2021/12/29

CAMONISTA - António José Saraiva





    •   António José Saraiva
        n. 1917 - m. 1993

        Para saber mais sobre o ensaísta:
        Dossiê temático (.pdf)

        na DGALB






      CAMONIANA


      • (1938) Ressonância dos Descobrimentos na actividade estética portuguesa no século XVI, in I Congresso da História da Expansão Portuguesa no Mundo, 5.ª secção, Lisboa.







      A lírica de Camões

      Selecção, explicação e notas António José Saraiva. 
      Lisboa: Livraria Popular Francisco Franco, 1939. 
      – [113 p., [2] p. (20cm); ed. escolar; Col. Os textos explicados, 2].




      • (1939) Écloga de Crisfal. Texto fixado, anotado e explicado por António José Saraiva. Lisboa: Livr. Popular de Francisco Franco. – [Ed. escolar; Col. “Os textos explicados].
      • (1941) Ensaio sobre a poesia de Bernardim Ribeiro. – Trabalho apresentado como dissertação de licenciatura na FLUL, Revista da Faculdade de Letras, Imprensa Nacional, tomo VII, n.º 1-2. Lisboa: Universidade de Lisboa, 1940-41.
      • (1942) Gil Vicente e o fim do teatro medieval. – Dissertação de doutoramento apresentada à FLUL. Lisboa: e.a. / 2.ª ed., Lisboa: Europa-América, 1965. / [3.ª] ed., 1970. / [3.ª/4.ª] ed., Amadora: Bertrand, 1981. / 4.ª ed., revisão de texto Manuel Joaquim Vieira, Gradiva, 1992.
      • (1943) Camões e D. Branca: poesia / Almeida Garrett. Introd., selecção e notas de António José Saraiva. Lisboa: Clássica Ed. – [88 p. (19cm). Col. “Clássicos portugueses. Trechos escolhidos: século XIX – Poesia”]. / 2.ª ed., Lisboa: A. M. Teixeira & Ca (Filhos), 1962. – [90 p. (19cm)]. / 3.ª ed., Lisboa: Clássica Ed., 1970. – [90 p. (19cm)].
      • (1949) XXX, in História da Literatura Portuguesa, 1.ª ed., Lisboa: Europa-América. – Col. Saber. / 2.ª ed., ver. e aumentada, 1950. / 3.ª ed., “inteiramente refundida, 1955. / 4.ª ed., 1957. / 5.ª ed., 1959. / 6.ª ed., 1961. / 7.ª ed., 1963. / 8.ª ed., 1965. / 9.ª ed., Mem Martins: Estúdios Cor, 1966. / 10.ª ed., Mem Martins: Europa-América, 1970. / ... / História da Literatura Portuguesa (das origens a 1970). Amadora: Bertrand, 1979. /…
      • (1955) Luís de Camões, in História da Literatura Portuguesa. – Co-ed. com Óscar Lopes. Porto: Porto Ed. / 2.ªed., corrigida, s.d. / 3.ªed., corrigida, s.d. / 4.ªed., corrigida, s.d. / 5.ªed., corrigida e aumentada, s.d. / 6.ªed., corrigida e atualizada, s.d. / 7.ªed., corrigida e atualizada, s.d. / 8.ªed., corrigida e atualizada, 1975. / 9.ªed., corrigida e atualizada, 1976. / 10.ªed., corrigida e atualizada, 1978. / 11.ªed., corrigida e atualizada, 1979. / 12.ªed., corrigida e atualizada, 1982. / 13.ªed., corrigida e atualizada, 1985. / 14.ªed., corrigida e atualizada, 1987. /… / 17.ªed., corrigida e atualizada – Cap. VIII Luís de Camões, p. 311-349 (bibliografia específica, nas pp. 344-349).

      História da cultura em Portugal. Livro segundo – Renascimento e Contra-Reforma. Lisboa:  Jornal do Foro, 1955. / Lisboa: Gradiva, 2000.

       

      O Humanismo em Portugal. Lisboa: Jornal do Fôro, 1956. / Lisboa: Gradiva, 2012.












      As duas máscaras de Camões (a propósito de um livro de Aquilino) 
      in: O comércio do Porto. 14.10.1958. 
      – Reprod. em Para a história da cultura em Portugal, vol. II, 1962.





      • (1958) Fernão Mendes Pinto [: estudo e antologia]. Lisboa: Europa-América. – [Texto adaptado a português moderno e comentado; Col. Saber].  2.ª ed., 1971.
      • (1958) Fernão Mendes Pinto ou a sátira picaresca da ideologia senhorial. Lisboa: Jornal do Foro. – [Separata da História da cultura em Portugal. Livro Terceiro].
      • (1959) Camões e Petrarca, Seara Nova, n.º 1362 (abril 1959), p. 105, 114, 115 e 129.


      Luís de Camões: estudo e antologia

      Lisboa: Europa-América, 1959. 

      – [Col. Saber]. / “2.ª ed, revista”, 1972. / 3.ª ed., revista [especialmente com cap. respeitante à biografia de Camões],  Amadora: Bertrand, 1980. 


      Luís de Camões

      Lisboa: Gradiva, 2024.

      1.ª ed. na Gradiva:  Luís de Camões. Lisboa, out. 1997. – [170, [1] p. (21cm); Col. Obras de António José Saraiva, 15]. / 2.ª ed., Lisboa: Gradiva, jun. 2024.


      • (1961) Breve explicação sobre as minhas teses camonianas, Colóquio/Letras, n.º 12 (fev. 1961), p. 53 a 55. – Reprod. em Para a história da cultura em Portugal, vol. II.
      • (1961-62) Peregrinação e outras obras / Fernão Mendes Pinto. Texto crítico, pref., notas e estudo –. Vol. I, Lisboa: Sá da Costa Ed.; Vol. II, 1962; Vol. III, 1974; Vol. IV, 1984. – [? 2.ª ed., 1981. / ? 3.ª ed., 2008]. – Em fascículos: ilustrações de Carlos Marreiros.
      • (1961) Os Lusíadas, o Quixote e o problema da ideologia oca, Vértice, vol. XXI, n.º 213 (jun. 1961), Coimbra, p. 391-404. – 
      • (1962) História da cultura em Portugal. Livro Terceiro – A ressaca do renascimento. Lisboa:  Jornal do Foro.
      • (1963) Camões. Lisboa: Jornal do Fôro. – [196 p., [2] f. (24cm)].
      • (1963-1971?) Camões, Luís Vaz, in Dicionário de História de Portugal. Dir. Joel Serrão. Lisboa: Iniciativas editoriais.
      • (1964) A ideologia inerente à composição de Os Lusíadas, Vértice, revista de cultura e arte, vol. XXIV, n.º 252-253 (set. 1964), p. 518-524. – Em coautoria com Óscar Lopes. – Reprod. em História da Literatura Portuguesa. 




      O Renascimento 

      [cap. VIII – Luís de Camões, p. 78-100], 
      in História ilustrada das grandes literaturas: VIII História da literatura portuguesa: 1.º volume: das origens ao Romantismo
      – Lisboa: Estúdios Cor, 1966, p. 41-100.




      • (1972) Os tempos verbais e a estrutura de Os Lusíadas, Colóquio/Letras, n.º 8 (jul. 1972), p. 32-48.
      • (1974) Camões e o pecado original, Vida Mundial, n.º 1832 (24.10.74), Lisboa.




      Os Lusíadas / Luís de Camões

      Org. António José Saraiva. Porto: Figueirinhas, 1978.
       – [558, [2] p., (21cm)]. 
      – [2.ª ed., 1982. / 3.ª ed., 1988. / ? 1989, ?1993]. – [558, [2] p. (21cm)]. 
      / 2.ª ed., 1999. – introd., notas e vocabulário do Prof. António José Saraiva. – [511p. a 2 colns (21cm)].  / 3.ª ed., 2006. – [511p. a 2 colns (21cm)]. / 4.ª ed., 2014. – introd., notas e vocabulário de António José Saraiva. – [533, [2] p. a 2 colns (21cm)].


      • (1979) A épica medieval portuguesa. Lisboa: ICALP-ME. – [Col. Biblioteca Breve]. / 2.ª ed., 1991.(1980) Camões e a Espanha, in Homenaje a Camoens, Universidade de Granada. Granada: Universidad - Secretariado de Publicaciones. – Provável Reprod., com o mesmo título, em Diário de Notícias, 27.04.1980.
      • (1980) Camões e a política, Comércio do Porto, 10.10.1980, Porto.
      • (1981) Camões e a burguesia, Diário de Notícias, 17.10.1980. – Reprod. em AA.VV – Estudos sobre Camões: páginas do Diário de Noticias dedicadas ao poeta no 4.º centenário da sua morte. Lisboa: INCM - Editorial Notícias, 41-47.
      • (1981) A “Fábrica” d'Os Lusíadas, in Arquivos do Centro Cultural Português, Paris: FCG.
      • (1982) Os Lusíadas / Luís de Camões; Ed. org. por António José Saraiva; il. José Rodrigues. Porto: Figueirinhas. – [558, [3] p., 10 f. il. : il. (44 cm)].
      • (1984) O objectivismo de Os Lusíadas, in Actas / IV Reunião Internacional de Camonistas. Ponta Delgada: Univ. Açores, 15-26.
      • (1984) Sobre a gramática de Os Lusíadas, Boletim Filologia, n.º 29, Lisboa, Centro de Linguística da Universidade, p. 231-233.
      • (1986) [Aparas:] Os Lusíadas e a Espanha, Jornal de Letras, Lisboa, 9.10.1986.
      • (1987) Função e significado do maravilhoso n’Os lusíadas, Colóquio/letras, n.º 100 (nov. 1987), p. 42-50.
      • (1990) Poesia e drama: Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, Cantigas de amigo. Lisboa : Gradiva. / Reed., 1996, Gradiva e Expresso.
      • (1992) Estudos sobre a arte d’ Os Lusíadas. Lisboa: Gradiva. / 2.ª ed., 1995. / 3.ª ed., 2002.
      • (2000) Luís de Camões, in História e antologia da literatura portuguesa – Século XVI, n.º 16 (dez. 2000), p. 11-14, Lisboa: FCG. – Em coautoria com Óscar LOPES.
      • (2001) Poesia Maneirista, in História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI, n.º 19 (set. 2001), pp. 11-15, Lisboa: FCG. – Em coautoria com Óscar LOPES.
      • (2002) “Luís de Camões”, in História da literatura portuguesa. – CD-Rom. Óscar Lopes, António José Saraiva; com colab. Leonor Curado Neves et al.. Porto: Porto Ed.
      • (2004) Peregrinação / Fernão Mendes Pinto. Il. Carlos Marreiros; notas António José Saraiva. Lisboa: Expresso.

       
        


      2021/12/22

      L’Age d’Or de la Renaissance Portugaise, a exposição do Louvre em 2022



      L’Age d’Or de la Renaissance Portugaise 

      A Idade de Ouro do Renascimento Português


      O Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, vai receber em 2022 uma exposição dedicada à pintura antiga portuguesa, centrada em 15 obras provenientes do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) de Lisboa, revelou fonte da instituição francesa à agência Lusa.

      Sob o título "L’Age D’or de la Renaissance Portugaise", a exposição irá decorrer entre 10 de junho e 10 de setembro de 2022, na Ala Richelieu do Museu do Louvre, e é comissariada por Charlotte Chastel-Rousseau, conservadora do Departamento de Pintura do museu parisiense.

      A mostra, que se realiza no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, de diplomacia cultural entre os dois países, irá apresentar cerca de 15 pinturas cedidas pelo Museu Nacional de Are Antiga, através de uma parceria. Nuno Gonçalves (c. 1450-c.1516), Jorge Afonso (1504-1540), Cristóvão de Figueiredo (c.1515-1554) e Gregório Lopes (c. 1513-1550) serão alguns dos artistas representados na exposição do Louvre. 

      Os visitantes do Louvre "poderão conhecer a pintura requintada e maravilhosamente executada" dos artistas, como avança o museu: 

      "Muito raramente apresentada, ou mesmo identificada em museus franceses, a pintura portuguesa merece ser mais conhecida: esta apresentação de quinze painéis pintados de muito boa qualidade, cedidos pelo MNAA, vai ser uma descoberta para o público francês".

      Recorda ainda o Louvre que, desde a exposição de 1930, no Jeu de Paume em Paris, sobre a arte portuguesa da época dos Descobrimentos, e as mais recentes exposições em França, também na capital parisiense – Sol e Sombras: Arte Portuguesa do Século XIX (1987) no Musée du Petit Palais e Rouge et Or. Trésors du Portugal Barroco” (2001) no Museu Jacquemart-André, que “este período privilegiado do Renascimento português” não era abordado. 

      "Operando uma síntese muito original entre as invenções pictóricas do primeiro Renascimento italiano e as inovações flamengas, importadas por pintores como Jan Van Eyck, que se hospedaram em Portugal em 1428-1429, a escola de pintura portuguesa afirmou-se a partir de meados do século XV, paralelamente à formidável expansão do Reino de Portugal. Com o patrocínio dos reis D. Manuel I (1495-1521) e D. João III (1521-1557), que se rodeou de pintores da corte e encomendou inúmeros retábulos, a pintura portuguesa viveu, na primeira metade do século XVI, uma época áurea, antes de sofrer um eclipse com a crise da sucessão portuguesa em 1580, e a anexação de Portugal pela coroa de Espanha", 

      aponta o Louvre como enquadramento histórico num texto sobre esta exposição de pintura portuguesa.

      Naquele museu, a aquisição de algumas pinturas permitiu começar a esboçar uma história desta escola, com um pequeno núcleo de quatro pinturas portuguesas datadas do século XV ao século XVIII", recorda ainda o museu, que possui aproximadamente 38 mil objetos, da pré-história ao século XXI, exibidos numa área de 72.735 metros quadrados.

      O Departamento de Pintura assinala também, no documento enviado à Lusa, que deseja

      "continuar a enriquecer este acervo [de pinturas portuguesas], de acordo com a vocação universal do Museu do Louvre e a exigência de oferecer o panorama mais abrangente possível da pintura europeia".

      A duração desta "exposição-dossier será também uma oportunidade de dar a conhecer as pinturas portuguesas apresentadas de forma mais geral em França, no âmbito do projeto de identificação de pinturas ibéricas de coleções públicas francesas", indica a mesma fonte do museu que, em 2019, recebeu 9,6 milhões de visitantes.

      A mostra está inserida na programação da Temporada Cruzada entre França e Portugal, iniciativa de diplomacia cultural criada com o objetivo de aprofundar as relações entre os dois países, e que irá ser levada a cabo entre fevereiro e outubro de 2022, com exposições, espetáculos e outros eventos, com curadoria do encenador Emmanuel Demarcy-Mota, a par de Manuela Júdice e Victoire Bigedain Di Rosa, no comissariado-geral.




         MNAA

      Criado em 1884, o Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa alberga a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior coleção de mobiliário português.

      No acervo encontram-se, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, nomeadamente, os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV.

      Também detém a Custódia de Belém (1506), obra de ourivesaria de Gil Vicente, mandada lavrar pelo rei Manuel I, e os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão.

      O tríptico Tentações de Santo Antão (c. 1500) de Hieronymus Bosch, Santo Agostinho, de Piero della Francesca, A Conversação, de Pietr de Hooch, e São Jerónimo, de Albrecht Dürer, estão também entre as mais conhecidas obras do museu.



      Para saber +


      Ala Richelieu do Museu do Louvre


      2021/12/16

      Edições de colecionador - "Lusíadas comentadas" por Manuel de Faria e Sousa

      EDIÇÕES DE COLECIONADOR

      A Livraria Lello no Porto, na sua loja online, anuncia pela "módica" quantia de 5 500,00€ uma "edição de colecionador", "um precioso tesouro" - a célebre edição de 1639 de Os Lusíadas comentados por Manuel de Faria e Sousa: 

      "Mais um precioso tesouro para adicionar à sua camoniana: uma edição de Os Lusíadas, publicada em 1639 e comentada por um dos principais estudiosos e críticos da poesia camoniana no século XVII. Esta obra, dividida em dois volumes, é curiosamente encadernada a pergaminho. As folhas de guarda são também um reaproveitamento de outros livros não relacionados com a obra, apresentando texto e pautas musicais." - In: Livraria Lello.




      Referência abreviada:

      Lusiadas de Luis de Camoens, Principe de los Poetas de España. Al Rey N. Señor Felipe Quarto el Grande. Comentadas por Manuel de Faria i Sousa [...]. Madrid: por Iuan Sanchez, 1639. - 4 tomos em 2 vols.




      "Manuel de Faria e Sousa dedicou grande parte da sua produção literária aos Descobrimentos portugueses e à figura de Camões. Contestado por muitos como um falsificador dos escritos do poeta épico, não pode deixar de ser visto como um dos seus principais divulgadores. 
      Como escreveria Lope de Vega, 
      "assi como Luiz de Camoens es príncipe de los poetas que escrivieron en idioma vulgar, lo es Manuel Faria de los commentadores en todas lenguas”.  





       

      2021/12/14

      Para a história não oficial de Camões: novas abordagens de Estudos Camonianos - cadeira na USP


      Para a História Não Oficial de Camões: Novas Abordagens de Estudos Camonianos


      Área de Concentração: 8150
      Criação: 14/12/2021
      Nr. de Créditos: 8
      120 horas

      Docentes Responsáveis:
      Marcia Maria de Arruda Franco
      Maria Micaela Dias Pereira Ramon Moreira




      Objetivos:

      • Reescrever a história oficial de Camões nas histórias literárias, a partir da revisitação de gêneros menos estudados de sua obra, como o retrato, as cartas em prosa, o teatro e o bucolismo homoerótico. 
      • Confrontar a centralidade deste poeta na história da literatura portuguesa pela revisitação das margens do cânone quinhentista. 
      • Estudar o aparato crítico produzido em torno da sua obra desde o século XVI, como comentários poéticos, vidas do poeta, edições de sua obra e seus paratextos. 
      • Entender a produção de Camões como autor central da literatura portuguesa por meio da análise do discurso histórico-literário. 
      • Examinar os lugares chave de sua recepção, do XVI ao XXI.

      Justificativa:

      Um Camões não oficial precisa ser desengavetado para varrer o pó dos arquivos quinhentistas. É preciso acabar com a crença de que Camões seja um gênio, o único, o melhor, o maior, e estudá-lo como mais um entre muitos pares, colocando a questão do cânone lírico. Logo, justificam-se os estudos à margem do cânone, sobre o retrato da prisão e determinados gêneros, formas e lugares, em que o discurso baixo ou medíocre, do erotismo à prostituição, foi a opção de escrita. Um Camões pouco estudado na Índia exerce a sátira política na poesia oral, vocalizando em performance a sua zombaria ao desconcerto do mundo. 
      Enfim, o curso se justifica por reunir um corpus não muito estudado da obra camoniana, e por se propor a estudá-lo dentro do paradigma comunicacional dos estudos literários em perspectiva multidisciplinar. Aqui, trovas, sonetos, autos, cartas em prosa são estudados como manifestações da sátira camoniana. 
      A emulação renascentista do homoerotismo antigo, pelo pacto ficcional da pastorícia entre figuras históricas e pastores, mostra-se forma de amor homoerótico cantada no registro adequado à ordenação retórico-poética do bucolismo no tempo de Camões, sem prejuízo de poesias eróticas que despertaram o desejo nas ledoras da sociedade de corte e mais tarde nas leitoras da sociedade burguesa. 
      Camões, como seus contemporâneos, cultiva a poesia visual, compõe labirintos de versos, acrósticos abecedários, motes acrósticos, poesia lúdica comprometida com a sátira social, com a corte amorosa e com o ensino da história antiga. 
      Frequenta em Lisboa o ‘mal cozinhado’, ‘Babel’ onde “mouros, judeus, castelhanos, leoneses, frades, clérigos, casados, solteiros, moços e velhos” pagodeavam, não sem arruaças. Camões não oficial teve doença venérea (Faria e Sousa dixit), experimentou na Índia drogas, afrodisíacos, triagas: lugares e imagens de sua poesia. 
      Ofuscado pelo Camões oficial, herói do colonialismo português, o Camões não oficial está nos impressos e manuscritos quinhentistas e seiscentistas seus e de seus contemporâneos à espera de projetos editoriais e políticas educacionais.

      Conteúdo:

      1 – Retratos de Camões e a Arte de Retratar
      2 – A questão do cânone lírico camoniano – fortuna editorial, prólogos e poemas paratextuais
      3 – As 4 Vidas do Poeta no século XVII
      3 – Cinco cartas em prosa e os dois códices da BNL
      4 – Camões verbivocovisual: labirintos, acrósticos, abecedários e sátira ao Desconcerto do mundo
      5 – Homoerotismo, bucolismo e Antologia Homoerótica sugerida por Frederico Lourenço
      6 – Trovadorismo, autos e performance na sociedade de corte
      7 – A recepção de Camões no século XVIII – Verney e Voltaire
      9 – A personagem Camões no discurso ficcional e na história literária oitocentistas
      10 – As comemorações do III centenário de Camões
      11 – Afrânio Peixoto, Gilberto Freyre e a recepção camoniana nos modernismos do Brasil
      12 – Releituras na contemporaneidade portuguesa

      Forma de Avaliação:

      Trabalho escrito, peso 2
      Seminário remoto: peso 1
      Participação em aula remota: peso 1

      Observação:


      I. Porcentagem da disciplina que ocorrerá no sistema não presencial (1-100%) 
      100%

      II. Detalhamento das atividades que serão presenciais e das que serão desenvolvidas via remota, com discriminação do tempo de atividade contínua online
      Todas serão remotas.

      III. Especificação se as aulas, quando online, serão síncronas ou assíncronas
      As aulas serão síncronas.

      IV. Descrição do tipo de material e/ou conteúdo que será disponibilizado para o aluno
      Textos digitalizados, powerpoints e lista bibliográfica.

      V. Qual plataforma será utilizada
      A plataforma a ser utilizada será o Google Meet

      VI. Definição sobre a presença na Universidade e, quando necessária, discriminar quem deverá estar presente (professora/professor; aluna/aluno/ambos)
      Não será necessária a presença na universidade, salvo se a biblioteca estiver aberta e o aluno precise consultar o acervo.

      VII. Descrição dos tipos e da frequência de interação entre aluna/aluno e professora/professor (somente durante as aulas; fora do período das aulas; horários; por chat/e-mail/fóruns ou outro)
      Durante as aulas; fora dos períodos das aulas, a qualquer horário, via encontro virtual em sala criada no Google Meet para tal, e-mail, whatsapp do grupo da disciplina.

      VIII. Qual será a forma de controle da frequência nas aulas
      As aulas serão síncronas e a presença será contabilizada de acordo com a presença virtual a cada sessão, conforme formulário enviado pelo Google Meet.

      IX. Informação sobre a obrigatoriedade ou não de disponibilidade de câmera e áudio (microfone) por parte dos alunos
      O microfone e câmera deverão estar desligados durante a exposição do professor e abertos durante o debate e seminários.

      X. A forma de avaliação da aprendizagem (presencial/remota)
      A avaliação será por meio de trabalho escrito, apresentação remota de seminários e participação nos debates remotos que se seguem à exposição do professor a cada sessão de aula remota.



      Bibliografia:


      1- Manuscritos

      • [MISCELANEA DE TEXTOS LITERÁRIOS EM PROSA E EM VERSO E VÁRIAS CARTAS, COMPILADA POR PEDRO ALVARES VAREJÃO] [ MANUSCRITO] – COD 9492 da Biblioteca Nacional de Portugal, 1551 a 1600. 197 fols. (cópia digital)
      • [TEXTOS LITERÁRIOS, DE CARÁCTER HISTÓRICO, GENEALÓGICO, APONTAMENTOS SOBRE VÁRIAS MATÉRIAS, ETC., REUNIDOS POR MANUEL SEVERIM DE FARIA] [ MANUSCRITO] – COD 8571 da Biblioteca Nacional de Portugal, 1551 a 1650. 333 fols. (cópia digital) 

      2- Geral 

      • ALMEIDA, Aníbal. O Rosto de Camões. Lisboa. INCM, 1996. 199 p.. 
      • ALMEIDA, Isabel. Cartas de Camões, In: SILVA, V. A, coord., Dicionário de Camões, Lisboa, Caminho, 2011. 
      • ALMEIDA, Isabel. Guerra e Paz: leituras seiscentistas de Camões. Colóquio Letras, n.º 197 (jan.-abril 2018), p. 9-23. 
      • AGUIAR E SILVA, Vitor, coord. Dicionário de Luís de Camões. Alfragide, Portugal: Editorial Caminho, 2011. 
      • ANASTÁCIO, Vanda, ed. e notas. Teatro completo. Luis de Camões. Porto, Caixotim, 2005. 
      • ANASTÁCIO, Vanda. Visões de Glória: uma introdução à poesia de Pêro de Andrade Caminha. Lisboa, FCG, 1998. 2 vols. 
      • AZEVEDO FILHO, Leodegário A. de. “Problemática geral da lírica de Camões”. In: Sonetos de Luís de Camões. Texto estabelecido por -, a partir de manuscritos quinhentistas. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 2004, p.23-55. 
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      • BRANDÃO, Fiama Hasse Pais. Obra Breve – Poesia reunida. Lisboa, Assírio e Alvim, 2006. 
      • CAMÕES, Luís de. Obras Completas: Autos e cartas. Lisboa, Sá da Costa, 1946. Vol.III.
      • CAMÕES, Luís Vaz de. Obras Completas: Luís de Camões. Redondilhas e Sonetos. (A lição das primeiras edições e variantes). Prefácio e Notas: Hernani Cidade.Lisboa: Colecção de Clássicos Sá da Costa, 1946. Vol.I 
      • CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas [1572]. Porto: Porto Editora, 3ª ed., 2015. 
      • CAMÕES, Luís de. Rhythmas. Lisboa, Manoel de LYRA, 1595. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Rimas. Lisboa, Estevão Lopes, 1598. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Rimas Varias. Comentadas por Faria e Sousa. Lisboa, INCM, 1980. 2 Vols.(Edição fac-similada da edição príncipe de 1689). 
      • CAMÕES, Luís de. Primeira, Segunda e Terceira Parte das Rimas. Nessa nova impressão emmendadas e acrescentadas pello Lecenceado Ioão Franco Barreto, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1666. Cópia Digital Pública. 
      • CAMÕES, Luís de. Segunda Parte das Rimas. Emendadas e acrescentadas pello Lecenceado Ioão Franco Barreto, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1669. Cópia Digital Pública 
      • CAMÕES, Luís de. Terceira parte das Rimas. Edição de Alvares da Cunha, Lisboa, Antonio Craesbeck de Mello, Impressor da Casa Real, 1668. Cópia Digital Pública. 
      • COUTINHO, B. XAVIER, ”Os mais antigos retratos e a cegueira Camões”, separata de O Tripeiro. Agosto de1972. 
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      • MACEDO, Helder. Camões e outros contemporâneos. Lisboa, Editorial presença, 2017. 
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      3- Própria: 

      1- FRANCO, Marcia Arruda. Verbetes
      in: SILVA, Vitor Aguiar (coord.) -  Dicionário de Camões. Lisboa: Caminho, 2011 e São Paulo: Leya, 2012. 
      • 1- O desconcerto do mundo na obra de Camões, 
      • 2- Cânone literário português e Camões, 
      • 3- Horacianismo em Camões, 
      • 4- Afrânio Peixoto, Júlio de; 
      • 5- Ficalho, Conde de, Flora dos Lusíadas. 
      • 6- Labirintos. 

      2- O ABC em motes para Ana Hatherly. In: Ida Alves; Rogério Barbosa. (Org.). Encontros com Ana Hatherly. 1ed.Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2015, v. 1, p. 91-106. 

      3- Sá de Miranda e Camões. In: Maria do Céu Fraga, et alii. (Org.). Camões entre os contemporâneos. 1ed.Braga: CIEC, UC, Universidade dos Açores, Universidade Católica Portuguesa, 2012, p. 203-216. 

      4- O Emprego Indiano Em Dois Sonhos Épicos. In: I CONGRESSO Internacional DE ESTUDOS CAMONIANOS, 1999, Rio de Janeiro. I Congresso Internacional de Estudos Camonianos. RIO DE JANEIRO: Eduerj, 1997. p. 381-387 

      5- O cenário mediterrâneo na Ilha de Vênus n'Os lusíadas. In: Portogallo e Mediterraneo, 2009, Napoli. Cusati, Maria Luisa. Org Atti del congresso Internazionale 4 a 6 ottobre 2007. Napoli: Universitá degli studi di Napoli, 2009. p. 181-192 

      6- OUTROS QUINHENTOS NA POESIA TOTAL DE WALY SALOMÃO. Colóquio. Letras, v. 194, p. 143-157, 2017. 

      7- Convite que fez Camões a certos fidalgos em Goa, e.lyra, v. 4, p. 21-45, 2014. 

      8- Labirinto do autor queixando-se do mundo, corre sem vela e sem leme. Convergência Lusíada, v. 27, p. 11-27, 2012. 

      9- Camões em duas canções da MPB. Floema (UESB), v. 7, p. 137-153, 2010. 

      10- A rota das especiarias em textos do século XVI. Floema (UESB), Vitória da Conquista, v. 1, p. 51-69, 2005. 

      11- Camões e Orta na corte do vice-rei conde de Redondo. Revista Camoniana, Bauru/SP, v. 13, p. 47-63, 2003. 

      12- Botânica e Poesia: Camões e Garcia d'Orta em Goa. Revista Camoniana, Bauru /SP, v. 12, p. 111-134, 2002. 

      13- Botânica, Poesia e Mulher: Psicoativos e afrodisíacos nos Colóquios dos Simples e drogas e na obra de Camões. Estudios Portugueses, Salamanca, v. 2, p. 55-71, 2002. 

      14- Camões e Orta lidos pelo Conde de Ficalho. In: Oliveira, Paulo Motta e Fernandes, Annie Gisele. (Org.). Literatura Portuguesa Aquém-Mar. Campinas: Komedi, 2005, p. 73-90 

      15- Uma zombaria de Luís de Camões esquecida nas Rimas. In: Bernardes, José Augusto Cardoso. (Org.). Camões: matrizes e projecções ibéricas. Santa Barbara/ Coimbra: Center of Portuguese Studies / Centro Camoniano de Coimbra, 2005. 

      16- Fiama Camonista. In: Jorge Fernandes da Silveira. (Org.). Metamorfoses. 1ed.Lisboa: Caminho/Cátedra Jorge de Sena-UFRJ, 2005, v. 6, p. 43-54. 

      17- Camões no modernismo paulista. (no prelo da Colóquio Letras 2019) 

      18- A quinta carta em prosa de Camões; porque nem tudo seja falar-vos de siso, palestra proferida na Jornada de LP 2018 “Para a história não oficial de Camões: novas propostas de estudos camonianos”.


      Para saber +



      Chaves e os primeiros livros impressos em língua portuguesa - seminário online, no Ciclo de Seminários RIBAT ON.




      Chaves e os primeiros livros impressos em língua portuguesa

      14 de dezembro de 2021,  17h00
      Org. Biblioteca Municipal de Chaves






      A Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Alto Tâmega (RIBAT) em colaboração com Rede Casas do Conhecimento (RCdC) dinamizam mais um seminário online, no âmbito da iniciativa Ciclo de Seminários RIBAT ON.

      Com a colaboração de José Barbosa Machado, docente da UTAD e de Ana Virgínia Pinheiro, Chefe e curadora de obras Raras na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

      Apresentação inicial promovida na sala multiusos da Biblioteca Municipal de Chaves, seguindo-se a transmissão online, em direto, do encontro no local e através das redes sociais.

      A participação é gratuita, mas carece de registo, através do formulário disponível AQUI.

      TEMA: 

      " O Sacramental (1423), de Clemente Sánchez de Vercial, foi uma das obras pastorais mais conhecidas na Península Ibérica, até ser colocada no índice de livros proibidos, em meados do século XVI. 
      Correu em diversas versões manuscritas, quer em castelhano, quer em português, tendo sido impressa pela primeira vez em 1465 no reino vizinho. Só 23 anos mais tarde (1488) é impressa em Portugal, mais concretamente na vila de Chaves. 
      Em língua portuguesa conhecem-se quatro edições. Um exemplar da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é, ao que tudo indica, da edição impressa em Chaves. As outras edições, certamente posteriores, baseiam-se na lição textual da mesma."

      Sacramental, de Clemente Sánchez de Vercial 

      o primeiro livro de língua portuguesa impresso em Portugal no dia 18 de Abril de 1488 em Chaves
      Imagem: Sacramental, Frontispício e pág. interior da edição de 1539.

      ORADORES:

      José Barbosa Machado
      Professor Auxiliar com Agregação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Licenciou-se em Humanidades pela Universidade Católica Portuguesa (1992), é mestre em Ensino da Língua e da Literatura Portuguesas pela Universidade do Minho (1997) e doutorado em Linguística Portuguesa pela da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (2002). Publicou todos os incunábulos conhecidos em língua portuguesa, de que se destacam o Tratado de Confissom e o Sacramental, assim como diversos estudos sobre os mesmos. É também autor do Dicionário dos Primeiros Livros Impressos em Língua Portuguesa.

      Ana Virgínio Pinheiro
      Bibliotecária e Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO, especialista em Administração de Projetos Culturais e Mestre em Administração Pública. Foi Bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional brasileira por 38 anos (1982-2020), sendo 16 como Chefe e Curadora das Obras Raras.
      É Professora adjunta da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO, desde 1987. Integra grupos de pesquisa e dedica-se ao estudo e à avaliação do livro raro".