube

Teatro Experimental Flaviense | Blogue









Redação: 14.09.2024

2019/06/08

Encontro poético entre Manuel Alegre e Camões, em Viseu

 


Encontro Poético entre Manuel Alegre e Camões

serão literário

11 JUN. 2019 | terça-feira | 21h30

Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva - Viseu

com Ana Maria Albuquerque

Iniciativa integrada nos "Passeios pela Literatura", 
apoiado pelo Município de Viseu através do programa VISEU CULTURA





Pormenor do álbum fotográfico do evento
In: © GRUPO DE TEATRO AFTA_GRUPO OFF




Para saber +