2022/12/18

Exposição - A Ilha dos Amores e outros lugares imaginários das literaturas portuguesa e brasileira

Fonte da imagem: Paulo Amaral / Universidade de Coimbra



A Ilha dos Amores e outros lugares imaginários das literaturas portuguesa e brasileira

Na Sala de Leitura da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
até 30 de dezembro de 2022

Conceito, pesquisa e textos: António Eugénio Maia Amaral, diretor-adjunto da BGUC
Digitalizações: José Neto, BGUC
Projeto gráfico das placas: João Bicker, Dep. de Engenharia Informática da UC




visite aqui virtualmente a



"Uma exposição organizada como homenagem ao Dicionário de Lugares Imaginários de Alberto Manguel, quando da sua recente estada em Coimbra, no Colóquio das Bibliotecas Icónicas da Humanidade, organizado pela BGUC, em 27 e 28 de outubro de 2022.

Com a exclusão de céus e infernos, de lugares extraterrestres, sonhados, futuros ou bidimensionais (ou nomes ficcionados para lugares reais, como Tormes), fizeram-se entradas geográficas para «lugares visitáveis», literariamente. 
São 32 países, cidades ou apenas casas descritas nas literaturas portuguesa e brasileira, em obras publicadas entre 1572 (Os Lusíadas, de Camões) e 2021 (Hífen, de Patrícia Portela). Cada entrada é acompanhada da referência bibliográfica, com a respetiva cota para se poder requisitar a obra, e da imagem da capa.

Colocar a exposição em coberturas das mesas, diretamente sob os olhos dos utilizadores da Sala de Leitura, foi uma forma de a tornar mais interativa: no sentido de suscitar a leitura dos livros que se apresentam e de solicitar sugestões para inclusão de outras obras, romances, contos ou até poesia. Uma exposição como esta nunca está terminada porque as literaturas de que se pode alimentar não terminam nunca."






Fonte: BGUC

"AMORES, ilha por vezes erradamente identificada com a de Santa Helena ou com alguma do arquipélago de Cabo Verde, foi uma ilha artificial flutuante propositadamente colocada no Atlântico Sul, na rota de regresso da frota de Vasco da Gama, em 1499. Foi preparada pela deusa Venus com o objetivo de proporcionar um prémio erótico aos marinheiros portugueses, que regressavam da Índia. Para a ocasião, a Ilha foi povoada por ninfas aquáticas, que Cupido, filho de Vénus, tornou amorosas com as suas setas.

A Ilha tinha três elevações («outeiros») de pedra branca, bem providas de fontes e de vegetação, com uma enseada de areia coberta de conchas ruivas, onde os marinheiros desembarcaram, maravilhados e esperançosos de se poderem abastecer de caça fresca. Por intervenção divina, a Ilha estava repleta de árvores de fruto, das espécies que os portugueses conheciam e apreciavam, e povoada de animais pacíficos, cisnes, lebres, gazelas e pássaros variados.

Num dos outeiros, erguia-se um palácio de ouro e cristal, onde a nobre Tétis (uma titânide, filha de Celo e de Vesta) recebeu Vasco da Gama e onde foi servido um grandioso banquete aos seus marinheiros e acompanhantes. No final do banquete, a deusa profetizou o futuro do reino de Portugal, suas descobertas e conquistas territoriais no Oriente. Noutro outeiro (desconhece-se a configuração/função do terceiro), rodeado de uma mata cerrada e cujo topo parecia semeado de esmeraldas e rubis, Tétis mostrou uma esfera perfeita, maravilhosamente suspensa no ar, que representava a «Máquina do Mundo». A Terra ocupava o centro da máquina e em esferas concêntricas e transparentes representavam-se os movimentos aparentes dos corpos celestes. Perante este prodígio, a semideusa proferiu uma lição de geopolítica, de facto destinada a influenciar a conduta futura do monarca português."


In: Lusiadas de Luis de Camoens, principe de los poetas de España ... / Comentadas por Manuel de Faria i Sousa ... Contienen lo mas de lo principal de la historia, i geografia del mundo, i singularmente de España, mucha politica excelente, i catolica, varia moralidad, i doctrina, aguda, y entretenida satira en comun à los vicios, i de profession los lances dela poesia verdadera i grave, i su mas alto, i solido pensar. Todo sin salir de la idèa del poeta.

2 vols., En Madrid : por Juan Sanchez : A costa de Pedro Coello, mercader de libros : [por Antonio Duplastre], 1639.



para saber +


na BGUC

na LUSA







2022/12/14

Conferência “O Ensino de Camões nas Escolas Portuguesas” pelo Professor José Augusto Cardoso Bernardes


A oficina de Camões: o ensino de 'Os Lusíadas' 450 anos depois

“O Ensino de Camões nas Escolas Portuguesas”

CONFERÊNCIA

pelo Professor José Augusto Cardoso Bernardes | FLUC


14 DEZ. 2024, quarta-feira | às 15 horas 

Na sala do DEPER, FLUP




Organização:

Zulmira Santos | Luís Fardilha | Isabel Morujão | Paula Almeida Mendes








Para além da conferência de José Augusto Cardoso Bernardes,
 haverá ainda a apresentação do seu livro:

A oficina de Camões: apontamentos sobre Os Lusíadas
Camões in the workshop: notes on The Lusiads

Coimbra: Imprensa da Universidade, 2022.


Volume que reune de 10 estudos sobre Camões
publicados avulsamente pelo Autor.

[PDF]









para saber +

in CITCEM, Eventos

in Luís de Camões - Diretório de Camonística, 15.09.2024








Redação: 15.09.2024

2022/12/10

PARA CAMÕES, por Scarlett Ma

Divulgação do projeto artístico de Scarlett Ma




Para Camões
Um diálogo com o poeta através da música e da pintura, ao longo de 400 anos

致賈梅士

 用樂與繪,與詩人跨越400年的心靈對話

Livro e CD
de
Scarlett Ma
ou
Ma Ying Ying / 馬 瑩瑩


Compositora, pianista, soprano, poetisa, ilustradora e produtora musical,
neste projeto tão pessoal
é responsável
pela composição e interpretação das melodias,
acompanhadas de poemas
e ilustrações em aguarela.


Um projeto
com o apoio do
Instituto Cultural de Macau






O encontro entre as culturas chinesa e portuguesa:

«Com a emoção da história de Luís de Camões, e incentivada pelo meu professor, comecei a pensar em como ilustrar melhor a minha compreensão de ambas as culturas. O trabalho que vê hoje é baseado principalmente na minha visão desse encontro cultural».
– diz-nos Scarlett Ma.






Amor é Fogo que Arde sem se Ver [Vídeo], um dos sonetos camonianos mais famosos,
que integra o álbum PARA CAMÕES.

























Vídeo do evento [1:09:19 🕓] em que foi realizado o lançamento do Livro-CD de Scarlett Ma.
No início da tarde de 14.11.2020, na Galeria Fundação Rui Cunha, a multifacetada artista deu a conhecer o seu trabalho ao público, interpretando ao vivo - voz e piano, algumas das melodias que fazem parte do seu álbum.



2022/12/04

A obra “Camões e os Lusíadas” (1872) de Joaquim Nabuco teve direito a uma edição digital e a uma versão impressa, que foi lançada no Brasil e em Portugal no mesmo ano



“Camões e os Lusíadas” de Joaquim Nabuco

1872 / 2022 – reedição da obra 150 anos depois






Mário Hélio Gomes de Lima, da Fundação Joaquim Nabuco

“Vale a pena publicar um livro 150 anos depois quando ele pode falar com clareza ao leitor atual”, explica Mário H. G. de Lima. A obra, publicada em 1872, é um “estudo muito pessoal, original, de boa qualidade que resiste a uma exigência crítica de leitura” que, à época, “foi abraçada por alguns portugueses, mas rechaçada por outros”, conta-nos. “Este é um ensaio de um jovem, de 23 anos, que ousa escrever sobre Camões de uma maneira não-académica e resolve escrever sobre Camões sem ler os comentadores de Camões”.








Reedição da obra em versão digital:


Foi apresentada ao público no Brasil, em 19.08.2022, no dia em que se completaram 173 anos do nascimento de Joaquim Nabuco.

A apresentação foi realizada durante a reabertura das atividades do Engenho Massangana, equipamento cultural vinculado ao Museu do Homem do Nordeste (Muhne), localizado no Cabo de Santo Agostinho, onde o patrono da Fundaj passou parte de sua infância.


foi feito o lançamento da versão digital de "Camões e os Lusíadas".



Reedição da obra em versão impressa:


a) Foi lançada internacionalmente na Universidade de Coimbra, em Portugal, em 7.09.2022.

Foi apresentada na Sala do Senado da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil. Na sessão de apresentação, estiveram presentes o Vice-Reitor para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva e o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco, Mário Hélio Gomes de Lima. Intervieram também o Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, o Presidente da Associação de Imprensa de Pernambuco, Múcio Aguiar, e o Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos.



Foto © UC | Paulo Amaral



b) Foi reeditada pela Editora Massangana, no Brasil, no ano em que se comemoram os 450 da publicação da epopeia camoniana. 
A sessão de lançamento ocorreu na Sala José de Alencar da Academia Brasileira de Letras (ABL), no dia 30 de novembro de 2022, cerca das 16h. O evento contou com a presença do presidente da Fundaj, Antônio Campos, e de José Thomaz Nabuco de Araújo, representante da Família Nabuco.



Foto © blog Flávio Chaves

















Joaquim Nabuco (1849-1910)

Camonista, escritor, diplomata, jornalista e político.









Em 1915, um busto de Joaquim Nabuco 
foi colocado na praça que passou a ter o seu nome, 
no bairro de Santo Antônio, no Recife.




CAMONIANA





  • Camões e os Lusíadas. Rio de Janeiro: Typographia Imperial do Instituto Artístico, 1872.
  • Camões: discurso pronunciado a 10 de junho de 1880 por parte do Gabinete Português de Leitura. 2.ª ed., Rio de Janeiro: G. Leuzinger & Filhos, 1880. 30 p. 3.ª ed, 1880. 30 p.
  • The Place of Camoens in Literature: address delivered before the students of Yale University, on the 14th May, 1908. – By Joaquim Nabuco Ambassador of Brazil. – Reprod. Online.
  • Terceiro centenário de Camões, in Escriptos e discursos literarios. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 1939. p.1-24.
  • Camões e assumptos americanos: seis conferencias em universidades americanas. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1940.
  • Dois sonetos a Camões, Diário de Pernambuco, Recife, 21.08.1949.


 






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