2021/12/29

CAMONISTA - António José Saraiva





    •   António José Saraiva
        n. 1917 - m. 1993

        Para saber mais sobre o ensaísta:
        Dossiê temático (.pdf)

        na DGALB






      CAMONIANA


      • (1938) Ressonância dos Descobrimentos na actividade estética portuguesa no século XVI, in I Congresso da História da Expansão Portuguesa no Mundo, 5.ª secção, Lisboa.







      A lírica de Camões

      Selecção, explicação e notas António José Saraiva. 
      Lisboa: Livraria Popular Francisco Franco, 1939. 
      – [113 p., [2] p. (20cm); ed. escolar; Col. Os textos explicados, 2].




      • (1939) Écloga de Crisfal. Texto fixado, anotado e explicado por António José Saraiva. Lisboa: Livr. Popular de Francisco Franco. – [Ed. escolar; Col. “Os textos explicados].
      • (1941) Ensaio sobre a poesia de Bernardim Ribeiro. – Trabalho apresentado como dissertação de licenciatura na FLUL, Revista da Faculdade de Letras, Imprensa Nacional, tomo VII, n.º 1-2. Lisboa: Universidade de Lisboa, 1940-41.
      • (1942) Gil Vicente e o fim do teatro medieval. – Dissertação de doutoramento apresentada à FLUL. Lisboa: e.a. / 2.ª ed., Lisboa: Europa-América, 1965. / [3.ª] ed., 1970. / [3.ª/4.ª] ed., Amadora: Bertrand, 1981. / 4.ª ed., revisão de texto Manuel Joaquim Vieira, Gradiva, 1992.
      • (1943) Camões e D. Branca: poesia / Almeida Garrett. Introd., selecção e notas de António José Saraiva. Lisboa: Clássica Ed. – [88 p. (19cm). Col. “Clássicos portugueses. Trechos escolhidos: século XIX – Poesia”]. / 2.ª ed., Lisboa: A. M. Teixeira & Ca (Filhos), 1962. – [90 p. (19cm)]. / 3.ª ed., Lisboa: Clássica Ed., 1970. – [90 p. (19cm)].
      • (1949) XXX, in História da Literatura Portuguesa, 1.ª ed., Lisboa: Europa-América. – Col. Saber. / 2.ª ed., ver. e aumentada, 1950. / 3.ª ed., “inteiramente refundida, 1955. / 4.ª ed., 1957. / 5.ª ed., 1959. / 6.ª ed., 1961. / 7.ª ed., 1963. / 8.ª ed., 1965. / 9.ª ed., Mem Martins: Estúdios Cor, 1966. / 10.ª ed., Mem Martins: Europa-América, 1970. / ... / História da Literatura Portuguesa (das origens a 1970). Amadora: Bertrand, 1979. /…
      • (1955) Luís de Camões, in História da Literatura Portuguesa. – Co-ed. com Óscar Lopes. Porto: Porto Ed. / 2.ªed., corrigida, s.d. / 3.ªed., corrigida, s.d. / 4.ªed., corrigida, s.d. / 5.ªed., corrigida e aumentada, s.d. / 6.ªed., corrigida e atualizada, s.d. / 7.ªed., corrigida e atualizada, s.d. / 8.ªed., corrigida e atualizada, 1975. / 9.ªed., corrigida e atualizada, 1976. / 10.ªed., corrigida e atualizada, 1978. / 11.ªed., corrigida e atualizada, 1979. / 12.ªed., corrigida e atualizada, 1982. / 13.ªed., corrigida e atualizada, 1985. / 14.ªed., corrigida e atualizada, 1987. /… / 17.ªed., corrigida e atualizada – Cap. VIII Luís de Camões, p. 311-349 (bibliografia específica, nas pp. 344-349).

      História da cultura em Portugal. Livro segundo – Renascimento e Contra-Reforma. Lisboa:  Jornal do Foro, 1955. / Lisboa: Gradiva, 2000.

       

      O Humanismo em Portugal. Lisboa: Jornal do Fôro, 1956. / Lisboa: Gradiva, 2012.












      As duas máscaras de Camões (a propósito de um livro de Aquilino) 
      in: O comércio do Porto. 14.10.1958. 
      – Reprod. em Para a história da cultura em Portugal, vol. II, 1962.





      • (1958) Fernão Mendes Pinto [: estudo e antologia]. Lisboa: Europa-América. – [Texto adaptado a português moderno e comentado; Col. Saber].  2.ª ed., 1971.
      • (1958) Fernão Mendes Pinto ou a sátira picaresca da ideologia senhorial. Lisboa: Jornal do Foro. – [Separata da História da cultura em Portugal. Livro Terceiro].
      • (1959) Camões e Petrarca, Seara Nova, n.º 1362 (abril 1959), p. 105, 114, 115 e 129.


      Luís de Camões: estudo e antologia

      Lisboa: Europa-América, 1959. 

      – [Col. Saber]. / “2.ª ed, revista”, 1972. / 3.ª ed., revista [especialmente com cap. respeitante à biografia de Camões],  Amadora: Bertrand, 1980. 


      Luís de Camões

      Lisboa: Gradiva, 2024.

      1.ª ed. na Gradiva:  Luís de Camões. Lisboa, out. 1997. – [170, [1] p. (21cm); Col. Obras de António José Saraiva, 15]. / 2.ª ed., Lisboa: Gradiva, jun. 2024.


      • (1961) Breve explicação sobre as minhas teses camonianas, Colóquio/Letras, n.º 12 (fev. 1961), p. 53 a 55. – Reprod. em Para a história da cultura em Portugal, vol. II.
      • (1961-62) Peregrinação e outras obras / Fernão Mendes Pinto. Texto crítico, pref., notas e estudo –. Vol. I, Lisboa: Sá da Costa Ed.; Vol. II, 1962; Vol. III, 1974; Vol. IV, 1984. – [? 2.ª ed., 1981. / ? 3.ª ed., 2008]. – Em fascículos: ilustrações de Carlos Marreiros.
      • (1961) Os Lusíadas, o Quixote e o problema da ideologia oca, Vértice, vol. XXI, n.º 213 (jun. 1961), Coimbra, p. 391-404. – 
      • (1962) História da cultura em Portugal. Livro Terceiro – A ressaca do renascimento. Lisboa:  Jornal do Foro.
      • (1963) Camões. Lisboa: Jornal do Fôro. – [196 p., [2] f. (24cm)].
      • (1963-1971?) Camões, Luís Vaz, in Dicionário de História de Portugal. Dir. Joel Serrão. Lisboa: Iniciativas editoriais.
      • (1964) A ideologia inerente à composição de Os Lusíadas, Vértice, revista de cultura e arte, vol. XXIV, n.º 252-253 (set. 1964), p. 518-524. – Em coautoria com Óscar Lopes. – Reprod. em História da Literatura Portuguesa. 




      O Renascimento 

      [cap. VIII – Luís de Camões, p. 78-100], 
      in História ilustrada das grandes literaturas: VIII História da literatura portuguesa: 1.º volume: das origens ao Romantismo
      – Lisboa: Estúdios Cor, 1966, p. 41-100.




      • (1972) Os tempos verbais e a estrutura de Os Lusíadas, Colóquio/Letras, n.º 8 (jul. 1972), p. 32-48.
      • (1974) Camões e o pecado original, Vida Mundial, n.º 1832 (24.10.74), Lisboa.




      Os Lusíadas / Luís de Camões

      Org. António José Saraiva. Porto: Figueirinhas, 1978.
       – [558, [2] p., (21cm)]. 
      – [2.ª ed., 1982. / 3.ª ed., 1988. / ? 1989, ?1993]. – [558, [2] p. (21cm)]. 
      / 2.ª ed., 1999. – introd., notas e vocabulário do Prof. António José Saraiva. – [511p. a 2 colns (21cm)].  / 3.ª ed., 2006. – [511p. a 2 colns (21cm)]. / 4.ª ed., 2014. – introd., notas e vocabulário de António José Saraiva. – [533, [2] p. a 2 colns (21cm)].


      • (1979) A épica medieval portuguesa. Lisboa: ICALP-ME. – [Col. Biblioteca Breve]. / 2.ª ed., 1991.(1980) Camões e a Espanha, in Homenaje a Camoens, Universidade de Granada. Granada: Universidad - Secretariado de Publicaciones. – Provável Reprod., com o mesmo título, em Diário de Notícias, 27.04.1980.
      • (1980) Camões e a política, Comércio do Porto, 10.10.1980, Porto.
      • (1981) Camões e a burguesia, Diário de Notícias, 17.10.1980. – Reprod. em AA.VV – Estudos sobre Camões: páginas do Diário de Noticias dedicadas ao poeta no 4.º centenário da sua morte. Lisboa: INCM - Editorial Notícias, 41-47.
      • (1981) A “Fábrica” d'Os Lusíadas, in Arquivos do Centro Cultural Português, Paris: FCG.
      • (1982) Os Lusíadas / Luís de Camões; Ed. org. por António José Saraiva; il. José Rodrigues. Porto: Figueirinhas. – [558, [3] p., 10 f. il. : il. (44 cm)].
      • (1984) O objectivismo de Os Lusíadas, in Actas / IV Reunião Internacional de Camonistas. Ponta Delgada: Univ. Açores, 15-26.
      • (1984) Sobre a gramática de Os Lusíadas, Boletim Filologia, n.º 29, Lisboa, Centro de Linguística da Universidade, p. 231-233.
      • (1986) [Aparas:] Os Lusíadas e a Espanha, Jornal de Letras, Lisboa, 9.10.1986.
      • (1987) Função e significado do maravilhoso n’Os lusíadas, Colóquio/letras, n.º 100 (nov. 1987), p. 42-50.
      • (1990) Poesia e drama: Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, Cantigas de amigo. Lisboa : Gradiva. / Reed., 1996, Gradiva e Expresso.
      • (1992) Estudos sobre a arte d’ Os Lusíadas. Lisboa: Gradiva. / 2.ª ed., 1995. / 3.ª ed., 2002.
      • (2000) Luís de Camões, in História e antologia da literatura portuguesa – Século XVI, n.º 16 (dez. 2000), p. 11-14, Lisboa: FCG. – Em coautoria com Óscar LOPES.
      • (2001) Poesia Maneirista, in História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI, n.º 19 (set. 2001), pp. 11-15, Lisboa: FCG. – Em coautoria com Óscar LOPES.
      • (2002) “Luís de Camões”, in História da literatura portuguesa. – CD-Rom. Óscar Lopes, António José Saraiva; com colab. Leonor Curado Neves et al.. Porto: Porto Ed.
      • (2004) Peregrinação / Fernão Mendes Pinto. Il. Carlos Marreiros; notas António José Saraiva. Lisboa: Expresso.

       
        


      2021/12/22

      L’Age d’Or de la Renaissance Portugaise, a exposição do Louvre em 2022



      L’Age d’Or de la Renaissance Portugaise 

      A Idade de Ouro do Renascimento Português


      O Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, vai receber em 2022 uma exposição dedicada à pintura antiga portuguesa, centrada em 15 obras provenientes do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) de Lisboa, revelou fonte da instituição francesa à agência Lusa.

      Sob o título "L’Age D’or de la Renaissance Portugaise", a exposição irá decorrer entre 10 de junho e 10 de setembro de 2022, na Ala Richelieu do Museu do Louvre, e é comissariada por Charlotte Chastel-Rousseau, conservadora do Departamento de Pintura do museu parisiense.

      A mostra, que se realiza no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, de diplomacia cultural entre os dois países, irá apresentar cerca de 15 pinturas cedidas pelo Museu Nacional de Are Antiga, através de uma parceria. Nuno Gonçalves (c. 1450-c.1516), Jorge Afonso (1504-1540), Cristóvão de Figueiredo (c.1515-1554) e Gregório Lopes (c. 1513-1550) serão alguns dos artistas representados na exposição do Louvre. 

      Os visitantes do Louvre "poderão conhecer a pintura requintada e maravilhosamente executada" dos artistas, como avança o museu: 

      "Muito raramente apresentada, ou mesmo identificada em museus franceses, a pintura portuguesa merece ser mais conhecida: esta apresentação de quinze painéis pintados de muito boa qualidade, cedidos pelo MNAA, vai ser uma descoberta para o público francês".

      Recorda ainda o Louvre que, desde a exposição de 1930, no Jeu de Paume em Paris, sobre a arte portuguesa da época dos Descobrimentos, e as mais recentes exposições em França, também na capital parisiense – Sol e Sombras: Arte Portuguesa do Século XIX (1987) no Musée du Petit Palais e Rouge et Or. Trésors du Portugal Barroco” (2001) no Museu Jacquemart-André, que “este período privilegiado do Renascimento português” não era abordado. 

      "Operando uma síntese muito original entre as invenções pictóricas do primeiro Renascimento italiano e as inovações flamengas, importadas por pintores como Jan Van Eyck, que se hospedaram em Portugal em 1428-1429, a escola de pintura portuguesa afirmou-se a partir de meados do século XV, paralelamente à formidável expansão do Reino de Portugal. Com o patrocínio dos reis D. Manuel I (1495-1521) e D. João III (1521-1557), que se rodeou de pintores da corte e encomendou inúmeros retábulos, a pintura portuguesa viveu, na primeira metade do século XVI, uma época áurea, antes de sofrer um eclipse com a crise da sucessão portuguesa em 1580, e a anexação de Portugal pela coroa de Espanha", 

      aponta o Louvre como enquadramento histórico num texto sobre esta exposição de pintura portuguesa.

      Naquele museu, a aquisição de algumas pinturas permitiu começar a esboçar uma história desta escola, com um pequeno núcleo de quatro pinturas portuguesas datadas do século XV ao século XVIII", recorda ainda o museu, que possui aproximadamente 38 mil objetos, da pré-história ao século XXI, exibidos numa área de 72.735 metros quadrados.

      O Departamento de Pintura assinala também, no documento enviado à Lusa, que deseja

      "continuar a enriquecer este acervo [de pinturas portuguesas], de acordo com a vocação universal do Museu do Louvre e a exigência de oferecer o panorama mais abrangente possível da pintura europeia".

      A duração desta "exposição-dossier será também uma oportunidade de dar a conhecer as pinturas portuguesas apresentadas de forma mais geral em França, no âmbito do projeto de identificação de pinturas ibéricas de coleções públicas francesas", indica a mesma fonte do museu que, em 2019, recebeu 9,6 milhões de visitantes.

      A mostra está inserida na programação da Temporada Cruzada entre França e Portugal, iniciativa de diplomacia cultural criada com o objetivo de aprofundar as relações entre os dois países, e que irá ser levada a cabo entre fevereiro e outubro de 2022, com exposições, espetáculos e outros eventos, com curadoria do encenador Emmanuel Demarcy-Mota, a par de Manuela Júdice e Victoire Bigedain Di Rosa, no comissariado-geral.




         MNAA

      Criado em 1884, o Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa alberga a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior coleção de mobiliário português.

      No acervo encontram-se, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, nomeadamente, os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV.

      Também detém a Custódia de Belém (1506), obra de ourivesaria de Gil Vicente, mandada lavrar pelo rei Manuel I, e os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão.

      O tríptico Tentações de Santo Antão (c. 1500) de Hieronymus Bosch, Santo Agostinho, de Piero della Francesca, A Conversação, de Pietr de Hooch, e São Jerónimo, de Albrecht Dürer, estão também entre as mais conhecidas obras do museu.



      Para saber +


      Ala Richelieu do Museu do Louvre


      2021/12/16

      Edições de colecionador - "Lusíadas comentadas" por Manuel de Faria e Sousa

      EDIÇÕES DE COLECIONADOR

      A Livraria Lello no Porto, na sua loja online, anuncia pela "módica" quantia de 5 500,00€ uma "edição de colecionador", "um precioso tesouro" - a célebre edição de 1639 de Os Lusíadas comentados por Manuel de Faria e Sousa: 

      "Mais um precioso tesouro para adicionar à sua camoniana: uma edição de Os Lusíadas, publicada em 1639 e comentada por um dos principais estudiosos e críticos da poesia camoniana no século XVII. Esta obra, dividida em dois volumes, é curiosamente encadernada a pergaminho. As folhas de guarda são também um reaproveitamento de outros livros não relacionados com a obra, apresentando texto e pautas musicais." - In: Livraria Lello.




      Referência abreviada:

      Lusiadas de Luis de Camoens, Principe de los Poetas de España. Al Rey N. Señor Felipe Quarto el Grande. Comentadas por Manuel de Faria i Sousa [...]. Madrid: por Iuan Sanchez, 1639. - 4 tomos em 2 vols.




      "Manuel de Faria e Sousa dedicou grande parte da sua produção literária aos Descobrimentos portugueses e à figura de Camões. Contestado por muitos como um falsificador dos escritos do poeta épico, não pode deixar de ser visto como um dos seus principais divulgadores. 
      Como escreveria Lope de Vega, 
      "assi como Luiz de Camoens es príncipe de los poetas que escrivieron en idioma vulgar, lo es Manuel Faria de los commentadores en todas lenguas”.  





       

      2021/12/14

      Para a história não oficial de Camões: novas abordagens de Estudos Camonianos - cadeira na USP


      Para a História Não Oficial de Camões: Novas Abordagens de Estudos Camonianos


      Área de Concentração: 8150
      Criação: 14/12/2021
      Nr. de Créditos: 8
      120 horas

      Docentes Responsáveis:
      Marcia Maria de Arruda Franco
      Maria Micaela Dias Pereira Ramon Moreira




      Objetivos:

      • Reescrever a história oficial de Camões nas histórias literárias, a partir da revisitação de gêneros menos estudados de sua obra, como o retrato, as cartas em prosa, o teatro e o bucolismo homoerótico. 
      • Confrontar a centralidade deste poeta na história da literatura portuguesa pela revisitação das margens do cânone quinhentista. 
      • Estudar o aparato crítico produzido em torno da sua obra desde o século XVI, como comentários poéticos, vidas do poeta, edições de sua obra e seus paratextos. 
      • Entender a produção de Camões como autor central da literatura portuguesa por meio da análise do discurso histórico-literário. 
      • Examinar os lugares chave de sua recepção, do XVI ao XXI.

      Justificativa:

      Um Camões não oficial precisa ser desengavetado para varrer o pó dos arquivos quinhentistas. É preciso acabar com a crença de que Camões seja um gênio, o único, o melhor, o maior, e estudá-lo como mais um entre muitos pares, colocando a questão do cânone lírico. Logo, justificam-se os estudos à margem do cânone, sobre o retrato da prisão e determinados gêneros, formas e lugares, em que o discurso baixo ou medíocre, do erotismo à prostituição, foi a opção de escrita. Um Camões pouco estudado na Índia exerce a sátira política na poesia oral, vocalizando em performance a sua zombaria ao desconcerto do mundo. 
      Enfim, o curso se justifica por reunir um corpus não muito estudado da obra camoniana, e por se propor a estudá-lo dentro do paradigma comunicacional dos estudos literários em perspectiva multidisciplinar. Aqui, trovas, sonetos, autos, cartas em prosa são estudados como manifestações da sátira camoniana. 
      A emulação renascentista do homoerotismo antigo, pelo pacto ficcional da pastorícia entre figuras históricas e pastores, mostra-se forma de amor homoerótico cantada no registro adequado à ordenação retórico-poética do bucolismo no tempo de Camões, sem prejuízo de poesias eróticas que despertaram o desejo nas ledoras da sociedade de corte e mais tarde nas leitoras da sociedade burguesa. 
      Camões, como seus contemporâneos, cultiva a poesia visual, compõe labirintos de versos, acrósticos abecedários, motes acrósticos, poesia lúdica comprometida com a sátira social, com a corte amorosa e com o ensino da história antiga. 
      Frequenta em Lisboa o ‘mal cozinhado’, ‘Babel’ onde “mouros, judeus, castelhanos, leoneses, frades, clérigos, casados, solteiros, moços e velhos” pagodeavam, não sem arruaças. Camões não oficial teve doença venérea (Faria e Sousa dixit), experimentou na Índia drogas, afrodisíacos, triagas: lugares e imagens de sua poesia. 
      Ofuscado pelo Camões oficial, herói do colonialismo português, o Camões não oficial está nos impressos e manuscritos quinhentistas e seiscentistas seus e de seus contemporâneos à espera de projetos editoriais e políticas educacionais.

      Conteúdo:

      1 – Retratos de Camões e a Arte de Retratar
      2 – A questão do cânone lírico camoniano – fortuna editorial, prólogos e poemas paratextuais
      3 – As 4 Vidas do Poeta no século XVII
      3 – Cinco cartas em prosa e os dois códices da BNL
      4 – Camões verbivocovisual: labirintos, acrósticos, abecedários e sátira ao Desconcerto do mundo
      5 – Homoerotismo, bucolismo e Antologia Homoerótica sugerida por Frederico Lourenço
      6 – Trovadorismo, autos e performance na sociedade de corte
      7 – A recepção de Camões no século XVIII – Verney e Voltaire
      9 – A personagem Camões no discurso ficcional e na história literária oitocentistas
      10 – As comemorações do III centenário de Camões
      11 – Afrânio Peixoto, Gilberto Freyre e a recepção camoniana nos modernismos do Brasil
      12 – Releituras na contemporaneidade portuguesa

      Forma de Avaliação:

      Trabalho escrito, peso 2
      Seminário remoto: peso 1
      Participação em aula remota: peso 1

      Observação:


      I. Porcentagem da disciplina que ocorrerá no sistema não presencial (1-100%) 
      100%

      II. Detalhamento das atividades que serão presenciais e das que serão desenvolvidas via remota, com discriminação do tempo de atividade contínua online
      Todas serão remotas.

      III. Especificação se as aulas, quando online, serão síncronas ou assíncronas
      As aulas serão síncronas.

      IV. Descrição do tipo de material e/ou conteúdo que será disponibilizado para o aluno
      Textos digitalizados, powerpoints e lista bibliográfica.

      V. Qual plataforma será utilizada
      A plataforma a ser utilizada será o Google Meet

      VI. Definição sobre a presença na Universidade e, quando necessária, discriminar quem deverá estar presente (professora/professor; aluna/aluno/ambos)
      Não será necessária a presença na universidade, salvo se a biblioteca estiver aberta e o aluno precise consultar o acervo.

      VII. Descrição dos tipos e da frequência de interação entre aluna/aluno e professora/professor (somente durante as aulas; fora do período das aulas; horários; por chat/e-mail/fóruns ou outro)
      Durante as aulas; fora dos períodos das aulas, a qualquer horário, via encontro virtual em sala criada no Google Meet para tal, e-mail, whatsapp do grupo da disciplina.

      VIII. Qual será a forma de controle da frequência nas aulas
      As aulas serão síncronas e a presença será contabilizada de acordo com a presença virtual a cada sessão, conforme formulário enviado pelo Google Meet.

      IX. Informação sobre a obrigatoriedade ou não de disponibilidade de câmera e áudio (microfone) por parte dos alunos
      O microfone e câmera deverão estar desligados durante a exposição do professor e abertos durante o debate e seminários.

      X. A forma de avaliação da aprendizagem (presencial/remota)
      A avaliação será por meio de trabalho escrito, apresentação remota de seminários e participação nos debates remotos que se seguem à exposição do professor a cada sessão de aula remota.



      Bibliografia:


      1- Manuscritos

      • [MISCELANEA DE TEXTOS LITERÁRIOS EM PROSA E EM VERSO E VÁRIAS CARTAS, COMPILADA POR PEDRO ALVARES VAREJÃO] [ MANUSCRITO] – COD 9492 da Biblioteca Nacional de Portugal, 1551 a 1600. 197 fols. (cópia digital)
      • [TEXTOS LITERÁRIOS, DE CARÁCTER HISTÓRICO, GENEALÓGICO, APONTAMENTOS SOBRE VÁRIAS MATÉRIAS, ETC., REUNIDOS POR MANUEL SEVERIM DE FARIA] [ MANUSCRITO] – COD 8571 da Biblioteca Nacional de Portugal, 1551 a 1650. 333 fols. (cópia digital) 

      2- Geral 

      • ALMEIDA, Aníbal. O Rosto de Camões. Lisboa. INCM, 1996. 199 p.. 
      • ALMEIDA, Isabel. Cartas de Camões, In: SILVA, V. A, coord., Dicionário de Camões, Lisboa, Caminho, 2011. 
      • ALMEIDA, Isabel. Guerra e Paz: leituras seiscentistas de Camões. Colóquio Letras, n.º 197 (jan.-abril 2018), p. 9-23. 
      • AGUIAR E SILVA, Vitor, coord. Dicionário de Luís de Camões. Alfragide, Portugal: Editorial Caminho, 2011. 
      • ANASTÁCIO, Vanda, ed. e notas. Teatro completo. Luis de Camões. Porto, Caixotim, 2005. 
      • ANASTÁCIO, Vanda. Visões de Glória: uma introdução à poesia de Pêro de Andrade Caminha. Lisboa, FCG, 1998. 2 vols. 
      • AZEVEDO FILHO, Leodegário A. de. “Problemática geral da lírica de Camões”. In: Sonetos de Luís de Camões. Texto estabelecido por -, a partir de manuscritos quinhentistas. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 2004, p.23-55. 
      • AZEVEDO, Maria Antonieta Soares de. “Ainda o manuscrito do Duque de Lafões e o retrato de Camões por Fernão Gomes”. Em Panorama, revista portuguesa de arte e turismo, IV série, nº 42-3, Setembro de 1972, pp. 75-95. 
      • AZEVEDO, Maria Antonieta Soares de. “Uma nova e preciosa espécie iconográfica quinhentista de Camões”. ibid., pp. 96-103. 
      • BERARDINELLI, Cleonice, ed. e notas. Sonetos de Camões. Corpus dos sonetos camonianos. CCP, Lisbonne, Paris; FCRB, Rio de Janeiro, 1980. 
      • BRANDÃO, Fiama Hasse Pais. O Labirinto camoniano e outros labirintos. Lisboa, Teorema, 1985. 
      • BRANDÃO, Fiama Hasse Pais. Obra Breve – Poesia reunida. Lisboa, Assírio e Alvim, 2006. 
      • CAMÕES, Luís de. Obras Completas: Autos e cartas. Lisboa, Sá da Costa, 1946. Vol.III.
      • CAMÕES, Luís Vaz de. Obras Completas: Luís de Camões. Redondilhas e Sonetos. (A lição das primeiras edições e variantes). Prefácio e Notas: Hernani Cidade.Lisboa: Colecção de Clássicos Sá da Costa, 1946. Vol.I 
      • CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas [1572]. Porto: Porto Editora, 3ª ed., 2015. 
      • CAMÕES, Luís de. Rhythmas. Lisboa, Manoel de LYRA, 1595. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Rimas. Lisboa, Estevão Lopes, 1598. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Rimas Varias. Comentadas por Faria e Sousa. Lisboa, INCM, 1980. 2 Vols.(Edição fac-similada da edição príncipe de 1689). 
      • CAMÕES, Luís de. Primeira, Segunda e Terceira Parte das Rimas. Nessa nova impressão emmendadas e acrescentadas pello Lecenceado Ioão Franco Barreto, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1666. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Segunda Parte das Rimas. Emendadas e acrescentadas pello Lecenceado Ioão Franco Barreto, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1669. Cópia Digital Pública 
      • CAMÕES, Luís de. Terceira parte das Rimas. Edição de Alvares da Cunha, Lisboa, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1668. Cópia Digital Pública. 
      • COUTINHO, B. XAVIER, ”Os mais antigos retratos e a cegueira Camões”, separata de O Tripeiro. Agosto de1972. 
      • CUNHA, Carlos M. F. da. A construção do discurso da história literária na literatura portuguesa do século XIX. CEHUM, Universidade do Minho, 2002. 
      • CUNHA, Carlos M. F. da. “O Camões do Estado Novo”. In: FRAGA, Maria do Céu et al. Camões e os Contemporâneos. Braga: CIEC; Universidade dos Açores; Universidade Católica Portuguesa, 2012. 
      • CUNHA, Xavier da. “Uma carta inédita de Camões, Boletim das Bibliotecas e Archivos Nacionaes, Ano 1, n.º 1 (1904), 26-46. 
      • Dicionário de Camões. Coordenação de Vítor Aguiar e Silva. São Paulo, Leya, 2011. 
      • FLOEMA Caderno de Teoria e História Literária. Dossiê Camões. 11. ed. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2010. v. 1. 174p. 
      • HOLANDA, Francisco de “Do tirar pelo natural”, ed. de José da Felicidade Alves. LIVROS HORIZONTE. 
      • HUE, Sheila Moura. “Em busca do cânone perdido”. Revista Camoniana, Bauru, São Paulo, 3ª série, Vol. 12, p.171-193, 2002. 
      • HUE, Sheila Moura. Introdução à Antologia de poesia portuguesa do sécuo XVI. Camões entre seus contemporâneos. Rio de Janeiro, 7Letras, 2004. 
      • KOSSOVITCH, Leon. “Contra a ideia de Renascimento”, In: NOVAES, Adauto, org. Artepensamento. São Paulo, Companhia das Letras, 1994, pp.59 a 68. corpus atribuído a Gregório de Matos e Guerra. São Paulo, EDUSP, 2012. 
      • LOURENÇO, Frederico. Amor. In: Dicionário de Luís de Camões. Lisboa, Editorial Caminho, 2011. 
      • LOURENÇO, Frederico. Pode um desejo imenso. Lisboa: Editora Cotovia, 2002. 
      • LUIZ DE CAMÕES REVISITADO. 
      • LUND, Christopher C., ed. Anedotas portuguesas. E memórias biográficas da arte quinhentista, e estórias e ditos galantes que sucederão e se disserão no paço [Contendo matéria biobibliográfica inédita de Luís de Camões e outros escritores do século XVII]. Leitura do texto, introdução, notas e índices por -., Almedina, 1980. 
      • MACEDO, Helder. Camões e outros contemporâneos. Lisboa, Editorial presença, 2017. 
      • MACEDO, Helder. “Camões and his Lyrics”, in Luis de Camões, Epic & Lyric. Manchester, Carcanet Press LTDA, 1990. 
      • MACEDO, Helder. “Luís de Camões: o testemunho das cartas”. Floema Especial. Dossiê Camões, 2010. 
      • MOURA, Vasco Graça. Retratos de Camões. Guerra e Paz. Lisboa, 2014. 
      • “Retrato vós não sois meu”, [...] no livro O Penhasco e a Serpente e outros ensaios, Quetzal, 1987, pp. 67-72. 
      • “O retrato pintado a vermelho”, INCM e Fundação do Oriente, 1989. 
      • MUHANA, A. F, ed. - Poesia e pintura ou pintura e poesia. Tratado Seiscentista de Manuel Pires de Almeida. São Paulo, Edusp, 2002. 
      • Para a edição crítica da poesia lírica de Camões: Entrevista a Maurízio Perugi por Rita Marnoto. Colóquio Letras, n.º 197 (jan.-abril 2018), pp. 52-60. 
      • PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Camoniana Varia. Coimbra, CIEC, 2007. 
      • PEREIRA, José Carlos Seabra. “Ainda Acteón na ‘Écloga dos Faunos’ e a cisão na lírica Camoniana.”, in Reunião Internacioanl de Camonistas, 6, 2012, Coimbra. Actas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012. v. 1, p. 109-119. 
      • PETRARCA, Francesco. Canzoniere. Introduzione e note di Alberto Chiari. Milano, Mondadori, 2009. 
      • PETRARCA, Francesco. Mi secreto. Secretum meum (1342). México, Frente de Afirmación Hispanista, A. C., 1998. 
      • PETRARCA, Francesco. Os Triunfos. São Paulo, Hedra, 2006. 
      • PICHIO, Luciana Stegagno. Ars combinatoria e algebra in una lirica di Camões, in: Studj romanzi, Roma, XXXV, 7-39, 1974. 
      • PICCHIO, Luciana Stegagno, Camões lírico: variantes de tradição e variantes de autor. Exemplos para o estudo da movência em textos camonianos. Actas da V Reunião Internacional de Camonistas. São Paulo, USP/FFLCH, p.285-309,1987. 
      • PIEPER, Renate. “Cartas, avisos e impresos: Los medios de comunicación en el imperio de Carlos V”, in: Carlos V y la quiebra del humanismo político en Europa (1530-1558), [Congreso internacional, Madrid, 3-6 de julio de 2000]. Coord, por José Martinez Millán, 2001, p. 431-442. Vol.4. 
      • PIMPÃO, Álvaro Júlio da Costa. Rimas, Autos e Cartas. Porto: Livraria da Civilização, 1978. 
      • PINHO, Sebastião Tavares. Decalogia camoniana. Coimbra, CIEC, 2007. 
      • POESIE DELLO STILNOVO, a cura di Marco Berisso. Milano, BUR, 2006. 
      • PORTUGAL, Fernando F. de. “As duas versões de uma carta camoniana”, Revista da Biblioteca Nacional, séries 2, 3.2 (1988, 7-20 (9-10). 
      • QUENTAL, Antero de. “No Tricentenário de Camões”. In: Prosas. Lisboa: Couto Martins, s.d. 
      • RODRIGUES, José Maria. “Carta inédita de Camões e Comentário de uma carta inédita”, Lusitânia, Lisboa, 1925, fasc. V/VI, 141-144 e 145-157. 
      • MIGUEL, José; TORREJÓN, Martínez. “‘Strewing words in the wind’: Desire, rhetoric and frustration in Camões's ‘Égloga dos Faunos’”. Modern Humanities Research Association. Cambridge, 1996.
      • Portuguese Studies, Caderno 12, p. 25-39. 
      • RIBEIRO, Márcio Moitinha. A Poesia Pastoril: As Bucólicas de Virgílio. 123 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Letras, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. 
      • RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação: as minorias na Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993. 
      • RODRIGUES, Marina Machado. Uma Abordagem Filológico-literária da Écloga Camoniana "A quem darei queixumes namorados". 279 f. Tese (Doutorado) - Curso de Letras, Estudos Literários, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.
      • RODRIGUES, Marina Machado. “A propósito das epígrafes à Écloga V, de Luís de Camões”. Revista da Academia Brasileira de Filologia, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p.123-127, 2010. 
      • SARAIVA, António José; LOPES, Óscar. História da Literatura Portuguesa. 17. ed. Porto: Editora Porto, 2005. 
      • SARAIVA, José Hermano. Vida Ignorada de Camões. 2. ed. Lisboa: Publicações Europa-América, 1978. 
      • SENA, Jorge de. “Jorge de Sena – 1977”. In: Camões e a Identidade Nacional. Lisboa: INCM, 1983. 
      • SOUSA, Luana Neres de. A Pederastia Em Atenas no Período Clássico: relendo as obras de Platão e Aristófanes. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2008. 
      • SPAGGIARI, Barbara. “O método lachmanniano”. Fundamentos da Crítica textual. Rio de Janeiro, Lucerna, 2004. 
      • WILLIS, Clive, ed. “The correspondence of Camões (with Introduction, Commentaries, Translation and Notes) by -. Edited by the Department of Portuguese, King’s College London. Printed and Published by W. S. Maney & Son LTD / For the Modern Humanities Research Association. Special offprint sponsored by CNCDP. Extract from PORTUGUESE STUDIES, VOl. 11 – 1995. 
      • ZUMTHOR, P. A Letra e a Voz: A literatura medieval. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Amalio Pinheiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 
      • ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Casac Naify, 2ª ed., 2007.

      3- Própria: 

      1- FRANCO, Marcia Arruda. Verbetes
      in: SILVA, Vitor Aguiar (coord.) -  Dicionário de Camões. Lisboa: Caminho, 2011 e São Paulo: Leya, 2012. 
      • 1- O desconcerto do mundo na obra de Camões, 
      • 2- Cânone literário português e Camões, 
      • 3- Horacianismo em Camões, 
      • 4- Afrânio Peixoto, Júlio de; 
      • 5- Ficalho, Conde de, Flora dos Lusíadas. 
      • 6- Labirintos. 

      2- O ABC em motes para Ana Hatherly. In: Ida Alves; Rogério Barbosa. (Org.). Encontros com Ana Hatherly. 1ed.Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2015, v. 1, p. 91-106. 

      3- Sá de Miranda e Camões. In: Maria do Céu Fraga, et alii. (Org.). Camões entre os contemporâneos. 1ed.Braga: CIEC, UC, Universidade dos Açores, Universidade Católica Portuguesa, 2012, p. 203-216. 

      4- O Emprego Indiano Em Dois Sonhos Épicos. In: I CONGRESSO Internacional DE ESTUDOS CAMONIANOS, 1999, Rio de Janeiro. I Congresso Internacional de Estudos Camonianos. RIO DE JANEIRO: Eduerj, 1997. p. 381-387 

      5- O cenário mediterrâneo na Ilha de Vênus n'Os lusíadas. In: Portogallo e Mediterraneo, 2009, Napoli. Cusati, Maria Luisa. Org Atti del congresso Internazionale 4 a 6 ottobre 2007. Napoli: Universitá degli studi di Napoli, 2009. p. 181-192 

      6- OUTROS QUINHENTOS NA POESIA TOTAL DE WALY SALOMÃO. Colóquio. Letras, v. 194, p. 143-157, 2017. 

      7- Convite que fez Camões a certos fidalgos em Goa, e.lyra, v. 4, p. 21-45, 2014. 

      8- Labirinto do autor queixando-se do mundo, corre sem vela e sem leme. Convergência Lusíada, v. 27, p. 11-27, 2012. 

      9- Camões em duas canções da MPB. Floema (UESB), v. 7, p. 137-153, 2010. 

      10- A rota das especiarias em textos do século XVI. Floema (UESB), Vitória da Conquista, v. 1, p. 51-69, 2005. 

      11- Camões e Orta na corte do vice-rei conde de Redondo. Revista Camoniana, Bauru/SP, v. 13, p. 47-63, 2003. 

      12- Botânica e Poesia: Camões e Garcia d'Orta em Goa. Revista Camoniana, Bauru /SP, v. 12, p. 111-134, 2002. 

      13- Botânica, Poesia e Mulher: Psicoativos e afrodisíacos nos Colóquios dos Simples e drogas e na obra de Camões. Estudios Portugueses, Salamanca, v. 2, p. 55-71, 2002. 

      14- Camões e Orta lidos pelo Conde de Ficalho. In: Oliveira, Paulo Motta e Fernandes, Annie Gisele. (Org.). Literatura Portuguesa Aquém-Mar. Campinas: Komedi, 2005, p. 73-90 

      15- Uma zombaria de Luís de Camões esquecida nas Rimas. In: Bernardes, José Augusto Cardoso. (Org.). Camões: matrizes e projecções ibéricas. Santa Barbara/ Coimbra: Center of Portuguese Studies / Centro Camoniano de Coimbra, 2005. 

      16- Fiama Camonista. In: Jorge Fernandes da Silveira. (Org.). Metamorfoses. 1ed.Lisboa: Caminho/Cátedra Jorge de Sena-UFRJ, 2005, v. 6, p. 43-54. 

      17- Camões no modernismo paulista. (no prelo da Colóquio Letras 2019) 

      18- A quinta carta em prosa de Camões; porque nem tudo seja falar-vos de siso, palestra proferida na Jornada de LP 2018 “Para a história não oficial de Camões: novas propostas de estudos camonianos”.


      Para saber +



      Chaves e os primeiros livros impressos em língua portuguesa - seminário online, no Ciclo de Seminários RIBAT ON.




      Chaves e os primeiros livros impressos em língua portuguesa

      14 de dezembro de 2021,  17h00
      Org. Biblioteca Municipal de Chaves






      A Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Alto Tâmega (RIBAT) em colaboração com Rede Casas do Conhecimento (RCdC) dinamizam mais um seminário online, no âmbito da iniciativa Ciclo de Seminários RIBAT ON.

      Com a colaboração de José Barbosa Machado, docente da UTAD e de Ana Virgínia Pinheiro, Chefe e curadora de obras Raras na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

      Apresentação inicial promovida na sala multiusos da Biblioteca Municipal de Chaves, seguindo-se a transmissão online, em direto, do encontro no local e através das redes sociais.

      A participação é gratuita, mas carece de registo, através do formulário disponível AQUI.

      TEMA: 

      " O Sacramental (1423), de Clemente Sánchez de Vercial, foi uma das obras pastorais mais conhecidas na Península Ibérica, até ser colocada no índice de livros proibidos, em meados do século XVI. 
      Correu em diversas versões manuscritas, quer em castelhano, quer em português, tendo sido impressa pela primeira vez em 1465 no reino vizinho. Só 23 anos mais tarde (1488) é impressa em Portugal, mais concretamente na vila de Chaves. 
      Em língua portuguesa conhecem-se quatro edições. Um exemplar da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é, ao que tudo indica, da edição impressa em Chaves. As outras edições, certamente posteriores, baseiam-se na lição textual da mesma."

      Sacramental, de Clemente Sánchez de Vercial 

      o primeiro livro de língua portuguesa impresso em Portugal no dia 18 de Abril de 1488 em Chaves
      Imagem: Sacramental, Frontispício e pág. interior da edição de 1539.

      ORADORES:

      José Barbosa Machado
      Professor Auxiliar com Agregação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Licenciou-se em Humanidades pela Universidade Católica Portuguesa (1992), é mestre em Ensino da Língua e da Literatura Portuguesas pela Universidade do Minho (1997) e doutorado em Linguística Portuguesa pela da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (2002). Publicou todos os incunábulos conhecidos em língua portuguesa, de que se destacam o Tratado de Confissom e o Sacramental, assim como diversos estudos sobre os mesmos. É também autor do Dicionário dos Primeiros Livros Impressos em Língua Portuguesa.

      Ana Virgínio Pinheiro
      Bibliotecária e Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO, especialista em Administração de Projetos Culturais e Mestre em Administração Pública. Foi Bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional brasileira por 38 anos (1982-2020), sendo 16 como Chefe e Curadora das Obras Raras.
      É Professora adjunta da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO, desde 1987. Integra grupos de pesquisa e dedica-se ao estudo e à avaliação do livro raro".




      2021/11/24

      "Os Lusíadas" traduzidos em língua turca por Ibrahim Aybek



      "Na minha opinião, ser o primeiro a traduzir Os Lusíadas para o turco é menos importante do que ser o primeiro a lê-lo em turco. Para mim, é muito especial ler pela primeira vez em turco uma obra escrita há 450 anos. Especialmente considerando que a obra menciona muitas vezes a nossa civilização e o Império Otomano." - Ibrahim Aybek





      Uma tradução de “Os Lusíadas” em turco está disponível a partir de 23 de novembro nas livrarias da Turquia por iniciativa de um arquiteto e diplomata que, em 2020, decidiu traduzir a epopeia de Luís de Camões.

      A iniciativa foi de Ibrahim Aybek que, numa entrevista à agência Lusa, explicou que “sempre teve a ideia de traduzir Camões para turco”.

      Arquiteto de formação e diplomata de profissão, a trabalhar na agência turca de cooperação, com missões em Moçambique e em S. Tomé, Ibrahim Aybek meteu mãos à obra com a chegada da pandemia de covid-19 e com o confinamento. Assim, em 2020 mergulhou “a fundo” na obra de Camões, o que só lhe foi possível por ter aprendido português em 2008 quando frequentou o programa Erasmus em Portugal.

      Se a ideia de traduzir “Os Lusíadas” já tinha alguns anos, não avançou logo para o projeto por pensar que ainda não dominava suficientemente a língua portuguesa para o fazer. Não desistiu, porém, do sonho, tal como não o fez com a aprendizagem da língua portuguesa na qual foi avançando sempre até atingir um nível “mais maduro” que lhe permitisse traduzir Camões, acrescentou.

      “Já sabia que Camões nunca tinha sido traduzido para turco”, disse Ibrahim Ayek à Lusa, acrescentando estar convicto de que até aqui “ninguém tivera coragem para o fazer”. “Não é um texto fácil, antes pelo contrário”, observou, realçando que é um “texto antigo, que também tem um sistema de rimas e um sistema métrico” específico, o que dificulta o trabalho dos tradutores.

      A curiosidade de Ibrahim Ayek pelos textos antigos foi a “motivação” para mergulhar na leitura daquela obra de Camões bem como na de traduções em inglês, espanhol e francês. Como explicou: “Se não houvesse traduções em línguas atuais, estou em crer que nunca conseguiria traduzir a obra, porque há muitos termos que já não se utilizam”.

      Apesar de lhe ter sido impossível manter os versos em decassílabos, Ibrahim Ayek disse tê-los mantido em “comprimentos iguais para serem mais próximos do original”. 

      “Foi um trabalho difícil, mas no final acho que ficou um produto bom”, referiu, a propósito da obra de 450 páginas que hoje entrou no circuito livreiro turco com uma tiragem inicial de 1.000 exemplares. Referiu ainda que a editora Ötuken Nesriyat “sempre reconheceu valor ao trabalho que estava a ser desenvolvido” para tradução do poema nacional português.

      Questionado sobre se há alguma parte de “Os Lusíadas” que o tenha encantado mais, Ibrahim Ayek disse que todo o livro “é uma obra-prima”. Além das narrações sobre as viagens dos navegadores, o tradutor deslumbrou-se com “O velho do Restelo”, por este traduzir um “sentimento comum a muitos povos e que continua a persistir no presente”.

      Ibrahim Ayek frisou que “tentou explicar os versos de Camões da forma mais clara possível”, razão por que também fez questão de transmitir questões culturais específicas, através de mais de 1.200 notas de rodapé na obra.

      A tradução de “Os Lusíadas” em turco não é, porém, a única tarefa em português que ocupa Ibrahim Ayek já que há anos que se encontra a elaborar um dicionário de português-turco. Depois de ter escrito uma gramática de português para turcofalantes, que já vai na segunda edição e é a única disponível no país, Ibrahim Ayek aposta agora num dicionário académico de português. Um trabalho que desenvolve desde 2018 e que já conta com 15.000 entradas, avançou à agência Lusa.

      “'Os Lusíadas' vão criar muita curiosidade em qualquer pessoa que os leia, é um clássico mundial”, disse Ibrahim Ayek, sublinhando que ainda gostava de traduzir José Saramago para turco, apesar de o Prémio Nobel da Literatura 1998 contar com várias obras traduzidas para aquela língua.

      Fernando Pessoa é outro dos autores portugueses que Ibrahim Ayek quer também traduzir para turco. Porque a poesia deste autor causa fascínio na Turquia e ainda ninguém apostou na tradução de qualquer obra do escritor.

      “Vou tentar continuar a contribuir para transmitir as nossas culturas para ambos os lados”, disse Ibrahim Ayek, sublinhando que na Turquia existe “muita curiosidade” sobre a cultura portuguesa. “Somos povos mediterrânicos e há várias semelhanças. Portugal é destino preferido pelos turcos, há grande admiração pelo fado e pela arquitetura portuguesa que é muito valorizada na Turquia”, disse a propósito.

      Ayek exemplificou com os poemas do angolano Agostinho Neto, que foram recentemente traduzidos para turco, acrescentando existir grande curiosidade na Turquia por todo o mundo lusófono.

      Apesar de o português ser “uma das línguas mais raras na Turquia, tal como o turco em Portugal, Ibrahim Ayek está convicto de que os dois países podem estabelecer “relações mais ativas”.

      Para que o intercâmbio cultural entre Portugal e Turquia “aumentasse e melhorasse”, Ibrahim Ayek desafia os tradutores portugueses a traduzirem clássicos turcos.

      “Mesveni”, de Rumi, uma obra essencial sobre o sufismo, e “Yunus Emre Divanı”, uma obra essencial sobre o humanismo, são os livros que Ibrahim Ayek gostaria de ver traduzidos em português.




      Para saber +








      2021/11/15

      Grande coleção camoniana de El-Rei D. Manuel II (inventário em 1950)



      Foto in: "Dom Manuel II, o bibliógrafo", por Miguel Villas-Boas



      CAMONIANA


      “Possui a preciosa Camoniana de El-Rei D. Manuel II, do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, no Paço Ducal de Vila Viçosa:

      • todas as edições de “Os Lusíadas” do século XVI, que são as mais raras e valiosas;
      • as do século XVII, com exceção de [ed. 1633; ed. 1670];
      • todas as dos séculos XVIII;
      • a edição do Morgado de Mateus, e outras importantes do século XIX;
      • todas as edições antigas das “Rimas”, exceto [ed. 1614].” 
                                              Joaquim de Carvalho



      1. CATÁLOGO:

      1.1. – OS LUSÍADAS


      Séc. XVI


      1. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMÕES.

      Lisboa, em casa de António Gonçalves, 1572.

      I vol. — 4.º —Enc. marroquim vermelho com ferros dourados (Enc. moderna). Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho. É esta a edição E. que tem na portada o pelicano com a cabeça voltada para a esquerda e é considerada a autêntica edição “princeps”, embora haja opiniões discordantes.


      2. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMÕES.

      Lisboa, em casa de António Gonçalves, 1572.

      I vol. — 4.º — Enc. marroquim vermelho com ferros dourados (Enc. moderna). Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho. Esta é a edição E. que tem na portada o pelicano com a cabeça voltada para a direita do observador.


      3. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMÕES.

      Lisboa, Manuel de Lyra, 1584.

      I vol. — 8.º — Enc. marroquim azul com ferros dourados (Enc. moderna). Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho. Esta edição é a chamada “dos piscos”.


      4. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMOES.

      Lisboa, Manuel de Lyra, 1591.

      I vol. — 8.º — Enc. carneira com ferros dourados na lombada (Enc. séc. XVIII). Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho.


      5. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMÕES.

      Lisboa, Manuel de Lyra, 1597.

      I vol.-4.0— Enc. carneira. Esta é a última das edições do séc. XVI. OS LUSIADAS DE LUIZ DE 


      [Séc. XVII]


      6. OS LVSIADAS / DE LVIS DE CAMÕES.

      Lisboa, Pedro Crasbeeck, 1609.

      vol. — 4.º — Com capa de pergaminho. Esta edição tem no frontispício uma vinheta em madeira representando o brasão dos Cunhas, mas com as cunhas viradas para baixo. (Por ser dedicado a D. Rodrigo da Cunha).

      Há mais dois exemplares desta edição, a um dos quais faltam o frontispício e as folhas das licenças.


      7. [... - 1609].


      8. OS LVSIADAS / DE LVIZ DE CAMÕES. Príncipe da Poesia Heroyca. 

      Em Lisboa. Por Vicente Alvarez. Anno 1612.

      I vol. — 4.º —Enc. carneira antiga com ferros dourados na lombada. (Enc. séc. XVIII). Tem no frontispício o brasão dos Cunhas, com as cunhas ao contrário.


      9. OS LVSIADAS / DO GRANDE LVIZ DE CAMOENS. Principe da Poesia Heroica.

      Commentados pelo Licenciado Manoel Correa.

      Em Lisboa. Por Pedro Crasbeeck. Anno 1613.

      I vol. — 4.º — Enc. carneira antiga e tem nas pastas um brasão em ferros dourados, sobrepujado por uma coroa de duque. Tem no frontispício um brasão das Armas Reais Portuguesas, e no verso da folha das licenças, o brasão dos Cunhas, com as cunhas ao contrário (o que parece, não existe em todos os exemplares desta edição.


      10. OS LVSIADAS / DE LUYS DE CAMÕES.

      Em Lisboa. Por Pedro Crasbeeck. Impressor delRey. Anno 1626.

      I vol. — 32.º — Enc. carneira. Esta é a primeira das chamadas “edições diamante”, dos livreiros e impressores Crasbeeck.


      11. OS LVSIADAS / DE LUVYS DE CAMÕES.

      Em Lisboa. Por Pedro Crasbeeck. Impressor delRey. Anno 1631.

      I vol. — 24.º — Enc. pergaminho com ferros dourados. Tem no frontispício uma vinheta representando uma pena e uma espada, postas em aspa, e reunidas por uma coroa de loiro, com a legenda simul in unum em volta.

      Há um outro exemplar desta edição que está encadernado com as “Rimas” de Luís de Camões de 1629, pelo mesmo impressor.


      12. [1631].


      13. [1633].


      14. # LUSIADAS / DE LUIS DE CAMOENS. Principe de los Poetas de España. Al Rey N. Señor. Filipe Quarto El Grande.

      Comentados por Manuel de Faria e Sousa, Cavallero de la Ordem de Christo, e de la Casa Real.

      Em Madrid. Por Juan Sanchez. Anno 1639.

      2 vol — 8.º máximo — Com capa de pergaminho. É a célebre edição comentada por Faria e Sousa, comentário feito sobre o texto português do poema.

      Tem no frontispício uma vinheta representando as Armas Reais de Portugal, colocadas sobre duas tubas em aspa, com a legenda: “Exivit Sonus Eorum In Omnem Terram”.


      15. OS LVSIADAS / DE LVIS DE CAMÕES.

      Em Lisboa. Por Paulo Crasbeeck. Impressor e Livreiro das tres Ordens Militares. Anno 1644.

      I vol. — 24.º — Enc. carneira com ferros na lombada e nas pastas.

      Tem encadernado juntamente as “Rimas” de Luís de Camões, 1.ª parte, 1645, pelo mesmo impressor.


      16. OS LVSIADAS / DE LVIS DE CAMÕES.

      Em Lisboa. Por Paulo Crasbeeck. Impressor das Ordens Mili-tares. Anno 1651.

      vol.  — 24.º — Encadernado.


      17. OS LVSIADAS / DE LUIS DE CAMOENS.

      Com os argumentos do L. João Franco Barreto.

      Em Lisboa. Por António Crasbeeck de Mello. Anno 1663.

      1 vol. — 24.º — Enc. marroquim vermelho com ferros dourados na lombada e nas pastas. (Enc. moderna). Estão reunidas neste volume as “Rimas de Luiz de Camões”, 1663, pelo mesmo impressor.


      18. [1670].


      [Séc. XVIII]

      19. OS LUSIADAS / DO GRANDE LUIS DE CAMOENS. Principe dos Poeta de Hespanha.

      Com os argumentos do Licenciado João Franco Barreto.

      Lisboa. Manuel Lopes Ferreira. 1702.

      1 vol. — 12.º— Enc. carneira. Esta edição é seguida das “Rhythmas”, I Parte, que começam na página 481.


      20. OS LUSIADAS / DO GRANDE LUIZ DE CAMOENS. Principe dos Poetas de Hespanha.

      Com os argumentos do Licenciado João Franco Barreto.

      Lisboa Occidental. Officina Ferreyriana. 1721.

      1 vol. — 12.º — Encadernado. Esta edição é seguida das “Rhythmas” I Parte, que começam, também, na página 481, como na anterior.


      21. # LUSIADA : POEMA EPICO / DE LUIS DE CAMÕES. Principe dos Poetas de Espanha.

      Com os argumentos do Licenciado João Franco Barreto. 

      T. I — Em Napoles na Officina Barriniana. 1731

      T. II Em Roma na Officina de Antonio Rossi. 1732.

      2 vol. — 4.° gr. — Enc. carneira (Enc. antiga). Esta edição, que é muito apreciada, tem notas de Inácio Garcez Ferreira, que fazem uma crítica severa de algumas passagens do poema, e que, segundo Inocêncio, teriam servido a José Agostinho de Macedo para a «Censura dos Lusíadas”.


      22. OS LUSIADAS / DO GRANDE LUIS DE CAMÕES. Principe dos Poetas de Hespanha.

      Com os argumentos do Licenciado João Franco Barreto.

      Lisboa. Na Of. de Manoel Coelho Amado. Anno de 1749.

      1 vol. — 12.º ou (16.º) — Enc. marroquim (Enc. moderna).


      [Séc. XIX]

      23. [1800].


      24. [1805].


      [-]. LUSIADA DE LUIS DE CAMÕES.

      S.l. n.d. Edição I. E. Hitzig. 1810.

      1 vol. — 12.º — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). É uma edição apreciada e muito rara. Não tem data nem lugar de impressão, mas julga-se que foi impressa em Berlim, ou Leipzig, em 1810 (e não em 1808 como supunha Inocêncio).

      É dedicada a Humboldt, pelos editores.


      25. OS LUSIADAS : POEMA EPICO / DE LUIS DE CAMÕES.

      Nova edição correcta / e dada á luz, por Dom Ioze Maria de Souza-Botelho, Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

      Paris. Na Officina Typographica de Firmin Didot. 1817.

      1 vol. — Fólio —Encadernado. Esta é a célebre “Edição do Morgado de Matteus”, preciosamente impressa e ilustrada com doze belas gravuras, executadas por artistas notáveis, da qual foi feita uma tiragem de 210 exemplares, quase todos oferecidos a pessoas ilustres, portuguesas e estrangeiras. Por isso, raramente aparece à venda.


      26. OS LUSIADAS : POEMA / DO GRANDE LUIS DE CAMOES.

      Avinhão. Na Officina de Francisco Seguin. 1818.

      2 vol. — 12.° — Enc. carneira (Enc. da época). Esta edição não vulgar, mas não é muito apreciada.


      27. OS LUSIADAS : POEMA ÉPICO / DE LUIS DE CAMÕES.

      Nova edição correcta, e dada à luz, conforme á de 1817, in 4º / por Dom Joze Maria de Souza-Botelho, Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

      Paris. Na Officina Typographica de Firmino Didot. 1819.

      Esta edição é muito estimada, embora não tenha gravuras.

      Este exemplar tem um valor bibliográfico especial por ter encadernadas juntamente um grande número de folhas, com notas manuscritas em várias línguas, intercaladas no texto impresso.

      Há outro exemplar desta edição.


      28. OS LUSIADAS : POEMA ÉPICO / DE LUIS DE CAMÕES.

      Nova edição correcta e dada à luz, conforme á de 1817, in 4º, por Dom Joze Maria de Souza-Botelho, Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

      Paris. J. P. Aillaud. 1823.

      1 vol. — 12.º — Enc. marroquim verde com ferros dourados nas pastas e na lombada e folhas douradas. Esta edição é muito bem impressa, e, por isso, muito apreciada.


      29. OS LUSIADAS : POEMA EPICO / DE LUIZ DE CAMÕES. 

      Nova edição mais correcta.

      Lisboa. Na Impressão Regia. 1827.

      1 vol. — 12.º — Encadernado.


      30. LUSIADAS / DE LUIS DE CAMOENS.

      A que se juntam a vida do poeta, hum argumento historico dos Lusiadas, as estancias omittidas por Camoens, liçoens varias, e hum index ou diccionario dos nomes proprios usados no Poema.

      Lisboa. Typographia de Eugenio Augusto. 1836.

      2 tomos em 1 vol. — 12.º — Enc. carneira (Enc. da época). Esta edição tem dez estampas (más) e o retrato do Poeta.


      31. OS LUSIADAS : POEMA ÉPICO / DE LUIS DE CAMÕES.

      Nova edição correta, e dada á luz, conforme á de 1817, in 4º, por Dom Joze Maria de Souza-Botelho, Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

      Paris. J. P. Aillaud. 1836.

      1 vol.— 8.º — Enc. marroquim azul com ferros dourados (Enc. do século XIX). Edição estimada e rara.

      OS LUSIADAS POEMA EPICO DE LUIS DE CAMÕES.

      Correto e emendado pelo cuidado e diligência de J. V. Barreto Feio e J. G. Monteiro.

      Rio de Janeiro. Eduardo e Henrique Laemmert. 1841.

      2 vol. — 8.º — Encadernados num. É edição apreciada e pouco vulgar. Tem estampas coloridas e o retrato do Poeta (litografias).

      São os dois primeiros volumes de uma “Bibliotheca dos Poetas Clássicos da Lingua Portugueza”.


      32. [1841].


      33. OS LUSIADAS : POEMA EPICO / DE LUIZ DE CAMÕES.

      Nova edição correcta.

      Pernambuco. Typ. de Santos & Companhia. 1843.

      1 vol. — 8.º pequeno — Enc. carneira cor de vinho com ferros dourados (Enc. moderna). Esta edição não vem mencionada no “Diccionario Bibliographico Portuguez”, de Inocêncio, por ser rara em Portugal, mas menciona-a o “Suplemento” de Brito Aranha.


      34. [1846].


      35. OS LUSIADAS : POEMA ÉPICO / DE LUIZ DE CAMÕES.

      Nova edição.

      Rio de Janeiro. Eduardo & Henrique Laemmert. 1866.

      2 vol. — 4.º — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). Tem retrato do Poeta e estampas coloridas mas diferentes das que os mesmos editores empregaram na edição de 1841.

      Tem esta edição, como a de 1841, anterrosto que tem na frente: “Bibliotheca dos Poetas Classicos da Lingua Portugueza”, e no verso, estas mesmas palavras, seguidas de T. I. (ou T. II).


      36. [1873].


      37. [1880, por Emílio Biel].


      38. [Círculo camoniano: revista internacional, 1889-1892].


      39. [1898. - dir. de Fernandes Costa. Centenário do descobrimento da Índia].


      40. OS LUSIADAS / DE LUIZ DE CAMÕES.

      Edição commemorativa do IV Centenario do Descobrimento Maritimo da India. Anno CD do Descobrimento Maritimo da India por Vasco da Gama.

      Lisboa, Typographia do Comercio. 1898.

      1 vol. — 8.º grande — Encadernado. Exemplar impresso em papel do Japão. Tem na lombada, em baixo, um superlibris real com coroa e as iniciais D. C.

      Na página anterior do anterrosto tem a seguinte dedicatória ms.: “A sua Magestade El-Rei o Senhor D. Manuel Ho de Portugal, tenho a honra de offerecer este exemplar dos Lusiadas por mim adquirido n'um alfarrabista de Lisboa. Lisboa — Rua Ivens n.o 7 — Setembro de 1928 — D. Fernando de Almeida”.


      [Séc. XX]

      41. [1900. - revista e pref. por Sousa Viterbo].


      42. [1912. - Edição-Brinde , Adriano Ramos Pinto].


      43. [1913. - edição para as escolas; Mendes dos Remédios].


      44. [1916-1918. - Coment. por Augusto Epiphanio da silva Dias].


      45. [1919. - Imprensa da Universidade de Coimbra].


      46. OS LUSIADAS / DE LUIS DE CAMÕES.

      Reimpressão “fac-similada” da verdadeira 1ª edição de “Os Lusíadas” de 1572.

      [Introd. e aparato crítico] do Dr. José Maria Rodrigues.

      Lisboa. Tipografia da Biblioteca Nacional. 1921.

      1 vol. — 4.º — Encadernado. Esta é a edição da Biblioteca Nacional, uma das edições modernas mais apreciadas.


      47. [1927. - Edição anotada para leitura popular / Francisco de sales Lencastre].


      48. OS LUSIADAS / DE LUÍS DE CAMÕES. 

      [Rev. do texto por José Maria Rodrigues, pref. de Carolina Michaelis de Vasconcellos; edição de Afonso Vieira].

      Edição Nacional. Lisboa. Imprensa Nacional. 1928.

      1 vol. — Encadernado com capa de pergaminho. “Foi esta edição de Os Lusíadas feita por iniciativa de Afonso Lopes Vieira e por amor a Portugal e do Poema”.

      Exemplar da tiragem em papel Japão, com o selo em branco da Imprensa Nacional e o número 4.

      Tem uma dedicatória ms. do Dr. José Maria Rodrigues a El-Rei D. Manuel II.

      Esta edição traz uma estampa do retrato de Camões pintado em 1581, em Goa, e revelado pelo Dr. José de Figueiredo, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga.

      Há outro exemplar desta edição, mas da tiragem em papel de Leorne, também com o selo em branco da Imprensa Nacional, numerado com o n. 50 e encadernado em carneira com ferros dourados especiais.


      49. [ed. 1943, 4ª ed., João de Barros].

      50. [ed. da Artis, 1956 - Hernâni Cidade; tiragem especial de 120 exemplares].

      51. [ed. 1956 - mesma ed.].

      52. [ed. 1971 - da Estúdios Cor].

      53. [d. 1972, 15ª ed., João de Barros].

      54. [ed. da Figueirinhas, 1979 - org. António José Saraiva].

      55. [ed. 1986 - ed. "dos piscos" pela Blibarte].

      56. [ed. 2009 - ple Fundação Ricardo Espírito Santo].

      TRADUÇÕES EM VÁRIAS LÍNGUAS


      [Traduções em castelhano]

      LOS LUSIADAS DE LUYS DE CAMÕES.

      Traduzidos en octava rima Castellana por Benito Caldera, residente en Corte. Dirigidos al Illustriss. Sefior Hernando de Vega de Fonseca, Presidente del consejo dela hazienda de su M. y dela Santa y general Inquisicion.

      Impresso en Alcala de Henares, por Iuã Gracian. 1580.

      1 vol. — 4.º — Com capa de pergaminho. Esta tradução é reconhecida como a primeira de todas as traduções de “Os Lusíadas”; é estimada e rara. O tradutor era português, Bento Caldeira. Foi publicada ainda em vida de Camões, segundo Juromenha e Inocêncio.


      LA LUSIADA DE EL FAMOSO POETA LUYS DE CAMÕES.

      Traduzida em verso Castellano de Portugues por el Maestro Luys Gomez de Tapia, vezino de Sevilha.

      Salamanca. Joan Perier. 1580.

      vol.-8.0 — Enc. carneira. A tradução é, como na anterior, em oitava rima. É, estimada e muito rara. Foi publicada no mesmo ano que a anterior, mas, segundo Juromenha, depois da morte do Poeta.


      LOS LUSIADAS DE LUYS DE CAMÕES.

      Traduzidos de Portugues en Castellano por Henrique Garces. Dirigidos a Phillippo Monarcha primero de las Españas, y de las Indias.

      Madrid. Guilhermo Drouy. 1591.

      1 vol. — 4.º — Enc. carneira. O tradutor era português, natural do Porto.


      [Traduções em italiano]

      LUSIADA ITALIANA.

      Di Carlo Antonio Paggi. Nobile Genovese. Poema Eroice del Grande Luigi de Camões. Portoghese Prencipe de' Poeti delle Spagne. Alla Santita Di Nostro Signore Papa Alessandro Settimo.

      Lisbona. Por Henrico Valente de Oliveira. 1658.

      1 vol.— 12.º — Desencadernado. É a primeira edição da primeira tradução impressa de “Os Lusíadas” em língua italiana. É em oitava rima. Edição rara e estimada.


      LUSIADA ITALIANA.

      Di Carlo Antonio Paggi. Nobile Genovese. Poema Heroice del Grande Luigi de Camões. Portoghese Prencipe de' Poeti delle Spagne. Alla Santita Di Nostro Signore Papa Alessandro Settimo.

      Lisbona. Seconda impressione emendata dagl'errori trascorsi nella prima. Per Henrico Valente de Oliveira. 1659.

      1 vol. — 12.º — Enc. marroquim com ferros dourados. (Enc. moderna). É a segunda edição da tradução de Paggi, também muito rara. Carlo Antonio Paggi era natural de Génova e residiu em Lisboa, por muitos anos.


      I LUSIADI DI LUIGI CAMOENS.

      Traduzione di Antonio Nervi. Segunda Edizione Illustrata con note di D. B. si Aggiungono Le Notizie Biografiche dell'Autore Varii Cenni e Giudizi intorno al Poema e Gli Argomenti dei Canti.

      Milano. Dalla Societa Tipog. dei Classici Italiani. 1821.

      2 vol. — 8.º — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). É a segunda edição da tradução de Nervi; a primeira foi publicada em Génova em 1814, num volume 8.º. Há várias outras edições desta. tradução.


      I LUSIADI DI LUIGI CAMOENS.

      Traduzione di Antonio Nervi. Seconda Edizione Illustrata con note di D. B.

      Napoli, Dana Stamperia Francese.

      1 vol. — 8.º — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). As notas desta edição como a de 1821 e outras são de David Bertoloti.


      [Traduções em francês]

      LA LUSIADE DU CAMOENS.

      Poeme Heroique, sur la Decouverte des Indes Orientales. Traduit du Portugais, par M. Duperron de Castera.

      Paris. s. n. do impressor. 1735.

      3 vol. — 12.º — Enc. marroquim vermelho com ferros dourados. Esta é a mais antiga tradução francesa de “Os Lusíadas”. A versão é em prosa, com estampas. Este exemplar é armoriado nas pastas com flores de lis e uma coroa ducal. Tem uma nota escrita a lápis, em inglês, que diz ter pertencido a Louis François de Bourbon, Prince de Conty.


      LA LUSIADE DE LOUIS CAMOENS.

      Poeme Héroique en dix Chants. Traduit du Portugais, avec des Notes et la Vie de l'Auteur. Par J. F. La Harpe.

      Paris. Laurent-Beaupré. 1813.

      2 vol. — 12.º— Enc. marroquim castanho com ferros dourados. (Enc. moderna). É a terceira edição desta tradução. A primeira, publicada em Paris em 1776, saiu anónima; a segunda foi publicada no mesmo ano já com o nome do autor. Esta versão é em prosa.


      [Traduções em inglês]

      THE LUSIAD, OR, PORTUGALS HISTORICALL POEM.

      Written In the Portingall Language By Luis de Camoens; And Now newly put into English By iRchard Fanshaw Esq.

      London. Printed for Humphrey Moseley. 1655.

      1 folio — Enc. carneira. Primeira versão dos Lusíadas em inglês. É um livro muito raro e estimado.

      Richard Fanshaw foi embaixador em Portugal, mais tarde, de 1661 a 1663, isto é, no tempo do casamento da Infanta D. Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra. Esta tradução é em verso (8.ª rima).


      OS LUSIADAS (THE LUSIADS).

      Engjished by Richard Francis Burton.

      London. Bernard Quaritch. 1880.

      2 vol. — 8.º — Enc. meio marroquim. A tradução é em verso.


      [Traduções em alemão]

      DIE LUSIADE DES CAMOENS.

      Aus dem Portugiesischen in deutsche ottavereime übersetzt.

      Leipzig. Weidmanischen Buchhandlung. 1807.

      1 vol. –  8º — Encadernado. Os autores dizem nó prólogo que foi esta a primeira versão do poema feita em alemão mas que, demorando a impressão, se publicou entretanto outra tradução em alemão (foi a de Heise. Hamburgo, 1806-1807).

      É livro apreciado. A versão é em 8.ª rima.


      PROBE EINER NEUEN OEBERSETZUNG DER LUSIADE DES CAMÕES.

      Hamburg. Bey Friedrich Perthes. s.d.

      I vol. — 16.° — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna).

      A seguir ao frontispício alemão tem outro em português, que diz: Primeiro Canto das Lusiadas de Camões. Com nova versão allemã de R. Hamburgo Na Livraria de Frederico Perthes.

      O tradutor chamava-se Reinhold e esta tradução apareceu em 1808. A tradução é em verso, com o texto português de um lado e a versão alemã do outro.


      DIE LUSIADE DES CAMOENS.

      Aus dem Portugiesischen in Deutsche Ottavereime übersetzt.

      Wien. bey Anton Pickler. 1816.

      1 vol. — 8.º —Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). Saiu sem o nome do tradutor. Tem um retrato do poeta, inteiramente de fantasia.


      [Traduções em sueco]

      LUSIADERNE. HJERTEDIKT AF LUIS DE CAMOËNS.

      Ofversatt Frán Portugiskan I Originalets Versform. Af Nils Lovén.

      Stockolm. Tryckt Hos L. J. Hjerta. 1839.

      1 vol. — 8.º — Enc. marroquim castanho com ferros dourados (Enc. moderna). É a primeira edição desta tradução. Diz Inocêncio que Nils Lovén foi um eclesiástico sueco, nascido em Reng em 1796.


      LUSIADERNE. HJELTEDIKT AF LUIS DE CANIOËNS.

      Ofversatt Frán Portugiskan I Originalets Versform. Af Nils Lovén.

      Lund, Tryckt Pà C. W. K. Gleerups Fõrlag. 1852.

      1 vol.— 8.º — Encadernado, com a encadernação revestida de veludo vermelho, com ferros dourados especiais.

      É a segunda edição na tradução sueca de Nils Lovén.


      [Traduções em russo]

      LUSIADA EM DEZ CANTOS, OBRA DE LUIS DE CAMÕES.

      Traduzido do francês em língua russa, por Alexander Dmitrieff.

      Moscovo. 1788.

      2 vol. — 8.º — Encadernados. O título russo vem em Juromenha e Inocêncio traduzido como está acima. É livro muito raro, pelo menos em Portugal. A tradução é em prosa.


      [Traduções em latim]

      LUSIADUM LIBRI DECEM.

      Authore Domino Fratre Thoma de Faria, Episcopo Targensi, Regioque consiliario, Ordinis Virginis Mariae de Monte Carmeli, Doctore Theologo, Ulyssiponensi. Cum facultate Superiorum.

      Ulyssipone, Ex officina Gerardi de Vinea Anno 1622.

      1 vol. — 8º. peq. — Enc. carneira com ferros dourados na lombada. (Enc. do séc. XVIII). É livro muito raro e estimado. D. Fr. Tomé de Faria, segundo Juromenha, nasceu em Lisboa no ano de 1542, e professou no Convento do Carmo a 25 de Março de 1581. Foi Provincial e nomeado depois Bispo Coadjutor do Arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, com o título de Bispo cie Targa, a 2 de Agosto de 1626. Parece que houve outras traduções do Poema em latim, anteriores a esta, mas que não foram impressas e se perderam.


      SPECIMEN RERUM A LUSITANIS EGREGIE GESTARUM ET SCRIPTARUM HEROE VASCONE DE GAMA; POETA LUDOVICO DE CAMOENS.

      Interprete Anglo.

      Ano 1655.

      1 vol. — Fólio —Manuscrito em pergaminho, com encadernação antiga, com ferros dourados.

      É uma tradução em latim, ou imitação livremente feita, em versos latinos, de algumas passagens de “Os Lusíadas” por Sir Richard Fanshaw, o primeiro tradutor do Poema em inglês, e embaixador de Inglaterra na corte portuguesa de 1661 a 1663, isto é, no período das negociações para o casamento, do tratado de casamento de D. Catarina, filha de D. João IV, com Carlos II e da partida da princesa para Inglaterra. Tem várias pequenas pinturas e iluminuras feitas pelo próprio Fanshaw. É pois uma espécie bibliográfica única, adquirida por alto preço, por El-Rei D. Manuel, da própria família do autor, da qual na parte interior da primeira pasta da encadernação se vê um ex-libris, por baixo do qual El-Rei D. Manuel colocou o seu.

      [1.2. –] Edições das Rimas, Autos e Comédias e Obras Completas


      PRIMEIRA PARTE DOS AUTOS E COMÉDIAS PORTUGUESAS FEITAS POR ANTONIO PRESTES, E POR LUIS DE CAMÕES, E POR OUTROS AUTORES PORTUGUESES.

      Lisboa, Andres Lobato impressor de livros, 1587.

      1 vol. — 4.º — Com capa de pergaminho. Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho.

      Neste raríssimo livro foram pela primeira vez impressos dois dos Autos de Camões: o dos “Amphitrioes”, que começa na pág. 86, e o de “Filodemo”, que começa na pág. 144.


      RHYTHMAS DE LUIS DE CAMOENS.

      Divididas em cinco partes. Dirigidas ao muito Ilustre Senhor D. Gonçalo Coutinho.

      Em Lisboa, por Manoel de Lyra, Anno de 1595.

      1 vol. — 4.º — Enc. pergaminho. Contido numa pasta de percalina e num estojo de marroquim vermelho.

      É a edição “princeps” das Rimas, muito apreciada, embora as edições posteriores sejam muito mais completas. Os exemplares são raríssimos.


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Acrescentadas nesta segunda impressão. Dirigidas a D. Gonçalo Coutinho.

      Em Lisboa, por Pedro Crasbeeck, Anno de 1598.

      1 vol. — 4.º — Enc. carneira. É uma reprodução emendada da edição de 1595, acrescentada com 36 sonetos, 4 odes, uma elegia e 3 cartas. Os exemplares são muito raros também, pouco menos que os da edição “princeps”.


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Acrescentadas nesta Terceyra impressão. Dirigidas a la inclyta Universidade de Coimbra.

      Em Lisboa, por Pedro Crasbeeck. Anno de 1607.

      1 vol. — 4.º — Enc. marroquim vermelho com ferros dourados. (Enc. moderna).

      Esta edição também é muito rara; é reprodução da de 1598. Há outro exemplar perfeitamente idêntico, com encadernação em marroquim azul, e outro exemplar da edição de 1607, mas que tem no frontispício unia vinheta (esfera armilar) diferente da vinheta destes exemplares acima (que é com um brasão de Armas Reais Portuguesas) e está encadernado com capa de pergaminho, vol. 4.0, junto com: “Rimas de Luis de Camões segunda parte, Lisboa — Pedro Crasbeeck — 1616”, e ainda com: “Obra do Grande Luis de Camões, Principe da Poesia Heroyca. Da creação, e composição do Homem. Em Lisboa — Por Pedro Crasbeeck —Armo 1615”, que aliás não é de Camões mas de André Falcão de Resende.


      COMEDIA DE FILODEMO.

      Composta por Luis de Camões. Em a qual entrão as figuras seguintes... etc.

      Em Lisboa, por Vicente Alvarez. 1615.

      1 vol. — 4.º — Encadern. marroquim azul com ferros dourados. (Enc. moderna).


      COMEDIA DOS ENFATRIÕES.

      Composta por Luis de Camões. Em a qual entrão as figuras seguintes   etc.

      Em Lisboa, por Vicente Alvarez. 1615.

      1 vol. — 4.º — Encadern. marroquim azul com ferros dourados. (Enc. moderna).


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Segunda Parte. Agora novamente impressas com duas Comedias do Autor. Com dous Epitafios feitos a sua Sepultura, que mandarão fazer Dom Gonçalo Coutinho, e Martim Gonçalves da Camara.

      Em Lisboa. Na Officina de Pedro Crasbeeck. 1616.

      1 vol.— 4.º — Encadern. marroquim azul com ferros dourados. (Enc. moderna).

      A “Primeira Parte” desta edição das Rimas seria, segundo Inocêncio, a que saiu impressa por Vicente Alvarez em 1614, 1 vol., 4.0, que é raríssima.


      RIMAS DE LUIS DE CAMOES.

      Novamente acrescentadas, e emendadas nesta impressão. Dirigidas a D. Gonçalo Coutinho. Com dous Epithafios à sua Sepultura que está em Santa Anna que mandaram fazer Dom Gonçalo Coutinho, e Martim Gonçalvez da Camara.

      Em Lisboa. Por Antonio Alvarez. Anno 1621.

      1 vol. — 4.º — Enc. carneira. Edição estimada e rara.


      RIMAS DE LUIS DE CAMOES.

      Primeira Parte. Agora novamente emendadas nesta ultima impressão. Em Lisboa. Por Lourenço Crasbeeck. 1623.

      1 vol. — 12.º — Enc. em pergaminho com ferros dourados.

      No frontispício tem o emblema, que aparece em várias edições do séc. XVII, ideado por João Franco Barreto, uma espada e uma pena cruzadas dentro de uma coroa de louros. De um lado e do outro estão os números 16 23, data que, segundo Juromenha e outros bibliófilos que o seguiram, está errada, devendo ser 1632.


      RIMAS DE LUIS DE CAMOES.

      Emendadas nesta duodecima impressão de muitos erros das passadas. Offrecidas ao Excellentíss. S. Dõ Manoel de Moura Corterreal Marques de CastelRodrigo, e c.

      Em Lisboa. Por Pedro Crasbeeck. 1629.

      1 vol. — 32.º— Encadernado.

      Os exemplares desta edição são raríssimos. Este está encadernado com a edição d'“Os Lusíadas” de 1631, como se disse ao descrever o volume desta edição do Poema.


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Primeira Parte. Agora novamente emendadas nesta ultima impressão, e acrescentada húa Comedia nunca atègora impressa.

      Em Lisboa. Na Officina de Paulo Crasbeeck. Anno 1645.

      1 vol.— 32.º — Enc. carneira com ferros dourados. (Em mau estado). Estão encadernadas juntas com a edição d'“Os Lusíadas” de 1664, do mesmo impressor.

      Nesta edição apareceu pela primeira vez impressa a comédia de “El-REI Seleuco”.


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Primeira Parte. A Dom Ioam Rodriguez de Sà de Meneses, Conde de Penaguião, e c.

      Em Lisboa. Na Officina de Paulo Crasbeeck. Anno 1651.

      1 vol. — 24.º — Encadernado em marroquim vermelho com ferros dourados. (Enc. moderna).


      RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. Principe dos Poetas de seu tempo.

      Dedicadas ao Illustrissimo Senhor Andre Furtado de Mendoça Deão, e Conego dignissimo da S. Sè de Lisboa, Doutor em a Sagrada Theologia, Deputado da Junta dos Tres Estados do Reyno, e c.

      Em Lisboa. Na Officina de Antonio Crasbeeck de Mello. Anno 1663.

      1 vol. — 24.º — Enc. marroquim vermelho com ferros e folhas douradas. (Enc. moderna).

      Está encadernado juntamente com “Os Lusíadas”, edição de 1663, do mesmo impressor.


      RIMAS DE LUIS DE CAMÕES. Princepe dos Poetas Portugueses.

      Primeira, Segunda, E Terceira Parte. Nesta Nova Impressam emmendadas, e acrescentadas, Pello Lecenciado Ioam Franco Barreto.

      Em Lisboa. Na Officina de António Crasbeeck de Mello. Anno 1666.

      1 vol. —  4.º — Enc. carneira.

      Na realidade, a 2.ª Parte tem novo frontispício e foi impressa em 1669 e a 3.a Parte, tem também um novo frontispício e a indicação de que foi impressa em 1668. Ambas pelo mesmo António Crasbeeck de Mello. As três partes desta edição das Rimas costumam aparecer reunidas num só volume, como sucede neste exemplar. É edição muito estimada.

      Há na Biblioteca de El-Rei D. Manuel outro exemplar, com as três partes, enc. carneira.


      OBRAS DE LUIS DE CAMÕES. Princepe dos Poetas Portugueses.

      Com os Argumentos do Lecenceado João Franco Barreto; e por elle emédadas em esta nova impressão, que comprehende todas as Obras, que deste insigne Autor se achàrão impressas, e manuscritas, com o Index dos nomes proprios. Offerecidas a D. Francisco de Sousa Capitão da Guarda do Princepe N. S.

      Lisboa. Por António Crasbeeck D'Mello. Anno 1669.

      1 vol. — 4.º — Com capa de pergaminho.

      Abrange: “Os Lusíadas” e as “Rimas” (Partes I, II e III, cada uma com o seu frontispício).

      É edição muito estimada.


      RIMAS DO GRANDE LUIS DE CAMOENS. Princepe dos Poetas de Espanha.

      Offerecidas ao Senhor Afonso Furtado de Castro do Rio e Mendoça. Lisboa. Por António Crasbeeck de Mello. Anno 1670.

      1 vol. — 12.º — Enc. carneira.


      RIMAS VARIAS DE LUIS DE CAMOENS. Princepe de los Poetas Heroycos, e Lyricos de España.

      Ofrecidas al Muy Ilustre Señor D. Iuan da Sylva a Marquez de Gouvea... Commentadas Por Manuel de Faria, y Sousa, Cavallero de la Orden de Christo.

      Lisboa. En la Imprenta de Theotonio Damaso de Mello. Año 1685.

      1 vol. — Fólio — Enc. carneira, já antiga.

      Esta edição é muito estimada, e mesmo notável. Dela foi mandado um exemplar à Exposição de Paris, em 1867.


      OBRAS DO GRANDE LUIS DE CAMOES. Principe dos Poetas Heroycos, e Lyricos de Hespanha.

      Novamente dadas a luz com os seus Lusiadas Commentados pelo Lecenciado Manoel Correa... Com os Argumentos do Lecenciado Joam Franco Barreto, E agora nesta ultima Impressão correta, e accrescentada com a sua Vida escrita Por Manoel de Faria Severim, Offerecido ao Senhor Antonio de Basto Pereyra.

      Lisboa Occidental. Na Officina de Joseph Lopes Pereyra. 1720.

      1 vol. — Fólio peq. — Enc. de carneira com ferros dourados na lombada.


      OBRAS DE LUIS DE CAMOENS.

      Nova edição.

      Paris. A custa de Pedro Gendron. 1759.

      3 vols. — 12.º — Encadernados (meia carneira).

      É uma edição muito correta e muito bem impressa, ilustrada com estampas e um mapa da rota de Vasco da Gama. Tem dedicatória de Pedro Gendron a Pedro da Costa de Almeira Salema, “Prelado da Santa Igreja de Lisboa, do Conselho de S. Magestade Fidelissima, Fidalgo da Caza do dito Senhor, e seu Ministro na Corte de Paris, e c.”.


      OBRAS DE LUIS DE CAMOENS. Principe dos Poetas Portuguezes.

      Novamente reimpressas, e dedicadas ao Illust.mo, e Excel.mo Senhor Marguez de Pombal, Conde de Oeyras, Ministro Secretário de Estado, e do Conselho de Sua Magestade etc. etc. etc. Por Miguel Rodrigues.

      Lisboa. Na Officina de Miguel Rodrigues, Impressor do Eminent. Card. Patriarca. 1772.

      3 vols. — 12.º — Enc. carneira com ferros dourados na lombada. (Enc. da época).

      Diz o “Manual Bibliographico Portuguez” de Ricardo Pinto de Matos, revisto por Camilo Castelo Branco, “que não é edição estimada nem rara”.


      OBRAS DE LUIS DE CAMÕES. Principe dos Poetas de Hespanha.

      Segunda Edição. Da que, na Officina Lusitana, se fez em Lisboa nos annos de 1779, e 1780.

      Lisboa. Na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira. Anno 1782-1873.

      5 vols. — 8.º peq. — Enc. carneira com ferros dourados na lombada. (Enc. da época).

      São quatro tomos, mas o primeiro dividido em duas partes encadernadas separadamente, pelo que são cinco volumes. Segundo o título indica, é segunda impressão da edição feita em 1779-1780 das Obras de Luís de Camões, dirigida pelo P.° Tomás José de Aquino, que não existe na Camoniana de El-Rei D. Manuel II. Inocêncio acha preferível a de 1782-1783, “pelos novos adicionamentos que contém sobre a de 1779, e pelas correções e emendas feitas em alguns lugares do texto”.


      OBRAS DO GRANDE LUIS DE CAMÕES. Principe dos Poetas de Espanha.

      Terceira Edição, da que, na Officina Lusitana se fez em Lisboa nos annos de 1779, e 1780.

      Paris. Na Officina de P. Didot Senior. 1815.

      5 vols.— 8.º — Enc. carneira com ferros dourados na lombada.

      “Edição elegante, bom papel e bons tipos. É, como o título indica, reprodução textual das edições de 1779-80 e de 1782-83, mandada fazer pela Casa dos Srs. Bertrand”.


      OBRAS DE LUIS DE CAMÕES.

      Precedidas de um ensaio biográfico no qual se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida. Aumentadas com algumas composições inéditas do Poeta pelo Visconde de Juromenha.

      Lisboa. Imprensa Nacional. 1860-1869.

      6 vols. — 8.° — Encadernados.

      Referências

      Fonte online, de que se utilizou a transcrição (parcial e adaptada): 

      http://www.joaquimdecarvalho.org/

      Fonte original impressa:

      CARVALHO, Joaquim de (1950) “IV CAMONIANA”, in Livros de D. Manuel II: manuscritos, incunábulos, edições quinhentistas, camoniana e estudos de consulta bibliográfica / seleccionados e apresentados por – . Coimbra: Atlântida.