2021/06/13
Capela Ultramarina canta Camões
Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões, seminário por Fábio Vianna Peres
GRUPO DE INVESTIGAÇÃO POÉTICAS EM LÍNGUA PORTUGUESA (PLP)
(No âmbito do projeto de investigação “Reescrever o séc. XVI”)
“Cantar Camões”
Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões
Fábio Vianna Peres – São Paulo/Brasil
Seminário online
11 / junho / 2021
11h-13h (hora de Portugal continental) / 7h-9h (hora do Brasil)
Contacto: micaelar@ilch.uminho.pt / dircehum@ilch.uminho.pt
"A produção poético-musical portuguesa quinhentista foi conservada em quatro cancioneiros de mão. Estes são os únicos documentos que trazem, além da poesia, música escrita. Apesar do número relativamente pequeno de documentos musicais diante da imensa produção poética do período, podemos afirmar que a poesia em redondilhas e em especial aquela escrita nas formas fixas da cantiga, do vilancete e do romance, tinham carácter musical e eram entoadas musicalmente no contexto da vida cortesã quinhentista.
Em um destes cancioneiros, o de Paris, é possível identificar alguns motes musicados que são coincidentes com motes glosados por Camões, reunidos já na primeira edição de suas Rythmas, em 1595.
A partir de concordâncias identificadas entre as redondilhas de Luis de Camões com o material poético musical do Cancioneiro de Paris, é possível propor a criação de um Cancioneiro Musical com a obra do poeta.
Com a premissa de que existe uma musicalidade inerente à vocalização dos versos em redondilha, propomos a utilização de material musical proveniente dos cancioneiros musicais portugueses quinhentistas para dar uma “voz musical” a outras voltas escritas por Camões.
A pesquisa se materializa em um programa de concerto intitulado “Cantar Camões”, que traz voltas escritas pelo poeta adaptadas a melodias dos cancioneiros de Paris e Elvas."
Capela Ultramarina, “Cantar Camões”
Fábio Vianna Peres, nota biográfica
Fábio Vianna Peres é natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e vive em São Paulo desde 1997.2021/06/10
UT POESIS PICTURA – a receção artística portuguesa contemporânea à obra de Camões
Refrações Camonianas em Artistas do Século XXI – Vt Poesis Pictura
Ciclo de conversas com artistas plásticosExposição no Museu Nacional de Machado de Castro& Projeto de artes em contexto educativo

I. Ciclo de conversas com artistas plásticos
II. A exposição “Refracções Camonianas em artistas do século XXI – Ut Poesis Pictura”
III. Projeto de artes em contexto educativo
“Tereis o Entendimento de Meus Versos”
Sinopse dos eventos:
Para saber +
2021/06/07
O comentário do poema «Sôbolos rios que vão» por Faria e Sousa foi publicado pela Profa Maria do Céu Fraga
Evocação de Camões e de Faria e Sousa
Ouça-me o pastor e o Rei,retumbe este acento santo,mova-se no mundo espanto;que do que já mal canteia palinódia já canto.
«Quer dizer que dá o dito por não dito, isto é, que tendo cantado erros quer cantar acertos. O poeta Estesícoro escreveu contra Helena por ser causa da ruína de Tróia com a sua formosura; mas, aparecendo-lhe Castor e Pólux, cegaram-no por estes escritos e ele, tornando a desdizer-se, escreveu louvores de Helena e logo recuperou a sua vista: este foi o princípio disto a que se chama cantar a palinódia. Platão, no Fedr. : Palinodium cecimimus» (tradução de Maria do Céu Fraga).