2024/09/07

Exposição ÉPICO E TRÁGICO: Camões e os românticos no MNAA

«ÉPICO E TRÁGICO: Camões e os românticos»

EXPOSIÇÃO

11 JUL. 2024, quinta-feira (inauguração) | às 17h30

12 Jul 2024 a 29 Set 2024

Piso 1 | Sala 50 - Sala do Tecto Pintado |, do MNAA

Entrada pelo Largo 9 de Abril

Comissárias: Alexandra Markl, Raquel Henriques da Silva

Projeto museográfico: Manuela Fernandes, Museus e Monumentos de Portugal, E. P. E.

Produção executiva: Cristina Roquette, Maria João Lança

Design gráfico: FBA. | Produção gráfica: De Metro a Metro, Lda.

Vídeo: Ana Sousa

Ilustração e animação: Rita Seabra, Cacto Animation Studios

Tradução: MMP, E. P. E. / Rui Pires Cabral

Iluminação: José Cassinda, Patrícia Vassalo e Silva

Visita Orientada

Exposição temporária«Épico e trágico: Camões e os românticos»

7 JUL. 2024 | 1º domingo do mês | 11h30

Orientação: Miguel Soromenho

Destinada a público em geral

Sem Inscrição | Gratuito.

Imagem: MNAA, in Facebook, 3.08.2024

A cerimónia de inauguração da exposição "ÉPICO E TRÁGICO: Camões e românticos"

contou com a presença da Dra. Lurdes Craveiro, Secretária de Estado da Cultura.

Imagem: MNAA, in Facebook, 12.07.2024

O Poeta como figura mítica do Romantismo português

"Celebra-se, em 2024, os 500 anos do nascimento de Luís de Camões (1524-1580), o maior poeta português, autor de Os Lusíadas, inspirado em A Eneida de Virgílio, que narra a história de Portugal numa perspetiva mítica, centrada na viagem de Vasco da Gama.

Desde finais do século XVIII, Camões e alguns temas de Os Lusíadas conhecem crescente divulgação internacional, contextualizados numa cultura pré-romântica. A vida aventurosa do poeta torna-se ela própria motivo literário e artístico.

É neste ambiente que Francisco Vieira Portuense realiza uma série de composições, visando ilustrar cada um dos 10 Cantos do poema, num projeto para uma grandiosa edição. Essa publicação nunca será concretizada mas, no início de 1817 saía em França uma cuidada e amplamente ilustrada edição monumental de Os Lusíadas, por iniciativa do Morgado de Mateus.

Por estes mesmos anos, vários criadores portugueses, todos a viver fora do país e quase em simultâneo, consagram obras celebrativas a Camões: Domingos Bomtempo dedica-lhe uma

Missa de Requiem, em 1817, e Almeida Garrett compõe um extenso poema, editado em 1825. Coincidentemente, em 1824, Domingos Sequeira, apresenta, no Salon de Paris, o quadro "A Morte de Camões" que, no final, enviou para o Rio de Janeiro, oferecendo-o ao recente imperador D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal). A obra perdeu-se depois, mas existe um conjunto de desenhos preparatórios que evocam o poeta nos últimos momentos de vida, recebendo a terrível notícia da derrota de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir. «Ao menos morro com a Pátria!» exclamaria ele.

O conjunto de obras expostas consagram o arranque do romantismo na arte portuguesa, comprometida com a celebração da história nacional e dos seus heróis. E os temas camonianos, entre eles o dos últimos momentos do poeta, continuaram a ter eco e a ser abordados, ao longo de todo o século XIX, tanto por pintores portugueses como por alguns europeus."

in MNAA, junho 2024

CATÁLOGO

MARKL, Alexandra e Raquel Henriques da Silva (coord. científica);

Ana Sousa (coord. editorial)

ÉPICO E TRÁGICO: Camões e os românticos: catálogo.

Sala do Tecto Pintado, 12 de julho – 29 de setembro 2024.

Design gráfico: FBA. (projeto) e Ana Sousa (paginação).

Lisboa: MNAA, 2024.

Textos de: Alexandra Gomes Markl, Gabriel Marques, João Pedro d'Alvarenga,

Joaquim Oliveira Caetano, Paulo Silveira e Sousa, Raquel Henriques da Silva.

ÍNDICE:

Introdução, 6-8.

por Joaquim Oliveira Caetano | MNAA.

“Camões no leito de morte,” com um prólogo sobre a “vera efígie”, 10-31.

por Raquel Henriques da Silva | Prof.a jubilada de História da Arte, U. NOVA

“Ilustrar o nosso grande poeta Camões: ‘Os Lusíadas’ pintados por Vieira Portuense, 32-49.

por Gabriel Marques | Instituto de História da Arte, U. NOVA / IN2PAST

“Messe de Requiem”, 50-53.

por João Pedro d'Alvarenga | CESEM, U. NOVA

Garrett, Sequeira e a sombra de Camões, 54-60.

por Paulo Silveira e Sousa, CHAM, U. NOVA

Algumas notas sobre Camões e Domingos Sequeira, 62-71.

por Alexandra Gomes Markl | MNAA.

[19] OBRAS EXPOSTAS, 72-93.

BIBLIOGRAFIA, 94-100.

Convite para a inauguração da exposição "Épico e trágico: Camões e os românticos", comissariada por Alexandra Markl e Raquel Henriques da Silva.
Entrada do MNAA com citação de Luís de Camões sobre o amor à Arte.
Amostra das 10 ilustrações, óleos sobre tela, projetadas para Os Lusíadas por Francisco Vieira, dito Vieira Portuense (1765-1805): "Combate na Ilha de Moçambique" (Canto I. - cat. 1); "Emissários de Vasco da Gama perante o Rei de Melinde (Canto II. - cat. 2 e 3); Encontro entre Vasco da Gama e D. Manuel" (Canto IV. - cat. 4); "Vasco da Gama na Ilha dos Amores" (Canto IX. - cat. 5); "Banquete na Ilha dos Amores" (Canto X. - cat. 6).
Dois jovens visitantes italianos frente à obra de Vieira Portuense e a secção bibliográfica camoniana.
São mostrados dois exemplares de Os Lusíadas (Paris, 1817. cats. 8 e 9).) da bela e monumental edição do Morgado de Mateus, entre outras preciosidades musicais e literárias (cats. 10 e 11).
Observam-se cincos estudos da autoria de Domingos António de Sequeira (1768-1837. cats. 12 a 16) acerca dos últimos momentos do Poeta.
Estudo para "A Morte de Camões", c.1824, desenho a carvão e giz sobre papel, da autoria de Domingos António de Sequeira (cat. 12).
Outro estudo para "A Morte de Camões", c.1824, desenho a carvão e giz sobre papel, da autoria de Domingos António de Sequeira (cat. 15).
Parede onde estão expostas obras a óleo de Metrass, Joaquim Pedro de Sousa e Columbano e, à direita, o vídeo com a narrativa da iconografia Camoniana desde os inícios até ao século XIX, da autoria de Ana Sousa.
"A Morte de Camões", óleo sobre tela (1850-59. - cat. 17), de Francisco Metrass (1825-1861).
Contexto expositivo da obra a óleo, a de maiores dimensões da mostra e que a conclui, de Columbano.
"Últimos momentos de Camões" (1876. - cat. 19), óleo sobre tela, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929).
Instalações do Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa, com a bandeira publicitando a Exposição camoniana, entre outras temporárias.

para saber +

News letter, junho 2024, do MNAA - [PDF]

LUSA

Camões como inspiração do Romantismo em exposição do Museu Nacional de Arte Antiga

in Observador [online], 6.06.2024

O quadro "Salão da princesa de Joinville, no Rio de Janeiro", por François Philippe d'Orléans, ostenta o desaparecido quadro de Sequeira - "Os últimos momentos de Camões"

in Luís de Camões - Diretório de Camonística, 10.04.2016

MARKL, Alexandra e Raquel Henriques da Silva (coord. científica); Ana Sousa (coord. editorial)

ÉPICO E TRÁGICO: Camões e os românticos: catálogo.

Sala do Tecto Pintado, 12 de julho – 29 de setembro 2024.