"As Plantas na Obra Poética de Luís Vaz de Camões: aguarelas de Ursula Beau"
EXPOSIÇÃO
5 a 31 MAR. 2025
Na Casa-Museu Elysio de Moura | Colégio de Santo António da Pedreira, Coimbra
A exposição pode ser visitada
às segundas, quartas, quintas e sextas | das 14 às 17 horas,
com marcação prévia via e-mail.
Curadoria:
Ana Margarida Dias da Silva | Milton Pedro Dias Pacheco,
Projeto expositivo e Textos:
Ana Margarida Dias da Silva | Maria Teresa Gonçalves | Jorge Paiva
Organização:
Sociedade Broteriana e Casa-Museu Elysio de Moura
Com a colaboração de
Centro de Ecologia Funcional, do Dep. de Ciências da Vida
e do Centro de História da Sociedade e da Cultura.
A iniciativa integra a programação da
e as comemorações do V Centenário do nascimento de Luís de Camões.
Poemas de Camões são ilustrados com aguarelas,
da autoria de Ursula Beau e provenientes do acervo da Sociedade Broteriana
que representam espécies da flora espontânea de Portugal.
A exposição é concebida a partir da
seleção de poemas de Camões com alusões a estas plantas,
as aguarelas de Ursula Beau (1906-1984) sobre as mesmas plantas,
e o trabalho de investigação sobre o tema
do Doutor Jorge Paiva, do Dep. de Ciências da Vida, U. Coimbra.
"E apesar de já ter publicado um artigo* com as plantas na obra de Camões,
este livro que agora estou a escrever tem muitas novidades,
sobre plantas que nunca tinham sido identificadas e eu consegui identificar,
porque já tenho muita prática e andei nos sítios onde andou o Camões.
Estudo as plantas tropicais, conheço as plantas asiáticas, as europeias…
enfim, só assim consegui fazer este trabalho que sairá agora no livro,
e que julgo que tem muitas coisas inéditas.
Cada vez que leio Camões é uma descoberta. Foi uma mente brilhante!"
4'33'' | Jorge Paiva - Entrevista
in VoiceMED n.º 56 /jan.-fev. 2025, Newsletter da FMUC.
* O artigo do Professor Jorge Paiva:
"As plantas na obra poética de Camões (épica e lírica)"
Coord. António M. L. Andrade, Carlos de Miguel Mora, João M. N. Torrão.
Aveiro, Coimbra, São Paulo: UA Ed. / Imprensa da U. Coimbra / ANNABLUME, 2015,
p. 95-139. | [PDF]
VERSÃO DIGITAL
Disponível para descarregar | PDF
A exposição é composta por painéis;
em cada painel poema-aguarela,
a planta está identificada
pelo seu nome vulgar e o nome científico.
Destaca-se a sua menção no texto camoniano.
Projeto expositivo e textos:
Ana Margarida Dias da Silva (CHSC, DCV), Maria Teresa Gonçalves (CFE,
DCV, SB) e Jorge Paiva (CFE, DCV).
Grafismo: José Augusto Reis
Organização: Sociedade Broteriana
Com o apoio do Dep. de Ciências da Vida, Centre for Functional Ecology
"Graças a uma profícua parceria com a Universidade de Coimbra e a Sociedade Broteriana, a Rede de Bibliotecas Escolares disponibiliza a versão digital desta exposição, em grande formato, para que as escolas possam, caso assim o entendam, imprimi-la com qualidade.
A exposição permitirá aos agrupamentos de escolas partilhar, celebrar e promover, não só a obra poética de Camões, bem como, divulgar a botânica e a língua portuguesa."
in Portal RBE > Projetos > Camões, Engenho e Arte > Recursos
"As plantas na obra poética de Camões (épica e lírica)"
"Na época camoniana, as plantas mais conhecidas e citadas na literatura, não eram tanto as plantas comestíveis ou ornamentais, mas mais as plantas medicinais.
Como Os Lusíadas foram escritos, quase na totalidade, no Oriente e centrados nos Descobrimentos, têm como base plantas asiáticas, particularmente especiarias e medicinais; a Lírica como foi, maioritariamente, escrita em Portugal e centrada no amor e paixão, as plantas referidas são europeias e ornamentais.
Numa e noutra obra o poeta raramente cita as mesmas plantas, mas quando isso acontece, fá-lo com significados diferentes.
Como Camões viveu a sua grande paixão durante os treze anos que esteve em Coimbra (1531-1544), de onde partiu aos vinte anos, a maioria das plantas referidas na Lírica são plantas dos campos do Mondego. O mesmo acontece n’Os Lusíadas nos episódios da “Ilha dos Amores” (Canto IX, 18 – X, 95) e de “Inês de Castro” (Canto III, 118-135).
Num trabalho sucinto, não é possível abranger a vasta obra completa de Luís de Camões. Assim, abordaremos algumas das plantas mais invulgares referidas n’Os Lusíadas e praticamente todas as citadas na Lírica. Aliás, é n’Os Lusíadas que o poeta mais plantas menciona (cerca de cinco dezenas), na maioria asiáticas e aromáticas.
Na Lírica refere muito menos espécies de plantas (cerca de três dezenas e meia), maioritariamente, europeias campestres e ornamentais."
Resumo do artigo do Professor Jorge Paiva
Coimbra, 2015, p. 95
para saber +
in Agenda, U. Coimbra
Ana Bartolomeu
In Notícias UC, 6.03.2025
As Plantas na Poesia de Luís Vaz de Camões | Vídeo, 02:24
in cabal do Youtube da Universidade de Coimbra, 7.03.2024
Catarina Sousa
Áudios, 00:20 e 00:16, in RUC - Rádio UC, 05.03.2025
in Luís de Camões - Diretório de Camonística, 22.06.2024
Redação: 8.03.2025