2025/01/05

"Amor é um fogo que arde sem se ver...", peça de teatro de Maria do Céu Guerra e Helder Costa

 

"Amor é um fogo que arde sem se ver..."

ESPETÁCULO TEATRAL

de Maria do Céu Guerra e Helder Costa

Direção musical e música original de
Maestro António Vitorino D'Almeida


ELENCO:

Maria do Céu Guerra,
Adérito Lopes, Beatriz Dinis e Silva, 
Érica Galiza, Gil Filipe, Luís Ilunga, 
Manuel Petiz, Maria Baltazar, Manuel Petiz
Rita Mendes Nunes, Samuel Moura, Sérgio Moras, 
Teresa Mello Sampayo, Vasco Lello 


Assistência de encenação: Gil Filipe
Produção: Inês Costa
Apoio à produção: Gil Filipe, Manuel Petiz, e Teresa Mello Sampayo

Cenografia: A Barraca
Concepção de vídeo: André Letria
Desenho de luz: Vasco Letria
Operação de luz: Ruy Santos
Operação de som e vídeo:  João Pecegueiro

Guarda-Roupa: Mestre Alda Cabrita
Adereços: Tina Simões

Design gráfico: Inês Costa
Fotografia: Ricardo Rodrigues










"um espectáculo poético que remete para a História,
sabendo que entre a poesia, a verdade e a História 
há um belo mal entendido."



AGENDA

A peça sobe à cena nos seguintes palcos:



2025

JANEIRO

17 e 18 JAN. 2025, sexta e sábado | às 21:00 

19 JAN. 2025, domingo | às 16:00

No TEC - Teatro Experimental de Cascais

2024

DEZEMBRO

1 DEZ. 2024, domingo | às 17h00h | No pequeno auditório do CCB


NOVEMBRO

30 NOV. 2024, sábado | 19h00h | No pequeno auditório do CCB

29 NOV. 2024, sexta-feira | 20h00h | No pequeno auditório do Centro Cultural de Belém (CCB)

21 NOV. 2024 | Centro cultural das Caldas da Rainha
2 sessões: a sessão da tarde, para alunos do IPL - Instituto Politécnico de Leiria
a sessão da noite, para o público em geral.

15,16,17 NOV. 2024 | às 21.00h e 16.00h | Teatroesfera Queluz

2 NOV. 2024 | às 19h30h  | Aud. Carla Torres, no Acert Tondela


OUTUBRO

26 OUT. 2024 | às 21h30 | Aud. Duval Pestana, no Centro cultural de Lagos

3 OUT. 2024 | às 15h00 e às 21h00 | Teatro Lethes, em Faro

6 SET. 2024 | 21h30 | ESTREIA: Festa do Avante, em Almada






Amor é um fogo que arde sem se ver, porquê?

"Um espectáculo do género histórico/poético, não pode transportar cargas poeirentas e ultrapassadas. Homenagear os clássicos é modernizá-los e torná-los acessíveis ao público dos nossos dias. É nessa dificuldade que consiste o prazer de conseguir demonstrar que as histórias antigas têm a ver com o sempre constante e irregular comportamento humano. 

Camões é um dos símbolos mais importantes do nosso século de oiro, o século XVI. E é um testemunho vivo do intelectual moderno e progressista na linha de Erasmo e Tomas More, seus contemporâneos. Através dos séculos foi sempre referido como um patriota pelos liberais e Republicanos, e também utilizado pelas famílias mais reaccionárias (descendentes dos mesmos que sempre o perseguiram e lhe negaram qualquer apoio e protecção económica).

Por isso, era necessário fazer uma “operação de limpeza” ao nosso Camões e mostrá-lo em toda a sua grandeza e independência. Para exemplo aos jovens e intelectuais dos nossos dias.

Não é minha intenção propor um novo olhar para o ícone Camões e para o período das grandes
navegações portuguesas, mas é preciso conhecer todas as realidades que eram sonegadas e ocultadas. Na linha de Gil Vicente, Fernão Mendes Pinto, Damião de Góis e Chiado que denunciaram nessa mesma época que esse período áureo se devia ao trabalho de cientistas e ao povo que era arrastado para as naus. E que Descobrimento foi frequentemente sinónimo de roubo e massacres a nível Universal. A História não se pode corrigir, mas eu só posso gostar do meu país (ou de qualquer outro) se conhecer os lados positivos e os condenáveis.

Mas, também muito importante e interessante, é pensar que esse importante texto épico – além de oferecer aos navegadores portugueses o Amor como prémio na Ilha dos Amores, também é a grande aventura da língua portuguesa."

Hélder Mateus da Costa
Autor/encenador




Luís Vaz, o navegador da Língua Portuguesa

"Amor é um fogo que arde sem se ver (2024) conta a viagem de Luís Vaz, o navegador da Língua Portuguesa, transportando memórias de amores e desamores, muitas perdas e maus tratos e prisões operados em sigilosos conluios por muitos inimigos seus contemporâneos.

Tempo de disputas, glórias e intrigas, os perigos da inquisição ameaçaram sempre um dos homens mais livres do seu tempo e sem dúvida o seu maior poeta. Depois de aventuras e desventuras que lhe vão acontecendo na sua pátria vai de viagem na rota de Gama. E consigo leva a Língua Portuguesa, ainda em construção.

Olhado como um texto épico Os Lusíadas são também o grande relato da aventura da língua portuguesa que nessa obra/ viagem se comemora e consagra.

Perseguindo sempre a aventura mais arriscada, seja ela o amor, a viagem ou a poesia, na Índia
conhece Garcia d’Orta, Diogo do Couto, apaixona-se, conhece Macau conhece a Ilha de Moçambique, Dinamene. Num naufrágio perde a amada e salva a nado o poema ao qual já dedicara anos de vida.

17 anos passados sobre a partida para a India, regressa à pátria. Sempre mais rico, sempre mais pobre, quase sempre só. Traz consigo apenas o escravo Jau que o acompanhará até ao fim.

Não sabemos quem morreu primeiro, são ambos eternos.

Em Portugal apresenta os Lusíadas ao censor do Santo Ofício, embora com cenas eliminadas a obra é autorizada. A sua visão da” máquina do mundo” não é aceite e a cena da ilha dos amores é quase truncada. O passo seguinte é mostrá-la a Dom Sebastião. O rei gosta dos Lusíadas e aprova a concessão de uma tença de sobrevivência ao poeta. Não fosse a doença as coisas pareciam começar a correr melhor ao poeta e a vida começava a passar.

Tempo último…

Camões vai a Belem ver sair os barcos para Alcácer-Quibir. Ele está no em Portugal, está perto do Desastre. Juntam-se as duas sortes. Regresso a casa… Camões é apoiado pelo escravo Jau que lhe dá de comer e o acompanha. E o poeta do amor, tal como os marinheiros do Gama passa à eternidade embalado pela música do mar e das ninfas da ilha dos amores.

Momento feliz em… O reencontro com a beleza acompanha o regresso do poeta à sua ilha recuperada numa invocação da paz a que todos aspiramos."
Maria do Céu Guerra





in A BARRACA Teatro | Facebook, 23.10.2024







para saber +


A BARRACA Teatro | Site oficial


in CH Magazine, 22.11.2024







Redação: 23.11.2024, atualizado em 5.01.2024.